Objetivo travado nos penáltis

RESUMO DO JOGO

Em jogo disputado nesta quinta-feira, 18 de abril, o Benfica não conseguiu fazer valer o 2-1 averbado no Estádio da Luz, e, em França, ao fim dos 120 minutos, viu a vantagem anulada pelo 1-0 dos anfitriões. No desempate por grandes penalidades, o Marselha foi mais eficaz e as águias ficaram pelos quartos de final da Liga Europa.

Não foi desfecho desejado, aquele que o Benfica teve na visita ao Estádio de Marselha, para disputar a partida da 2.ª mão dos quartos da Liga Europa. Um golo de Moumbagna, aos 79', permitiu aos franceses empatar a eliminatória, após o 2-1 de Lisboa. No prolongamento nada mudou, embora aí as águias tenham tido possibilidades de marcar; não faturaram e viram os penáltis de Di María (remate ao poste) e de António Silva (defesa de Pau López) fazer diferença, porque nenhum jogador do Marselha desperdiçou.

Roger Schmidt repetiu o onze inicial que apresentara na partida da 1.ª mão, no Estádio da Luz, fazendo alinhar Trubin, Bah, António Silva, Otamendi, Aursnes, Florentino, João Neves, Di María, Neres, Rafa e Tengstedt. No arranque do desafio, o Benfica começou por tentar pressionar alto no meio-campo adversário e condicionar o Marselha. Aos 4', uma jogada entre Aursnes e Neres, pela esquerda, permitiu ao norueguês servir o brasileiro, que rematou na área, em boa posição. O disparo foi bloqueado por Balerdi.

Aos poucos os anfitriões responderam a essa abordagem e foram subindo no terreno, assumindo mais a posse de bola. Superada essa fase, o Marselha começou a fechar caminhos às águias, que, em contraponto, responderam com uma eficaz capacidade defensiva. As incursões de Harit e Veretout, pelas alas direita e esquerda, respetivamente, obrigavam ao foco total da linha recuada do Benfica, assim como as movimentações de Ndiaye e de Aubameyang. Seria Ndiaye, aos 8', a furar em dribles pelo corredor central e a enquadrar um remate. Trubin, exibindo bons reflexos, esticou-se para a sua direita e afastou o perigo.

Já aos 16', na sequência de um livre de Veretout, Mbemba, no coração da área encarnada, cabeceou para fora. Na resposta, Neres disparou em velocidade pela esquerda. Perto da linha de fundo, cruzou para Rafa, que apareceu embalado e em posição promissora. O remate do avançado saiu alto.

Decorria o minuto 24 quando Aubameyang se apoderou do esférico e disparou sobre a barra da baliza defendida por Trubin, que controlou o lance. Aos 38' foi Neres quem testou a segurança de Pau López, mas este parou o remate. Antes do intervalo, nota para um amarelo a António Silva por uma alegada falta sobre Aubameyang e para uma infração de Gigot, bem evidente, sobre Rafa, a qual não foi disciplinarmente sancionada pelo árbitro Felix Zwayer.

Após o intervalo, entrou Murillo e saiu Mbemba, já amarelado. A toada da segunda parte do jogo seguiu em linha com a da primeira. Aos 57' Kondogbia aproveitou uma sobra à entrada da área e tentou a sorte, e a bola subiu demasiado.

No minuto seguinte, a resposta do Benfica gerou uma boa ocasião para desfazer o nulo no marcador: Aursnes desmarcou-se na esquerda para responder a uma excelente assistência de Neres e tentou colocar a bola longe do alcance de Pau López. O esférico atingiu as redes laterais... pelo lado de fora.

À passagem do minuto 61, duas mexidas de Roger Schmidt: Kökcü e João Mário foram chamados ao terreno de jogo, para as saídas de Neres e Tengstedt. Com isso, Rafa passou a ser o homem mais adiantado das águias, ficando o médio turco no apoio. Pouco depois, aos 66', e na sequência de um canto, Trubin defendeu, mas a bola saiu-lhe das mãos após embater em António Silva. Na sequência, Veretout rematou, para desvio do ucraniano com o joelho. Volvidos dois minutos, o guarda-redes mostrou classe, fazendo uma grande defesa, rente ao chão, após remate perigoso de Kondogbia na grande área, antecedido de cruzamento de Veretout.

Foi a fase mais difícil das águias na partida, a pedir muito coração aos adeptos, e antes de uma jogada que podia ter mudado a história do jogo e, talvez, da eliminatória, a favor dos encarnados. Aos 74' Rafa rematou em posição frontal para defesa incompleta de Pau López. Na recarga, Di María tentou superar o guarda-redes da casa, que na circunstância impediu o golo com os pés.

Quando o Benfica se soltava, apareceu o tento do Marselha. Depois de uma arrancada pela ala esquerda, Aubameyang cruzou para a cabeça de Moumbagna, que, entre Otamendi e Aursnes, bateu Trubin. O guardião ainda tocou na bola. Ficou empatada a eliminatória (79', 1-0).

Até ao fim dos 90 minutos, mais duas hipóteses para o Benfica. Numa, Kökcü atirou às malhas laterais, com um potente tiro de pé esquerdo (81'); noutra, Di María cabeceou à figura de Pau López, após lançamento lateral longo de Bah (87').

Já no prolongamento, aos 98', de novo Di María num cabeceamento, agora servido por João Mário, e, mais uma vez, Pau López a mostrar-se focado. Num esforço final, o Benfica ainda procurou evitar as grandes penalidades. Arthur Cabral, que entrou para o lugar de Rafa, quase faturou aos 108', mas esbarrou numa muralha chamada... Pau López. Foi também o guardião, aos 109', a mandar para canto novo pontapé de Di María.

Chegados à cobrança das grandes penalidades, pesou a eficácia do Marselha – Correa, Kondogbia, Balerdi e Luis Henrique converteram; pelo Benfica, Di María atirou ao poste direito e António Silva viu Pau López defender o seu remate. Kökcü e Otamendi não desperdiçaram os ensejos (4-2).

Após este jogo da Liga Europa, o Benfica tem agora pela frente o regresso à Liga Betclic. As águias visitam o terreno do Farense na segunda-feira, 22 de abril (20h15), em partida da 30.ª jornada.