Mais uma batalha ganha em família

RESUMO DO JOGO

O Benfica visitou e derrotou o Gil Vicente por 0-3, em jogo relativo à 24.ª jornada da Liga Betclic, que estava por disputar. Assim, e com o calendário do Campeonato Nacional acertado, as águias somaram mais 3 pontos na luta pelo 39 e igualaram o Sporting no topo da classificação, com 62 pontos.

"Em família, de estar juntos; em equipa, de correr uns pelos outros, de jogar como equipa; e tropa é de lutar uns pelos outros, pelo Clube, para conquistar títulos, que esse é que é o nosso grande objetivo". Foi nestes termos que Bruno Lage abordou, no pré-jogo, o que via no seu plantel e, frente ao Gil Vicente, foram essas ideias de "família", "equipa" e "tropa" que foram transpostas para o relvado do primeiro minuto até ao derradeiro das compensações, quando a equipa chegou ao tão merecido 0-3.

Trubin, Tomás Araújo, Otamendi, António Silva, Álvaro Carreras, Florentino Kökcü, Aursnes, Amdouni, Bruma e Belotti foram os escolhidos pelo treinador para o embate. Ou seja, em relação ao jogo anterior, com o Rio Ave, apenas uma alteração no onze inicial, com Belotti a ocupar a vaga de Pavlidis na frente de ataque das águias.

Logo aos 3', uma grande oportunidade para as águias: arrancada de Tomás Araújo pela ala direita que cruzou para Amdouni. Este tabelou com Aursnes, que atirou ao alvo, mas Andrew disse que estava na baliza e defendeu. Dois minutos depois, foi Amdouni a disparar de longe, de pé esquerdo, levando a bola a passar perto do alvo.

A entrada forte dos encarnados no jogo teve uma resposta aos 6', quando Trubin se teve de aplicar após um cabeceamento de Pablo, na grande área encarnada. Bola cá, bola lá, num arranque eletrizante, antes de se verificar um ligeiro abrandamento do ritmo, instalando-se uma fase de algum equilíbrio e mais segurança da parte das defensivas.

Apesar disso, houve sempre mais bola para as águias, que procuravam encontrar uma brecha nas linhas recuadas (entretanto muito condensadas) dos gilistas. Aos 18', uma falta perigosa de Zé Carlos sobre Belotti, à entrada da área da equipa da casa, permitiu a Kökcü bater um livre direto: o internacional turco puxou o pé atrás e disparou, com Andrew a fazer nova grande intervenção (20').

Das bancadas, como que pressentindo o que aí vinha, as vozes benfiquistas intensificavam o apoio à equipa, que se mantinha intensa. E a primeira grande explosão de alegria vermelha e branca veio pouco depois: lance desenvolvido pela ala esquerda, com Álvaro Carreras a servir Bruma, que cruzou para o coração da área do Gil Vicente. Aí, Aursnes, vindo de trás, abriu a contagem (0-1, 22'). A simbiose entre os Benfiquistas nas bancadas e a equipa no relvado estava ao rubro!

A desvantagem no marcador não tornou o Gil Vicente mais afoito no ataque, muito por mérito da organização encarnada sobre o meio-campo gilista, impedindo uma eficiente articulação ofensiva do adversário. Foi de um desses momentos de pressão benfiquista que nasceu uma jogada de grande perigo, aos 38': depois de uma recuperação, Belotti avançou com a bola e, de pé esquerdo, tentou surpreender Andrew. O esférico saiu rente ao poste esquerdo do brasileiro.

Aos 40', coube a Bruma a testar o guardião contrário, num disparo cruzado, de longe, mas à figura. O mesmo Bruma, aos 43', voltou a causar calafrios aos nortenhos, ao aproveitar um ressalto e tentar um remate acrobático, de pé direito, para defesa de Andrew. O lance acabou, no entanto, anulado por falta do avançado encarnado, segundo opinião do árbitro.

Antes do intervalo, tempo ainda para uma das raras situações de perigo favorável aos da casa, num cruzamento de Félix Correia para a área do Benfica e com Trubin a sair da baliza para afastar a bola a soco. Segundos depois terminava uma primeira parte onde a superioridade encarnada era inquestionável e o 0-1 pecava por escasso, como traduziam os 8 remates e os 62 por cento de posse de bola para as águias nas estatísticas oficiais.