Apito penalizador

RESUMO DO JOGO

O Benfica empatou (2-2) com o Arouca, neste domingo, 13 de abril, em jogo da 29.ª jornada da Liga Betclic, disputado no Estádio da Luz e marcado por uma arbitragem polémica que penalizou as águias.

Alinhando com o mesmo onze que apresentou no clássico da jornada 28 frente ao FC Porto (1-4) – Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras, Florentino, Aursnes, Kökcü, Di María, Aktürkoğlu e Pavlidis –, o Benfica procurou o golo desde o primeiro minuto, pressionando o último reduto do Arouca.

Ao minuto 12, servido por Tomás Araújo a partir do corredor direito, Aktürkoğlu, à entrada da grande área do Arouca, rematou na passada, de pé direito, e forçou o guarda-redes Mantl a uma estirada difícil, sacudindo o esférico pela linha de fundo.

Do subsequente pontapé de canto executado à direita nasceu outra oportunidade de golo para as águias, aos 13', quando Tomás Araújo cabeceou ao segundo poste, com a bola a ser desviada por José Fontán em cima da linha de baliza.

No minuto seguinte, Danté intercetou um cruzamento de Álvaro Carreras, na esquerda, com a bola a sair próxima da barra da sua própria baliza. Com 7 pontapés de canto a seu favor nos primeiros 15 minutos de jogo, a equipa benfiquista viu Alex Pinto, também ele perto da linha de baliza, intercetar um cabeceamento de Pavlidis com selo de golo, precisamente após uma cobrança de Aktürkoğlu aos 16'. Ainda no mesmo minuto, Pavlidis esteve perto de emendar com sucesso um cruzamento de Aktürkoğlu, novamente a partir do lado direito do ataque.

O Arouca reagiu aos 19', com um remate fora da área de Sylla para defesa de Trubin.

O Benfica criou outra grande oportunidade de golo aos 38', quando Pavlidis, com um excelente trabalho individual dentro da área, ludibriando um adversário, rematou ao poste direito da baliza de Mantl, mantendo-se o nulo até ao intervalo.

O período de descanso ficou marcado pelas homenagens a Miccoli – avançado que representou o Benfica entre 2005 e 2007 –, à equipa feminina de futebol, que se sagrou pentacampeã nacional – exibiu o troféu da conquista, assim como o da Taça da Liga erguida no decurso da presente temporada –, e a José Augusto, bicampeão europeu que celebrou, nesta data, o seu 88.º aniversário, recebendo uma enorme ovação por parte dos Benfiquistas.

Personalizada, a equipa forasteira criou perigo no arranque da etapa complementar, com Fuki a rematar para defesa apertada de Trubin aos 48'. Aos 51', foi Trezza a testar a atenção do guardião das águias, com um disparo de fora da área.

Aos 60' o Benfica adiantou-se no marcador, chegando à justa vantagem. Excelente arrancada e trabalho individual de Álvaro Carreras pelo lado esquerdo, antes de, na área, endossar a bola para Aursnes. O camisola 8 assistiu de bandeja Kökcü, que, fora da área, atirou ao ângulo superior direito da baliza de Mantl (1-0).

Galvanizada, a equipa encarnada esteve perto do segundo golo aos 62'. Aktürkoğlu, lançado por Aursnes, já na área do Arouca, rematou para defesa por instinto de Mantl. Na recarga, Di María finalizou ao lado.

Aos 67' foi assinalada, indevidamente, uma grande penalidade para o Arouca. Jason escapou pela esquerda, entrou na área e contactou com Otamendi. O jogador do Arouca projetou-se e chocou com a cabeça do central, que estava no chão. O VAR Luís Godinho recomendou a visualização das imagens por parte do árbitro António Nobre. Este analisou e manteve a sua decisão, considerando que o capitão do Benfica fez uma "rasteira com a cabeça" a Jason. Yalçin, na conversão da grande penalidade, igualou a contenda (1-1).

A equipa encarnada, galvanizada pelos Benfiquistas que encheram a Catedral – estiveram presentes 61 581 espectadores – e que deram conta do sentimento de injustiça pelo que se viu minutos antes, foi à procura de nova vantagem. Já com Schjelderup e Belotti nos lugares de Florentino e Di María, os comandados de Bruno Lage chegaram ao golo aos 79'. Canto curto batido por Álvaro Carreras para Kökcü, que cruzou para o segundo poste, onde, na pequena área, Pavlidis cabeceou com sucesso (2-1).

Aos 85' foi anulado um golo que seria o 3-1 para o Benfica. Aursnes fez um passe longo para as costas da defesa do Arouca, isolando Schjelderup. O internacional norueguês não perdoou frente a Mantl, mas o VAR indicou posição irregular por 48 centímetros.

Barreiro e Bruma, nos lugares de Aktürkoğlu e Pavlidis, foram armas lançadas para os últimos minutos.

Porém, aos 90'+5', num contra-ataque, o Arouca chegou à igualdade por Weverson (2-2). Bruno Lage ainda colocou Arthur Cabral no lugar de Aursnes, e, aos 90'+7', Schjelderup caiu na área, entre dois defensores do Arouca, mas o árbitro António Nobre mandou seguir.

O resultado não sofreu qualquer alteração até final, num encontro em que as águias efetuaram 26 remates e terminaram com 55% de posse de bola.

O Benfica totaliza agora 69 pontos no topo da classificação. Na próxima jornada, a 30.ª, as águias deslocam-se ao terreno do Vitória SC, em encontro agendado para sábado, 19 de abril, às 20h30, no Estádio D. Afonso Henriques.