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Futebol
11 fevereiro 2025, 17h48
Bruno Lage
Em declarações à BTV, prestadas antes da conferência de Imprensa realizada no Estádio Louis II, no Mónaco, o treinador das águias traçou um paralelo com o duelo entre as equipas na fase de liga, que o Benfica venceu por 2-3, e revelou estar à espera de um jogo igualmente disputado.
"A equipa está bem, o grupo está bem. Fizemos uma boa viagem, a equipa está a chegar para treinar, estamos todos bem-dispostos e com uma motivação enorme. Espero que seja um grande jogo de futebol, à semelhança daquele que foi o jogo passado [na fase de liga], mas, claro, com a diferença de ser uma eliminatória discutida a duas mãos. Como tal, o nosso objetivo passa por fazer um bom jogo, um bom resultado e que a eliminatória seja discutida no Estádio da Luz", afirmou Bruno Lage, que, posteriormente, abordou diversos temas em conferência de Imprensa.
Sendo agora uma eliminatória a duas mãos, pergunto-lhe: que Mónaco espera amanhã [quarta-feira, 12 de fevereiro]?
Espero a mesma equipa. Muito competente, uma equipa com enorme qualidade, forte fisicamente, com enorme qualidade técnica, com muitos jovens com uma dinâmica muito forte na frente. Por isso, espero um jogo difícil, um jogo à semelhança do que foi o anterior, na 1.ª fase. Agora, claro, com essa diferença de que, nesta fase, é a eliminar, são dois jogos. Aquilo que queremos é fazer um grande jogo, fazer um resultado, e a eliminatória, com certeza, será decidida no Estádio da Luz.
Não vou reproduzir o seu discurso no final do jogo aqui, frente ao Mónaco, mas vou recordar que disse confiar em todos os jogadores, na equipa, que os jogadores que saíram do banco foram decisivos e que o Benfica iria fazer uma grande época. Não com estas palavras, claro está. É esta a mensagem que passa ao Benfica antes desta partida, depois dessa outra, que foi uma vitória sofrida?
Independentemente das palavras, o mais importante é a minha mensagem passar. Uma coisa é quando estou a falar com os jogadores, na emoção de estar a falar com eles, e o que é a linguagem do balneário. E eu sei perfeitamente o que é a linguagem do balneário, porque praticamente cresci dentro de um balneário. O meu pai foi treinador, por isso, conheço quase tudo dentro de um balneário. Sobre a mensagem, a mensagem foi no momento, foi no momento da vitória, e no momento que senti o que a equipa poderia fazer. Eu estava com dois meses e pouco de trabalho, e senti que esta vitória foi uma vitória muito importante, pela forma como o jogo foi. Lembro-me de que foi um jogo com várias reviravoltas, com golos anulados de ambos os lados, e senti que estas vitórias, por vezes, dão ainda mais confiança para o trabalho que se segue. E assim foi. Neste momento, estamos numa boa situação, já temos um título conquistado, e estamos agora nesta fase da Liga dos Campeões. Fizemos uma prova com 13 pontos, o jogo passado é passado, aquilo que importa é chegarmos aqui com a mesma determinação e ambição. Sinto a equipa muito confiante, vocês acabaram de ver a forma como o Pavlidis falou, a equipa está determinada em fazer uma boa época, está determinada em fazer um bom jogo, e isso é o mais importante, é o foco do jogo de amanhã [quarta-feira]. Reforço, vamos jogar contra uma grande equipa, uma equipa que pratica um jogo muito físico, mas com muita qualidade técnica, com muita velocidade, com muitos movimentos interiores e oportunidade, e nós temos de estar no nosso melhor. Temos de ter esse cuidado para que possamos fazer também nós um grande jogo. Saber quando temos de defender, saber quando temos de atacar, criar oportunidades de golo, saber ter aquela mentalidade assassina de que, quando temos de matar o jogo, temos de marcar e temos de fechar o jogo. É para isso que me oriento e é nesse sentido que nós vamos entrar em campo.
"A equipa está determinada em fazer uma boa época, está determinada em fazer um bom jogo, e isso é o mais importante, é o foco do jogo de amanhã [quarta-feira]"
Bruno Lage
Qual é a sua reação às novas imagens do lance de Florentino [no jogo com o Moreirense]? Ficou um penálti por marcar contra o Benfica?
Não tive a oportunidade de ver, mas posso ver e, na próxima conferência de Imprensa, coloque a mesma pergunta, e eu vou responder.
Na conferência de Imprensa de Adi Hütter hoje [terça-feira] de manhã, ele entregou o favoritismo ao Benfica, sobretudo pela experiência que a equipa tem. Eu pergunto-lhe se partilha da mesma opinião que o treinador do Mónaco. E depois também, de alguma forma, o treinador falou muito da arbitragem do primeiro jogo, ainda da 1.ª fase. De alguma forma, foi crítico relativamente àquilo que foi a arbitragem nesse jogo. E o que eu lhe pergunto é se acha que isso é uma pressão para este jogo, para a equipa de arbitragem deste jogo, e se isso se pode virar contra o Benfica.
Olhe, sobre arbitragem, eu já joguei duas vezes contra o treinador do Mónaco. Ou, melhor, três. Já jogámos três vezes, vamos amanhã jogar a quarta, por isso eu não falo de arbitragem. Mas eu tenho boa memória. Sobre o jogo, eu acho que, nesta altura da competição, é 50%-50%. Sabemos que o Mónaco é uma grande equipa. Nós vencemos o jogo na 1.ª fase. Neste momento, é uma competição diferente. Nós temos de fazer um bom jogo amanhã, um bom resultado e decidir a eliminatória no Estádio da Luz.
Falou em determinação, ambição e motivação. Neste campo, sente que a equipa, de algum modo, tem tido duas caras, uma na Liga dos Campeões, outra na Liga portuguesa?
Vejo sempre a equipa motivada e a tentar crescer na minha ideia de jogo. Também tive conhecimento, o treinador adversário elogiou-nos muito na nossa forma de transitar, que somos uma equipa muito forte em termos de transição ofensiva. Mas eu também quero – e estamos a trabalhar muito – que a equipa cresça noutros momentos, principalmente no momento da organização defensiva, na construção, de ter um maior controlo do jogo. Estas coisas levam o seu tempo, particularmente numa equipa que normalmente está em competição – e ainda bem, porque temos de estar em competição constantemente, de três em três dias –, temos de ter algum tempo de trabalho para assimilar alguns processos e entender também alguns momentos do jogo. E quando digo momentos do jogo é em função do espaço, onde o adversário está, do tempo de jogo, do resultado, enfim, levar isso tudo em consideração para depois tomarmos sempre as melhores decisões.
"Temos de fazer um bom jogo, um bom resultado e decidir a eliminatória no Estádio da Luz"
Em face das lesões, que surgem sempre em alturas que não se prevê, faço-lhe esta pergunta: pediu um lateral-direito no mercado de inverno? Se não pediu, gostava de ter pedido?
O mercado de janeiro também é muito difícil, mas nós, em função do que era a oportunidade de reforçar e de fazer crescer a equipa nos diversos setores, e também das opções que tínhamos disponíveis, acho que tivemos as melhores decisões. E posso explicar perfeitamente: o primeiro foi o Manu, porque vinha juntar-se, como expliquei anteriormente, e discutir a posição com o Tino [Florentino]. São jogadores diferentes e podiam competir um com o outro, e até, pelo volume de jogos, serem sempre duas soluções muito interessantes. O Manu também faz, porque já fez anteriormente, de defesa-central, e assim poderíamos utilizar também o Tomás Araújo como lateral-direito. Como lateral-direito, as soluções não ficam apenas no Bah nem no Tomás Araújo, também temos a trabalhar connosco, desde setembro, o Leandro, que está hoje também connosco, e, como tal, no setor defensivo, sentimos que poderíamos estar tranquilos em relação a isso, e veio o Samuel [Dahl] para substituir o Beste. Depois, foi olhar para a oportunidade que surgiu nos últimos momentos de trazer um ponta de lança experiente, que nos traz outro tipo de movimentações, como é o caso do Belotti. Olhando para o cenário, acho que é um trabalho bem feito em reforço da equipa. As lesões tiraram-nos essas oportunidades, por isso, cabe-nos ter a capacidade de dentro de casa arranjar as soluções para não se sentir a falta dos jogadores.
Nessa questão do lateral-direito, perguntar-lhe se Leandro Santos dá garantias totais para suprir uma eventual opção ou falta de Tomás Araújo até ao final da época. E outra questão, Di María falhou o último jogo por um problema muscular... Está apto? No último jogo aqui foi decisivo, duas assistências. Acha que a experiência dele será um trunfo para o Benfica amanhã?
Claro que sim. Eu tenho muita confiança no Leandro, e sobre o Di María, claro que sim. Está connosco, vai treinar dentro de momentos. E, claro, a experiência que ele tem, principalmente nestes grandes jogos... A brincar, mas costuma-se dizer que ele marca sempre nos jogos decisivos, nas grandes finais ele marca sempre, por isso é um jogador muito importante para qualquer equipa.
"Pavlidis está a viver um momento muito bom. Esperamos que amanhã [quarta-feira] possa dar continuidade a esse momento"
Esteve aqui connosco Vangelis Pavlidis, que tem feito muitos golos nestas últimas semanas. O que mudou neste período para ele começar a marcar tanto?
Não mudou nada. Como ele [Pavlidis] acabou de dizer, o primeiro é estar disponível sempre para ajudar a equipa. É a função dele, enquanto ponta de lança da equipa, marcar golos, foi com esse objetivo que ele veio, é com esse objetivo que ele se sente desde o primeiro dia, e nada mudou. Quer ele, quer os outros avançados, trabalham muito para ajudar a equipa. O que pretendemos dos avançados, como ele referiu também, é muito mais do que marcar golos. Claro que marcar golos é importante, mas é muito mais do que marcar golos. Ele tem feito essa tarefa, e vou-me socorrer de uma pergunta de um colega seu, porque era uma questão de marcar golos. Porque o trabalho que ele tem vindo a fazer em prol da equipa, quer em termos de organização defensiva, quer na forma como pressionamos, quer nas assistências para golo, foi muito importante, e, agora, claro, está a viver um momento muito bom. Esperamos que amanhã [quarta-feira] possa dar continuidade a esse momento.
Como olhou para as declarações de Jorge Jesus quando ele disse que só Di Maria, do seu plantel, cabia no atual Al Hilal?
Não tem dinheiro para comprar, se calhar tem [sorrisos]. Você apanhou-me completamente desprevenido, mas eu posso responder-lhe desta maneira: não posso comentar, não vou comentar, as palavras do míster Jorge Jesus, até porque só conheço dois ou três jogadores do Al Hilal... O Rúben [Neves], que foi meu jogador no Wolverhampton, o João Cancelo, que foi meu jogador no Benfica, e, claro, também o Mitrovic, que faz golos de qualquer maneira dentro da área. É a opinião dele, ele conhece os jogadores dele, olha para os nossos, tem essa opinião. O mais importante é aquilo que eu sinto. E eu sinto-me muito realizado em trabalhar com estes jogadores, e ainda agora vocês acabaram de ver aqui um homem, um indivíduo fantástico, excecional [Pavlidis]. A forma como ele veio aqui, falou abertamente, a forma como trabalha para a equipa, é este tipo de jogadores que nós temos aqui. A mensagem que quero sempre passar, e é uma coisa que exijo que eles façam sempre, é que eles demonstrem no jogo, porque esse é o momento em que as pessoas nos veem jogar, a qualidade que têm enquanto jogadores, o compromisso que têm enquanto equipa, e a família unida que eles são.