Entrega coletiva para assegurar o 1.º lugar

RESUMO DO JOGO

Num desafio marcado por momentos de grande qualidade no Pavilhão Fidelidade, nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, o Benfica venceu o Trissino (7-5), na 8.ª jornada do Grupo B da WSE Champions League. Com este triunfo, as águias, já apuradas para a fase seguinte, garantiram o 1.º lugar, quando faltam disputar duas rondas neste agrupamento.

A chave para a conquista dos três pontos esteve na entrega do coletivo, que soube superar algumas contrariedades e contou com o apoio incondicional dos Benfiquistas.

Os italianos, que iniciaram esta jornada no 2.º posto, tiveram um ligeiro ascendente nos primeiros minutos. Mais rematadores, encontraram a oposição de Pedro Henriques.

Aos 5', Pau Bargalló, em iniciativa individual, criou perigo e poderia ter marcado. O guarda-redes Stefano Zampoli defendeu.

No minuto seguinte, João Rodrigues foi forçado a sair, devido a queixas na mão direita. Acabado de entrar para o lugar do internacional luso, Gonçalo Pinto marcou, mas o golo foi anulado devido a infração que a equipa de arbitragem descortinou.

Numa altura em que o Benfica estava melhor, os italianos adiantaram-se num remate cruzado de Álvaro Morais, aos 8'. Os encarnados carregaram, procuraram a igualdade, mas não foram eficazes. O cartão azul exibido a Reinaldo Garcia, por falta sobre Zé Miranda, motivou um livre direto para as águias, bola parada que Pau Bargalló não logrou converter.

Em power play, o Benfica também não conseguiu igualar. Porém, o golo dos encarnados aconteceu mesmo, num momento sublime de Lucas Ordoñez. Recorrendo à sua qualidade técnica, o internacional argentino ultrapassou vários rivais e bateu Zampoli (1-1, aos 19'). Espetacular!

À procura do 2-1, o Benfica voltou a balançar as redes, por Diogo Rafael, mas, mais uma vez, os juízes não validaram o golo.

A 2.28 minutos do final da 1.ª metade, o Benfica dispôs de uma grande penalidade, convertida por Diogo Rafael, que operou a reviravolta (2-1).

Justiça no resultado, tendo em conta as ações incisivas do Benfica na meia pista contrária. E foi com as águias na frente que se chegou ao intervalo (2-1).

No recomeço, Nil Roca, com uma grande stickada, fez o 3-1, aos 29'. Com cinco minutos decorridos, João Pinto mordeu Pau Bargalló nas costas, atitude que os juízes não terão vislumbrado, pois nada sancionaram.

Ao invés, pouco depois, mostraram cartão azul ao mesmo jogador do Trissino e a Lucas Ordoñez, num momento em que o camisola 9 encarnado foi provocado pelo rival.

Superior em pista, o Benfica ampliou, após assistência de Pau Bargalló para Nil Roca (4-1, aos 31').

O Trissino reduziu por Jordi Méndez, aos 33', numa transição rápida, e o 4-3 foi anotado por Álvaro Morais, aos 38', o mesmo minuto em que Zé Miranda ficou a queixar-se de falta para grande penalidade não assinalada. Logo a seguir, o Trissino atingiu a 10.ª falta. No livre direto consequente, Lucas Ordoñez não conseguiu fazer o 5-3.

Com alguma fortuna, Giulio Cocco empatou, aos 40' (4-4). Mas, com imensa garra, de imediato, as águias saltaram para a frente do marcador. Zé Miranda, protagonista de um remate colocadíssimo, fez o 5-4.

Acutilante, o Benfica aumentou o score, por Roberto Di Benedetto, em mais um grande momento no Pavilhão Fidelidade (6-4, aos 42').

Em power play, consequência do cartão azul exibido a Andrea Magaloli, os comandados de Edu Castro não faturaram, mas, com o jogo em ritmo frenético, de grande penalidade, Zé Miranda não desperdiçou a oportunidade para bisar e fazer o 7-4, aos 46'.

A formação italiana ainda reduziu por Andrea Malagoli (7-5, aos 49'), que fixou o resultado final.

Com esta vitória, o Benfica assegurou o 1.º lugar do Grupo B, com 22 pontos em 8 jornadas.

Segue-se a receção ao HC Quévert, no dia 20 de fevereiro. Para já, no domingo, 9 de fevereiro, as águias viram agulhas para o Campeonato Nacional. Na 14.ª jornada da 1.ª fase da prova, o Benfica recebe o Juventude Pacense, às 15h00 (bilhetes aqui).

DECLARAÇÕES

Edu Castro (treinador do Benfica): "Um jogo complicadíssimo. Eles começaram muito bem, nós também, com contra-ataques desde o princípio. Eles colocaram-se na frente... Quando parecia que, com o 4-1, podíamos ter um jogo um pouco mais tranquilo, eles apareceram com a imensa qualidade que têm e conseguiram empatar. O que nos deixa mais satisfeitos e orgulhosos é que a equipa, depois do 4-4, voltou a ser eficaz. Contentíssimos porque ainda faltam duas jornadas, e já somos, matematicamente, primeiros do grupo. [Lesão de João Rodrigues] Não se pode substituir o João. Evidentemente, estamos preocupados, esperemos que seja o mínimo [tempo de paragem] possível. Ele não pôde continuar em jogo, mas a imensa qualidade do plantel fez com que pudéssemos seguir em frente. Que recupere o mais rápido possível."

Zé Miranda (defesa do Benfica): "Uma vitória complicada. Sabíamos que era muito importante para acabarmos em 1.º no grupo. O Trissino é uma grande equipa, dar também os parabéns pelo grande jogo que fizeram, causaram-nos muitas dificuldades. Não poderia ser de outra maneira, visto que estão em 2.º lugar na Champions League. Muito contente com a vitória, que é o mais importante, e por acabar em 1.º nesta fase. É uma campanha muito boa. Temos 1 empate, 0 derrotas. Estamos muito bem. A equipa está a subir. Tivemos um período um pouco menos bom no início do ano, mas estamos muito bem agora. [Dois golos apontados] Marcar pelo Benfica é sempre uma honra enorme. Este pavilhão enorme, estes adeptos, esta moldura humana... Mas o mais importante não são os meus golos, são os golos da equipa. Marquei dois, mas marcámos sete golos. O trabalho da equipa foi extraordinário. Deixar aqui uma mensagem de muita força ao João Rodrigues. Ele é muito importante para nós."