Uma mão-cheia para cimentar a liderança

RESUMO DO JOGO

O líder Benfica somou nesta quinta-feira, 16 de janeiro, a quinta vitória em seis jornadas do Grupo B da WSE Champions League após bater o HC Liceo, por 5-1, no Pavilhão Fidelidade.

Na sequência de um incomum nulo na casa do conjunto espanhol, na ronda anterior da competição, a equipa comandada por Edu Castro só precisou de 59 segundos para abrir o ativo, na Luz. Roberto Di Benedetto conduziu a bola e tentou servir Nil Roca, com o esférico a dividir-se entre os sticks deste e de um adversário antes de entrar na baliza. O golo foi atribuído inicialmente ao francês, mas acabou "devolvido" a posteriori ao espanhol. Jogado em grande velocidade, o Benfica continuou a criar perigo e, aos 4', Roberto Di Benedetto atirou ao poste.

Aos 13', Lucas Ordoñez viu o cartão azul e Arnau Xaus avançou para a marcação do livre direto. Soberano na baliza, Pedro Henriques travou o remate do adversário e foi ovacionado pelo público do Pavilhão Fidelidade. Em inferioridade numérica na pista, as águias uniram-se, exibiram-se a um excelente nível e até estiveram perto de marcar, primeiro, por Roberto Di Benedetto e, depois, por Gonçalo Pinto, aos 14'.

Nos derradeiros cinco minutos antes do intervalo, o HC Liceo lançou-se para o ataque e, aos 21', conseguiu chegar ao empate (1-1) por intermédio de Bruno Saavedra, numa jogada onde a bola resvalou pelo braço de Pedro Henriques antes de entrar na baliza. Antes do soar da buzina, o Benfica carregou, mas o marcador não se alterou até ao intervalo por responsabilidade do poste, que devolveu um remate fortíssimo de Nil Roca, aos 24'.

Na 2.ª parte, o Benfica entrou a toda a velocidade à procura de recuperar a vantagem e, aos 30', chegou ao 2-1: Nil Roca assistiu João Rodrigues, que rematou colocado sem hipóteses para Martí Serra. Aos 34', os adeptos chegaram a celebrar novo golo das águias, mas o remate de Pau Bargalló foi defendido para a rede superior pelo guarda-redes do HC Liceo.

Empurrando o adversário para a sua área, o conjunto anfitrião dispôs, segundos depois, de uma grande penalidade. Chamado à cobrança, João Rodrigues atirou à trave e, na recarga, não conseguiu bater a oposição do guarda-redes do HC Liceo. As oportunidades sucediam-se e o 3-1 acabou mesmo por chegar, aos 37'. Lucas Ordoñez entrou na área com a bola dominada e venceu a oposição de Martí Serra para ampliar a vantagem.

O terceiro golo do Benfica terminou com a resistência dos visitantes, que não mais conseguiram acompanhar o ritmo das águias. Aos 45', após assistência de Gonçalo Pinto, Diogo Rafael rematou de primeira pelo buraco da agulha e fez o 4-1. Um minuto volvido (46'), Pau Bargalló livrou-se da marcação e rematou colocado para a mão-cheia. Contas arrumadas e o apuramento para a fase seguinte da WSE Champions League bem encaminhado.

Após o final do encontro, equipa e público deram, novamente, mostras de uma enorme comunhão já a aquecer para nova batalha no Pavilhão Fidelidade: às 17h00 do próximo domingo, 19 de janeiro, as águias recebem a Juventude de Viana, na 11.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional (bilhetes AQUI).

DECLARAÇÕES

Edu Castro (treinador do Benfica): "Estivemos muito bem em todos os momentos do jogo. Conseguimos marcar um golo a abrir, mas não conseguimos concretizar mais e eles têm muita qualidade no contra-ataque e a esconder a bola. Fruto disso, chegaram ao empate, mas, na 2.ª parte, pressionámos muito bem, tivemos lucidez na circulação da bola e acabámos por fazer um jogo formidável, com um resultado esplêndido. [0-0 na casa do HC Liceo] O jogo foi parecido com o anterior, mas o fator casa talvez tenha feito a diferença. Às vezes, a eficácia faz com que as partidas se inclinem para um lado ou para o outro. Acho que a diferença de um jogo para o outro esteve nos detalhes e não em estratégia ou tática."

Lucas Ordoñez (avançado do Benfica): "Estamos muito felizes, porque queríamos que os três pontos ficassem aqui em casa. Era muito importante após o resultado na jornada anterior [0-0 na casa do HC Liceo], onde não conseguimos marcar golos e no qual o resultado foi mentiroso, porque criámos imensas oportunidades. Creio que o segredo foi trabalhar e insistir naquilo que tínhamos preparado para este duelo. Sabíamos que o jogo ia ser muito difícil, porque eles são um adversário duro fisicamente. Mas, na 2.ª parte, chegámos ao 3-1, o jogo abriu, jogámos o nosso jogo e tivemos mais confiança no último terço. Agora, é pensar jogo a jogo. Domingo [19 de janeiro] já temos outra 'final' aqui em casa [Juventude de Viana]."