Taça da Liga pintada de vermelho e branco!

RESUMO DO JOGO

No Estádio Municipal de Leiria, neste sábado, 11 de janeiro, o Benfica derrotou o Sporting na final da Taça da Liga, nas grandes penalidades (6-7), após um empate (1-1) nos 90 minutos regulamentares. Otamendi levantou o troféu às 22h25, e os encarnados somaram a oitava vitória na prova!

2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12, 2013/14, 2014/15, 2015/16 e, agora, 2024/25: eis as épocas que consagram o Glorioso como vencedor da Taça da Liga, sendo o emblema mais titulado na competição.

A grande final foi vivida intensamente no relvado e nas bancadas. Os Benfiquistas que foram a Leiria, e que ali celebraram entusiasticamente esta nova conquista para o Museu Benfica – Cosme Damião, desde manhã se encaminharam para a cidade do Lis.

Nem a chuva nem o frio deste sábado de inverno travaram a onda vermelha. Os Benfiquistas chegaram cedo às imediações do Estádio Municipal de Leiria, e, à medida que o tempo foi passado, foram-se juntando na sua área reservada, que, gradualmente, se foi enchendo.

Em clima de entusiasmo, os gritos de "Benfica" multiplicaram-se, assim como os cânticos – Força, SLB!; 1904; Tudo a saltar; e o Ser Benfiquista foram alguns dos mais ouvidos.

A pouco mais de uma hora do início do jogo, já muitos Benfiquistas ocupavam os seus lugares no estádio, com o Castelo de Leiria nas suas costas, como que a fazer parte da enorme mancha vermelha que se ia criando.

O primeiro bruaá foi da responsabilidade da entrada dos três guarda-redes encarnados para os exercícios de aquecimento, minutos antes de os jogadores de campo pisarem o relvado, o que provocou ainda maior animação.

E começou o dérbi fora das quatro linhas! Com os Benfiquistas a cantarem Eu amo o Benfica a plenos pulmões, seguido do Ser Benfiquista! A saída dos atletas para os balneários deu-se no momento em que o sistema sonoro passava a Marcha do Sporting, o que não impediu que as palmas dos Benfiquistas se fizessem ouvir bem alto.

Faltava muito pouco para o arranque do jogo, e o anúncio dos onzes iniciais sublinhava isso mesmo. Um a um, os jogadores do Benfica foram chamados. Um a um, foram muito aplaudidos e incentivados.

Bruno Lage – completou 100 jogos como treinador do Benfica! – escalou o mesmo onze que, na quarta-feira, 8 de janeiro, havia batido o SC Braga, por 3-0 na meia-final: Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras, Florentino, Kökcü, Aursnes, Schjelderup, Di María e Pavlidis.

Coreografia feita. Os jogadores entraram lado a lado no relvado do Municipal de Leiria. Moeda ao ar. Bola de saída para o Benfica. O dérbi da final da Taça da Liga estava em andamento. Pavlidis foi quem deu o primeiro toque na bola.

O primeiro lance de perigo pertenceu ao Benfica, com um remate de Kökcü, servido por Aursnes, a ser prensado e a originar um pontapé de canto (2').

No minuto seguinte, Álvaro Carreras, lançado por Schjelderup, colocou a bola no interior da área, mas não apareceu ninguém para o desvio. Entrava forte, o Benfica...

O Sporting reagiu e ganhou um canto. Os primeiros minutos foram intensos – dentro e fora das quatro linhas –, e mostraram um Benfica muito subido no terreno, a pressionar alto. Um espelho perfeito do que seria o encontro.

Trubin, aos 14', susteve um remate de Quenda, na esquerda do ataque do Sporting, cedendo canto.

O Benfica ia ganhando os duelos, travava as investidas do Sporting – que quase sempre procurava Gyökeres – e saía em velocidade para o ataque.

Já dentro dos 20', o Benfica esteve muito perto do 0-1. Tomás Araújo, no lado direito do ataque, cruzou rasteiro para a esquerda, em busca de Schjelderup. Franco Israel tocou no esférico, deixando-o à mercê de Di María, que rematou forte, mas viu o remate ser intercetado por Hjulmand.

Das bancadas, os Benfiquistas pediam um golo. E Schjelderup fez-lhes a vontade. De forma soberba. Lançado por Di María, o camisola 21, foi para cima de um adversário, tirou-o do lance, desviou-se de outros dois, e rematou cruzado para um grande golo (0-1, aos 29')!

Se os encarnados já estavam por cima, quer no relvado, quer no apoio vindo das bancadas, ainda mais ficaram após desbloquearem o marcador. "Glorioso, SLB", era o que se ouvia no Municipal de Leiria.

Logo de seguida, Pavlidis ficou muito perto de aumentar a contagem. Tomás Araújo respondeu de cabeça a um canto cobrado na esquerda por Kökcü, a bola sobrou para o avançado grego, que cabeceou, ligeiramente, por cima (34').

Aos 40', Gyökeres tocou para Maxi Araújo, que entrou na área e caiu na disputa de bola com Florentino, com o árbitro João Pinheiro a assinalar grande penalidade. O avançado sueco, chamado à responsabilidade, fez o empate (1-1, aos 43'), resultado que se verificava ao intervalo, e que era injusto para o Benfica.

De notar uma enérgica reação dos adeptos encarnados ao tento sofrido, que, prontamente, se levantaram e afinaram as vozes para puxarem pelos seus jogadores, num reconhecimento pela boa exibição realizada.

Verificando-se alguma demora na reentrada em campo dos jogadores do Sporting, os Benfiquistas aproveitaram que os seus jogadores estavam no relvado e foram subindo o tom dos incentivos: "Força, Benfica! Vence por nós!", pediram.

Para o segundo tempo, Bruno Lage lançou Aktürkoğlu no lugar de Schjelderup.

Aos 48', pediu-se penálti a favor do Benfica. Aktürkoğlu cruzou, a bola foi cortada por João Simões, pedindo-se mão no esférico. Após ouvir o VAR, o árbitro manteve a decisão e não assinalou grande penalidade.

Os primeiros 15 minutos da 2.ª parte jogaram-se na expectativa, embora o Benfica procurasse de forma mais acutilante alvejar a baliza adversária. Assim foi quando, numa jogada rendilhada pelo lado direito, entre Tomás Araújo e Aursnes, a bola chegou a Di María, que rematou forte e cruzado para boa estirada de Franco Israel. O esférico continuou em movimento, sobrou para Kökcü, que atirou para nova defesa do guarda-redes leonino (62').

Quatro minutos volvidos, outra vez Kökcü na jogada, com o internacional turco, no lado esquerdo do ataque, a cruzar para o interior da área, onde um corte de St. Juste na direção da baliza quase resultava em golo encarnado.

Aos 72', novamente Bruno Lage a mexer no jogo: Bah e Barreiro tomaram as vezes de Tomás Araújo e Aursnes.

Nesta altura, já a chuva era mais intensa, o que não apagava a chama encarnada. Nem em campo, com as águias balanceadas para o ataque, nem nas bancadas, com o apoio constante do 12.º jogador.

À entrada dos últimos 10 minutos do jogo, Amdouni rendeu Pavlidis. Três minutos depois foi Renato Sanches a ir para o terreno de jogo, saindo de cena Kökcü.

O tempo voava, os penáltis eram cada vez mais uma possibilidade forte. Ainda assim, os encarnados eram quem mais procurava forçar o ataque, empurrados pelos seus adeptos. Contudo, a partida seguiu mesmo para as grandes penalidades...

Antes das decisões da marca dos 11 metros, equipa e staff do Benfica juntaram-se, abraçados, numa roda que teve Bruno Lage no meio!

Di María foi o primeiro a bater e a concretizar. Saía o Benfica na frente (0-1)! Do lado do Sporting começou Gyökeres, que também não falhou (1-1).

Seguiu-se Amdouni e... golo (1-2)! Nos leões, Hjulmand marcou, igualmente (2-2).

O capitão Otamendi foi o terceiro jogador encarnado a bater e a... colocar a bola na rede (2-3). Harder, a seguir, fez o empate (3-3).

Sentia-se a eletricidade no ar. Aktürkoğlu partiu para a bola e... marcou (3-4). Maxi Araújo, no penálti seguinte, também fez a bola entrar (4-4).

A fechar a série dos cinco pénaltis, Renato Sanches rematou com força e marcou (4-5), coisa que Debast também conseguiu (5-5).

Ninguém falhou. Seguia-se a chamada "morte súbita". O primeiro chamado à responsabilidade foi Barreiro, que não falhou (5-6). Do lado oposto, Quenda levou a série avante (6-6). Bate, bate, coração... Ainda não era desta...

Mas foi a seguir. Florentino cobrou e marcou (6-7); Trincão atirou para a direita... Trubin voou, defendeu e o Benfica conquistou a oitava Taça da Liga do seu historial, reforçando o estatuto de clube mais titulado da prova.

Alegria imensa! Todos os elementos do Benfica correram em direção ao guarda-redes ucraniano, abraçando-o, caindo-lhe em cima, festejando em euforia.

Depois, juntaram-se aos adeptos, em comunhão total! Cânticos, danças e gritos de Benfica, todas as maneiras serviram para exteriorizar a alegria por nova conquista: "E o Benfica ganhou!", ouviu-se uma e outra vez.

Florentino foi anunciado Man of the Match (Homem do Jogo), sendo recebido com enorme ovação no palco preparado para a ocasião. A seguir, os jogadores do Sporting foram receber as medalhas de prata, passando na guarda de honra feita pelos jogadores do Benfica, num gesto de desportivismo seguido pelas bancadas, onde os Benfiquistas aplaudiram os vencidos. Um dos momentos mais bonitos de toda a noite.

"Deixem passar o maior de Portugal" foi o cântico que se seguiu, anunciando que era a altura de os vencedores da Taça da Liga 2024/25 subirem ao palco, não deixando, antes, de passar pela guarda de honra feita pelos jogadores do Sporting.

Um a um, os elementos encarnados foram recebendo as medalhas. Faltava um. O capitão. Otamendi recebeu-a, e, como "bónus" foi-lhe também entregue o troféu. Encaminhou-se para junto dos colegas, foi para a sua frente, deu um passo, outro a seguir e... ergueu o troféu! É do Benfica!

A festa, que já era grande no palco, tornou-se ainda maior no relvado, com o Ser Benfiquista como música de fundo, e o cachecóis levantados bem alto. Tal como as vozes encarnadas que se faziam ouvir. Uns corriam, outros saltavam. Todos festejaram!

Otamendi, o capitão, foi quem levou o troféu para o balneário, largos minutos após o ter levantado. Respirava-se felicidade!

Sempre em celebração, os atletas foram saudando os adeptos, que não arredaram pé durante os minutos que se seguiram à entrega do troféu, e retribuíram com gritos de incentivo, e palmas, fazendo, como não poderia deixar de ser, um pedido: "Benfica, dá-me o 39!"

Antes de apontar a mira, novamente, ao Campeonato, o Benfica joga para outro objetivo da época, a Taça de Portugal, nos oitavos de final da prova. Nesta terça-feira, 14 de janeiro, às 20h15, os encarnados defrontam o Farense no Estádio de São Luís.