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11 novembro 2024, 02h03

Benfica-FC Porto

Festejos do Benfica no clássico

RESUMO DO JOGO

Foi um Benfica de grande nível e eletrizante aquele que goleou o FC Porto por 4-1, na Catedral, em jogo da 11.ª jornada da Liga Betclic, na noite de domingo, 10 de novembro. Com enorme entrega e mostrando-se dominadora sobre o rival, sempre com o apoio da força de uma Luz repleta – com 63 342 espectadores –, a equipa liderada por Bruno Lage somou mais três pontos.

Para o jogo grande da ronda, as águias entraram em campo com o seguinte onze: Trubin, Bah, Tomás Araújo, Otamendi, Álvaro Carreras, Florentino, Aursnes, Kökcü, Di María, Aktürkoğlu e Pavlidis. Depois do jogo da fase de liga da Liga dos Campeões, em Munique, frente ao Bayern, as águias apresentaram-se confiantes e determinadas em oferecer aos Benfiquistas um triunfo claro.

Desde a fase inicial do embate que o Benfica insistiu em bloquear as saídas dos portistas, aplicando intensidade nas disputas de bola e exercendo uma pressão alta que em muito condicionou a construção adversária.

Benfica-FC Porto

Aos 12' Di María deu um primeiro sinal de uma exibição que se revelaria excecional: o avançado driblou Francisco Moura, mas não conseguiu finalizar. Aos 17', com um remate forte de longe, o camisola 11 voltou a tentar, obrigando Diogo Costa a uma intervenção mais complicada, a dois tempos.

Dado o mote, o Benfica continuou a desenvolver o seu jogo e, aos 19', voltou a ser Di María a tentar acertar no alvo, mas sem o conseguir, por muito pouco, finalizando uma bonita jogada entre Aktürkoğlu e Pavlidis. No minuto seguinte (20'), o esférico entrou mesmo na baliza portista, mas o lance foi interrompido pelo árbitro João Pinheiro: após falta sobre Aktürkoğlu à entrada da área, o internacional turco ainda recuperou a bola, apesar de travado. Esta sobrou para Pavlidis, que bateu Diogo Costa, mas sem valer para o marcador do jogo, pois o juiz havia assinalado previamente um livre direto a favor das águias. Na conversão, Kökcü testou a atenção do guardião visitante, que se estirou para sacudir a bola (21').

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Pouco depois, o Benfica desbloqueava a partida! Na sequência de um excelente passe de Tomás Araújo, a variar o jogo da direita para a esquerda para Álvaro Carreras, o lateral espanhol recebeu de pé esquerdo, enquadrou-se na grande área do FC Porto, tirando Martim Fernandes do caminho, e disparou cruzado, de pé direito, para o 1-0 (30'). Nas bancadas, os adeptos encarnados expressavam a euforia pelo desejado golo.

Segura e sólida, a equipa comandada por Bruno Lage foi desenvolvendo o seu jogo apoiado e, aos 33', esteve muito perto de voltar a marcar. Aktürkoğlu avançou na área contrária, serviu Pavlidis, que dividiu a bola com um defesa oponente. No seguimento, Diogo Costa conseguiu sacudir um lance confuso, mas, entretanto, foi sinalizado fora de jogo.

Aos 35' coube a Aktürkoğlu atirar sobre a barra, antes de Pavlidis, lançado por um passe magnífico, a rasgar, de Di María, rematar de pé esquerdo e levar a bola a embater no poste direito da baliza do FC Porto. Cheirava a 2-0, mas a história do clássico sofreu um revés: depois de uma breve interrupção da partida, os dragões empataram aos 44', numa jogada de Francisco Moura pela esquerda, de onde cruzou para o coração da área encarnada. Otamendi tentou a interceção, mas não chegou a tempo de impedir Samu de encostar para o golo do FC Porto (1-1).

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A ida para intervalo foi com um sentimento de injustiça pelo resultado, nada consentâneo com o jogo que se vira na 1.ª parte. Para a 2.ª metade veio um Benfica, de novo, personalizado e determinado em recuperar a vantagem no placard.

Aos 56' a magia de Di María voltava a marcar a diferença na Luz: Aktürkoğlu recuperou a bola a Martim Fernandes, deu para Aursnes, que desmarcou o argentino. Este, descaído para a direita, já no interior da área, com o pé esquerdo, bateu Diogo Costa, fazendo o 2-1 (56'). Nova explosão de alegria na Catedral, que voltaria a efervescer ao minuto 61, quando o portista Nehuen Pérez, na tentativa de contrariar a finalização de Pavlidis após cruzamento de Bah no corredor direito, desviou a bola para a sua baliza (3-1).

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Após um passe impreciso de Aursnes na direção de Trubin aos 65', Samu, em boa posição na área benfiquista, não alcançou o esférico, mas o Glorioso mantinha-se eficiente nas tarefas defensivas e procurava aumentar a vantagem. Aos 71', Di María arrancou mais aplausos do público ao captar com classe um passe longo de Tomás Araújo, mas o seu remate foi bloqueado.

Bruno Lage refrescou a equipa, com a entrada de Beste para o lugar de Aktürkoğlu (75'), pouco antes de as águias selarem as contas do clássico. Após um cruzamento de Florentino, Otamendi foi atingido na cara pelo pé direito de Alan Varela. Grande penalidade para o Benfica! Na conversão, Di María bisou (4-1, aos 82'). Com o quarto golo, o Benfica, conduzido por Bruno Lage, alcançava um registo no marcador sobre os dragões que não se via desde 1964, há 60 anos, em clássicos do Campeonato.

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Até final, tempo para as entradas de Renato Sanches, Arthur Cabral, Amdouni e Rollheiser, para as saídas de Kökcü, Pavlidis, Aursnes e Di María, que foi aplaudido de pé pelos adeptos encarnados.

Após o apito final, a festa alastrou-se, numa comunhão total entre Benfiquistas e equipa, selando uma noite de relevo para as águias.

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Segue-se, agora, uma pausa para os jogos das seleções nacionais, após a qual o Benfica receberá o Estrela da Amadora, para a Taça de Portugal, na noite de 23 de novembro (sábado). A partida tem início marcado para as 20h45, no Estádio da Luz.

Texto: Pedro Miguel Azevedo
Fotos: Cátia Luís e Victória Ribeiro / SL Benfica
Última atualização: 11 de novembro de 2024

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