Reação na segunda metade não chegou

RESUMO DO JOGO

Na estreia no Campeonato Nacional, em encontro da 2.ª jornada da 1.ª fase da competição, o Benfica defrontou o FC Porto no Pavilhão n.º 2 da Luz, neste sábado, 7 de setembro. O desfecho foi adverso: 24-27.

No primeiro desafio disputado em casa em 2024/25, e com a lotação do recinto esgotada, os comandados de Jota González reencontraram os azuis e brancos, rivais que venceram na recente meia-final da Supertaça.

Na Luz, os encarnados tiveram um arranque titubeante, que complicou a tarefa. Com dificuldades na organização atacante, as águias estiveram com quatro golos de desvantagem (2-6), o que ditou o pedido de timeout por parte de Jota González.

O FC Porto apresentou uma defesa que contrariou os intentos encarnados. Sebastian Abrahamsson, na baliza do adversário, também levou a melhor nos duelos com os encarnados em algumas ocasiões, nomeadamente em livres de sete metros, situação que impossibilitou maior equilíbrio na fase inicial.

O Benfica acumulou muitas falhas e esteve mesmo a perder por sete golos (5-12 e 6-13), mas, motivados pelo apoio dos adeptos, os jogadores encarnados nunca deixaram de batalhar.

Stiven Valencia reduziu a diferença (9-13) e as águias apresentaram muito querer em busca de outro resultado. Todavia, ao intervalo, os visitantes mantinham-se na dianteira (12-18).

Na segunda metade, Jota González reconfigurou a estratégia. As águias debutaram sem guarda-redes em processo ofensivo e com os pivôs Alexis Borges e Fábio Silva em simultâneo.

Ole Rahmel, num livre de sete metros, marcou o primeiro golo (13-18). Com Kristóf Palasics a transmitir segurança na baliza encarnada, o Benfica reagiu e avançou para uma aproximação mais incisiva no marcador.

À passagem dos 41', Alexis Borges, dos seis metros, fez o 19-23, mas foi excluído pouco depois. Mesmo com menos uma unidade durante dois minutos, o Benfica mostrou atitude e, com veloz circulação de bola, empreendeu boas jogadas ofensivas.

Autor de uma sensacional recuperação de bola, numa jogada concluída com golo, o capitão Bélone Moreira empolgou os adeptos (22-24), quando faltavam cerca de 12 minutos para o final. Era possível dar a volta!

Melhor defensivamente, em comparação com o primeiro tempo, o Benfica acabou por ser penalizado por algumas precipitações, que inviabilizaram um resultado positivo (24-27).

Na quarta-feira, 11 de setembro, às 15h00, as águias voltam a jogar. Em duelo da 1.ª jornada da 1.ª fase da principal competição nacional de clubes – o jogo foi adiado devido à participação dos encarnados na final four da Supertaça –, o Benfica enfrenta o Marítimo, na Madeira.

DECLARAÇÕES

Jota González (treinador do Benfica): "Creio que o início da partida marca muito. Sem entrar em questões táticas, não podemos perder tantas bolas de forma não forçada, e não podemos falhar tantos lançamentos claros diante do guarda-redes. A partir do momento em que eles atingiram uma vantagem de sete golos, creio que ficaram muito mais cómodos. Isso marcou a diferença. A partir daí, na segunda parte, mudámos o nosso sistema 7x6, mas, cada vez que tínhamos uma oportunidade de recuperar, houve falhas. Acumulámos muitos erros, que não são táticos, alguns são táticos, mas temos de melhorar a qualidade e fazer as coisas simples e bem. Isso marca a diferença. Estivemos perto de poder dar a volta, mas aconteceu sempre um determinado erro."