Futebol

12 fevereiro 2024, 00h46

Roger Schmidt

Roger Schmidt

PÓS-JOGO

As condições do relvado do Estádio D. Afonso Henriques "condicionaram tudo" o que as duas equipas fizeram durante os 90 minutos, como fez questão de sublinhar Roger Schmidt na análise ao empate (2-2) registado no Vitória SC-Benfica, referente à 21.ª jornada da Liga Betclic, disputado neste domingo, 11 de fevereiro.

A chuva intensa e o impacto da mesma no terreno de jogo foi o tema subjacente às declarações proferidas pelo técnico do Benfica na zona de entrevistas rápidas e em conferência de Imprensa. Roger Schmidt explicou igualmente qual o plano das águias para o duelo no Minho, em particular com a colocação de Rafa numa posição mais adiantada, preterindo uma referência ofensiva no centro do ataque, como, por exemplo, Arthur Cabral, homem desempenhou essa função no duelo anterior, frente ao Vizela, nos quartos de final da Taça de Portugal.

vitória-benfica

EMPATE ACEITE NUM JOGO DE LUTA

"É sempre difícil jogar aqui, contra o Vitória SC. É uma equipa muito boa, especialmente em casa. O jogo foi completamente afetado pelas circunstâncias do relvado. Por isso, não foi muito pela questão tática, mas sim mais pela luta pelas segundas bolas, por provocar erros – tentar não cometê-los – e aproveitá-los para marcar golos. Foi um diferente tipo de jogo de futebol. Nas duas partes o Vitória SC marcou primeiro, e, claro, quem marca o primeiro golo neste tipo de relvado fica em vantagem. Penso que estivemos bem, com o golo de Rafa. Depois do intervalo, tentámos colocar o adversário sob pressão, tivemos alguns bons momentos, mas não foi fácil jogar futebol, especialmente no meio-campo ofensivo. Os passes curtos foram impossíveis [de fazer], por isso tivemos de optar por bolas longas. Tivemos de tentar levar a bola para a área. Depois, o Vitória SC teve uma boa troca de [posição de] jogadores no ataque e, com um bom cruzamento, [André] Silva fez o golo. Tornou-se mais difícil, porque com este terreno de jogo é muito mais fácil defender do que atacar. Quisemos vencer, e quando marcamos o 2-2 mesmo perto do final do jogo, temos de aceitar. Um ponto é melhor do que nada. No final, é um resultado justo. Aceitamos isso."

vitória-benfica

MOBILIDADE PARA EXPLORAR A PROFUNDIDADE

"Ao jogar com Rafa e Di María queríamos ter mobilidade, com João Mário e Fredrik [Aursnes] a jogar entre linhas e a aproveitar os momentos certos para atacar a profundidade. Mas, claro, com este relvado foi difícil colocar [a ideia] em prática. O golo que marcámos [de Rafa] foi o golo que pretendíamos marcar, exatamente como planeámos, procurar a variação entre os lados e depois atacar a área. Esse era o plano, mas colocá-lo em prática foi muito difícil. Claro que na segunda parte precisávamos de mais presença na zona central do ataque, com o Arthur [Cabral], e de um jogador para as segundas bolas, como Tino [Florentino]. Ajustámos o nosso plano de jogo, e a forma de jogar, ao relvado."

Arthur Cabral

RELVADO DITOU A "LOTARIA"

"Há 20 anos jogávamos muito neste tipo de relvados, penso que é algo que faz parte do futebol. Às vezes as circunstâncias são difíceis, como aconteceu hoje. Foi igual para as duas equipas. Claro que preferia jogar num bom relvado. O especial no relvado de hoje é que as duas metades estavam em estados completamente diferentes, numa das partes não se conseguia jogar futebol, enquanto na outra era possível. As duas equipas tentaram o seu melhor. Neste tipo de circunstâncias é quase como uma lotaria. Os meus jogadores tentaram de tudo. Tentámos também usar os lances de bola parada, tivemos muitos, o segundo golo surge de um desses lances. Tudo foi afetado pelo relvado."

VOLTAR A GANHAR

"Impacto do empate na Liga? Perdemos dois pontos, porque o nosso objetivo é sempre vencer. Conseguimos um ponto, tínhamos ganho muitos jogos antes e agora temos de continuar a ganhar muitos jogos no futuro."

Texto: Rui Miguel Gomes
Fotos: Victória Ribeiro / SL Benfica
Última atualização: 22 de março de 2024

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