Liga dos Campeões: raio-X do Benfica-Maccabi Haifa

O Benfica arranca a participação na fase de grupos da Liga dos Campeões no Estádio da Luz com o Maccabi Haifa. A partida da 1.ª jornada do agrupamento H tem o pontapé de saída agendado para as 20h00 de terça-feira, 6 de setembro.

Sem histórico de confrontos anteriores, as duas equipas defrontam-se pela primeira vez de forma oficial e chegam a este jogo numa boa fase. As águias vêm de nove triunfos consecutivos em 2022/23 – contando com os jogos da Liga Bwin e da Liga dos Campeões –, sendo que o último embate resultou numa vitória carregada de emoção e querer diante do Vizela, por 2-1.

O Maccabi Haifa logrou o mesmo resultado, mas fora de portas. Frente ao Hapoel Beer Sheva, do ex-benfiquista Miguel Vítor, o adversário do Benfica esteve a perder, mas, nos descontos (90'+2'), chegou ao golo da vitória, contando, assim, com três triunfos em outros tantos jogos disputados no Campeonato de Israel, e vingando, desta forma, a derrota, nas grandes penalidades (3-4), ante este mesmo opositor na Supertaça.

No Estádio da Luz vão estar dois emblemas históricos e que chegaram a esta fase da prova da UEFA após ultrapassarem as rondas preliminares. Os encarnados deixaram o Midtjylland e o Dínamo Kiev pelo caminho na 3.ª pré-eliminatória e no play-off, respetivamente. O conjunto israelita começou ainda mais cedo a competição, na 2.ª pré-eliminatória de acesso à Champions, onde eliminou o Olympiacos (1-1 e 4-0). Seguiu-se o Apollon Limassol na 3.ª ronda preliminar (4-0 e 0-2) e o Estrela Vermelha no play-off, eliminado após 3-2 e 2-2 nas duas mãos.

Escalpelizando estes desafios das eliminatórias preliminares da prova milionária, e usando as estatísticas apresentadas pelo Wyscout, percebe-se a capacidade rematadora do Maccabi Haifa (média de 14,7 por jogo), com uma eficácia de acerto na baliza de 46,6%; os israelitas fazem 380 passes por jogo (79% de eficácia) e têm 52% do tempo a bola no seu poder. Contam, ainda, com 14 cruzamentos por partida e 4,7 pontapés de canto a favor a cada 90 minutos.

Analisando os mesmos parâmetros no Glorioso, este supera o adversário em tudo. Soma 16 remates por jogo, 637 passes por jogo (89% de acerto), 58% na posse de bola, realiza 20 cruzamentos, em média, por partida e tem a seu favor mais de seis pontapés de canto por encontro.

Fundado em 1913, o emblema de Haifa tem no palmarés 14 Campeonatos de Israel, 6 Taças de Israel, 1 Supertaça e 4 Taças da Liga. Apesar de ser, atualmente, um dos candidatos ao título, o Maccabi Haifa só entrou na lista de vencedores da Liga nos anos de 1980 (1983/84). Antes, em 1961/62 – temporada que o Benfica conquistou a segunda Taça dos Clubes Campeões Europeus do currículo –, vencia o seu primeiro título: a Taça de Israel.

Treinado por Barak Bakhar, o Maccabi Haifa tem mostrado grande variabilidade tática, alternado entre o 4x2x3x1 e o 4x3x3, e houve jogos em que alinhou com um sistema de três defesas. Ainda assim, é possível perceber o onze-tipo do opositor das águias, com base nos mais utilizados nesta época: Josh Cohen, Daniel Sundgren, Bogdan Planic, Sean Goldberg, Pierre Cornud, Neta Lavi, Ali Mohamed, Chery, Pierrot, Dean David e Haziza.

ENTRADAS E SAÍDAS

O defeso foi mexido em Haifa, com sete entradas e 14 saídas. Um dos transferidos foi Bogdan Planic, defesa titular e um dos que somavam mais minutos no Maccabi Haifa antes de sair para o Al Ahli.

Chegaram ao clube Pierre Cornud (Oviedo), Pierrot (Guingamp), Daniel Sundgren (Aris), Nikita Rukavytsya (Hapoel Beer Sheva), Yinon Eliyahu (Maccabi Petah Tikva), Sharif Kaiuf (Hapoel Afula) e Dylan Batubinsika (Famalicão). Fizeram o caminho inverso: Ryan Strain, Godsway Donyoh, Alphonse, Omar Kabillo, Taleb Tawatha, Itamar Guri, Liav Salkind, Mohammed Fani, Itamar Israeli, Mohamad Amer, Sharif Kaiuf, Nevo Shedo, José Rodríguez e Bogdan Planic.