Jorge Jesus: "Continuamos a discutir o apuramento"

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

O Benfica perdeu em Munique, por 5-2, perante o Bayern, em encontro da 4.ª jornada do grupo E da Liga dos Campeões. Jorge Jesus destacou a boa entrada da equipa na partida e, apesar do resultado negativo, vincou os aspetos positivos a retirar.

"O resultado não é bom", mas "há coisas boas a retirar", nomeadamente o facto de a equipa não se ver desfalcada de nenhum dos jogadores que estavam em risco de exclusão [Otamendi, Weigl e Rafa], logo, a estratégia de os defender, não os colocando no onze, resultou.

A boa entrada do coletivo em campo, a resposta individual dos jogadores que "não têm jogado tanto e que se portaram muito bem" e, acima de tudo, o facto de o Benfica continuar na luta pela discussão do apuramento para a fase seguinte da prova foram alguns dos temas abordados por Jorge Jesus, primeiro na zona de entrevistas rápidas, depois na conferência de Imprensa.

Boa entrada no jogo e o golo anulado

"Sabíamos que íamos jogar contra um adversário com uma grande qualidade, mas também é verdade que o Benfica entrou bem no jogo. Fizemos o 0-1, o golo foi anulado pelo VAR, uma decisão que a mim não me pareceu ser a melhor. De qualquer maneira, o Benfica teve sempre o jogo dividido, sabendo que a equipa do Bayern Munique, quando acelera, é muito forte, com uma intensidade muito alta, e justificou-o mais uma vez. A execução dos quatro avançados não é fácil de parar, e nós sabíamos disso. Na primeira parte o jogo parecia estar equilibrado, e estava dentro do contexto, mas sempre que aqueles jogadores, muito perigosos, se movimentaram para espaços e definições na zona do último passe, criaram-nos problemas, principalmente na primeira parte, no nosso lado esquerdo. Podíamos ter feito diferente defensivamente. Fizemos dois golos, mas sofremos cinco. O Bayern criou-nos grandes problemas e temos de dar mérito. Duvido que haja outra equipa que jogue com esta intensidade, com e sem bola. Puseram-nos à prova e obrigaram-nos a correr muito."

Trio em risco de exclusão fora do onze

"Tínhamos três jogadores com dois amarelos, em risco de exclusão, o Nico [Otamendi], o Julian [Weigl] e o Rafa, e [não os lançando no onze] tentámos defender a equipa para os jogos da decisão. A decisão de podermos discutir este apuramento passa pelos jogos em Barcelona e com o Dínamo de Kiev, em Lisboa. Não é a primeira vez que eu mudo três, quatro, cinco jogadores em jogos da Champions. Nada disto foi anormal, porque sempre o fizemos. Hoje [terça-feira], em Munique, foi com estes jogadores, e por também estarem mais carregados."

"Coisas boas a retirar"

"Apesar da qualidade do adversário, face ao resultado, não saímos daqui satisfeitos, o resultado não é bom, mas fizemos dois golos e há coisas boas para aquilo que foi a nossa estratégia, nomeadamente não termos perdido nenhum jogador [exclusão por amarelos]. E houve coisas muito boas neste jogo, principalmente ao nível individual, jogadores que não têm jogado tanto e que se portaram muito bem. Deram-me boas indicações e uma boa resposta."

Um jogo de cada vez nas contas finais

"Temos de ser pragmáticos e objetivos. Quando foi o sorteio, teoricamente o Bayern e o Barcelona eram as equipas [do grupo] que já estavam apuradas. Face à nossa qualidade, ainda estamos com uma réstia de esperança e continuamos na luta pelo apuramento. Temos a oportunidade de estarmos dependentes de nós. Mas um jogo de cada vez. Primeiro o de Barcelona, depois com o Dínamo."