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Futebol
Águias e dragões jogam às 20h45 desta quarta-feira (dia 23) o primeiro troféu na temporada 2020/21, a Supertaça Cândido de Oliveira.
22 dezembro 2020, 16h21
Jorge Jesus em conferência de Imprensa
Sem Pizzi, que testou positivo à COVID-19, Otamendi passa a ser escolha para capitanear a formação encarnada. Em conferência de Imprensa – onde também Gilberto marcou presença –, o técnico do Benfica garantiu que a opção pelo argentino nunca será uma provocação à equipa do FC Porto, ex-clube do central.
Que expectativas tem para o clássico?
As expectativas são sempre em função da responsabilidade do jogo. É uma final, uma decisão. Não é um jogo para o campeonato, nem um jogo a eliminar. Quando a decisão é apenas num jogo as expectativas e as estratégias são diferentes. Todos querem jogar.
Olhando para o adversário, e tendo em conta que tem apresentado algumas variações ao longo da época, o que espera do FC Porto? Um ou dois avançados?
O FC Porto joga normalmente num 4x3x3 e quando o meu colega Sérgio [Conceição] acha que tem de ter mais poder joga com dois avançados, mas, normalmente, a ideia de jogo do FC Porto passa por ter três jogadores na frente com muita mobilidade, mais centralizado no Marega. Penso que não deve fugir muito dessa ideia... Tirando os jogos mais de estratégia, da Champions, em que jogaram de maneira diferente, num 3x4x3 e também em 5x4x1, como aconteceu com o City, normalmente jogam assim nas competições com mais jogos. Penso que será dentro disto, do Marega, com os dois alas, um colombiano e outro mexicano, com muita mobilidade, e com a chegada do Otávio. Não há nada para esconder, nem eu ao Sérgio [Conceição], nem o Sérgio a mim.
Como é que o grupo reagiu à notícia de Pizzi e Tiago Pinto, que testaram positivo à COVID-19?
O Pizzi é um dos capitães de equipa que gostava de estar aqui e poder jogar. Ele é hoje um jogador de referência do Benfica. Como lidamos com isso? Eu lido melhor do que, se calhar, a maioria dos jogadores do Benfica e não só. Estou habituado a isto. Vim do Brasil, onde tive oito/nove/dez jogadores com COVID. Isto, para mim, é um problema científico, não desportivo. O único problema desportivo e que não o posso pôr a jogar, mais nada. A segurança é total, as equipas de futebol são privilegiadas. Vivem numa bolha onde a cada três dias são testadas. Não convivemos só com as 60 ou 70 pessoas que estão no Seixal. Já tenho experiência de trabalhar em cima destas questões e problemas. O único problema é que o Pizzi vai estar fora do jogo, vai estar fora 10 dias, é esse o protocolo. Ao fim desses 10 dias, vai estar a treinar. Isto é um problema normal do mundo onde hoje vivemos.
O Pizzi seria titular amanhã [quarta-feira]? Não era a pior baixa possível? Weigl e Taarabt vão jogar?
O Benfica já tem jogado com Adel [Taarabt] e Julian [Weigl] no meio e o Pizzi joga na mesma. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Várias vezes têm jogado os dois e o Pizzi joga. Outras vezes não jogam os dois e o Pizzi também não joga. O Pizzi vai ser sempre uma das melhores opções, mas o Benfica tem soluções. Por isso é que fizemos um plantel como fizemos. O Pizzi não joga porquê? Por causa da COVID-19. Vim de um país onde o plantel foi feito já noutra perspetiva… Sabemos que hoje não podemos ter 20 jogadores, precisamos de ter 26, 27 ou 28 por causa da COVID. E foi exatamente isso que o Benfica fez. Temos de ter um plantel com mais quantidade devido a isso. Foi um jogador infetado, mas podiam ser mais. Tive mais de uma dezena de jogadores infetados no Brasil e o Flamengo ganhou tudo, só não fui campeão do Mundo, mas isso só foi possível porque nos preparámos. Isso deixa de ser um problema.
Relativamente à estratégia de amanhã [quarta-feira], e face à ausência de Pizzi, o que podemos perspetivar?
A estratégia é sempre um pormenor que os treinadores tentam esconder, faz parte da surpresa. Se disser quem vai jogar, eu como treinador, percebo a movimentação que a equipa vai ter. Se eu der essa informação em relação à minha equipa, de certeza que o meu colega também vai saber. Há sempre uma estratégia que se tenta esconder, ainda para mais numa final. Mas não vamos fugir muito aquilo que é a nossa ideia de jogo. Cada jogo tem a sua estratégia. Há duas estratégias: uma individual e outra coletiva.
Otamendi está na calha para ser o capitão de equipa de amanhã [quarta-feira]? Isso pode ser uma motivação extra, tendo em conta que o FC Porto e a antiga equipa, ou isso pode ser visto como uma provocação?
Ao longo dos anos de treinador fui aprendendo muita coisa para além da tática e da técnica. Principalmente quando saí de Portugal. Uma das coisas foi que o mais importante e respeitar os adversários e não os provocar. Tenho de os provocar no melhor sentido do jogo, ser melhor do que eles, ganhar. Já não penso como pensava há 10 anos. Ainda se pensa muito que nos bastidores ganham-se jogos, nas influências fora do futebol, nas pressões fora do futebol… Isso tem de acabar. Tem de ganhar quem for melhor dentro do campo, apesar de sabermos que há sempre controvérsia dentro do jogo. Se o Otamendi jogar só hoje [terça-feira] é que sei. Nunca colocaria Otamendi a capitão para provocar, nem o FC Porto, nem ninguém. O Otamendi é um dos capitães de equipa quando estes jogadores [André Almeida, Pizzi, Jardel e Samaris] não estão. Mas pode ser o Taarabt…
O Jorge Jesus é um comunicador, para dentro [balneário] e para fora. Pegando nas suas últimas conferências, há uma falta de dinâmica de vitória no discurso. Referiu-se também ao Brasil nesta conferência. Porque tem sido tão pragmático? É uma fase tristonha, falta de motivação ou nostalgia?
Tristonha? Eu acabei de dizer que, ao longo dos anos, fui evoluindo e tendo mais experiência. Logo, a minha forma de comunicar, não só com os jogadores, mudou. Não comunico com os jogadores como comunicava há 3, 4 ou 5 anos… Mudei porque a minha experiência deu-me conhecimento para evoluir todos os dias e, portanto, em termos de comunicação, neste caso para os jornalistas, acho que é muito mais importante falar do que é o jogo do que falar de coisas que possam não interessar. Essa opinião é sua, não é a minha. O discurso de vitória é sempre um discurso confiante, como eu fiz aqui. Gostavam que dissesse algo para um alerta CMTV? "Vamos ganhar ao FC Porto!" ou "vamos cilindrar o FC Porto"? O FC Porto é uma grande equipa. Sabe quantas vezes o Benfica jogou com o FC Porto no ano passado? Três. Sabe quem ganhou? Ganhou o FC Porto as três vezes. Tenho de respeitar os meus adversários, sejam eles quem forem. Tenho muito respeito pela final e pelo nosso adversário. Se perguntar se estou confiante e os jogadores também e se temos capacidade e valor para podermos ganhar ao FC Porto... Cem por cento confiantes! Sem dúvida! Se lhe interessa ter um discurso que vende, esqueça, tenho muitos anos de futebol e tenho outra forma de olhar para o futebol.
Jorge Jesus e Sérgio Conceição têm já uma amizade antiga. Perante esta rivalidade entre Benfica e FC Porto, a amizade consegue sobreviver?
Depois do jogo, sim. Já conheço bem o Sérgio, ele sabe que gosto muito dele, foi meu jogador, tem uma família extraordinária. Antes do jogo ele nem me quer ver porque é supersticioso, e sincero no que diz. Eu também era assim na idade dele. Não gosta de cumprimentar o treinador rival antes dos jogos, já sei que ele não me vai cumprimentar. Mas depois do jogo, sim, vamos falar de certeza. Isso faz parte do que é o jogo e do que é a nossa amizade.
Na véspera da discussão de mais um título, e depois de já ter ganho tanta coisa, quando a bola começa a rolar ainda se sente um miúdo?
É verdade! Sinto-me como um miúdo e a minha paixão continua exatamente a mesma de quando comecei a minha carreira. Adoro a minha profissão. É como aqueles jogadores que deixam de jogar. A bola para eles é sempre um capricho. Eu sinto a mesma coisa! O futebol, a bola e o jogo… Todos os dias estou supermotivado e apaixonado para poder cada vez mais aprender e melhorar e tentar mudar a forma como em Portugal olhamos para o futebol dentro das quatro linhas. O que falta aqui? As pessoas, os adeptos. O futebol sem adeptos não é a mesma coisa. Não tenham dúvidas nenhumas que hoje as grandes equipas não estão a jogar ao mesmo nível. Porquê? Não têm adeptos! E isto é tanto é para os jogadores como para os treinadores… Gostava que amanhã [quarta-feira] o Estádio estivesse lotado, metade vermelho, metade azul. É para isso que todos nós trabalhamos, para promover o futebol e também não o sabemos fazer muito bem. Aquilo que as equipas portuguesas conseguem fazer nas competições internacionais, não tendo as mesmas possibilidades financeiras, é um trabalho de muita qualidade, que às vezes não valorizamos.
Texto: Filipa Fernandes Garcia e Sónia Antunes
Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica
Última atualização: 5 de julho de 2022