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Futebol
Numa extensa entrevista, o médio grego assume que o objetivo para a próxima época é “ganhar tudo” a nível interno e reafirma o seu amor pelo Clube que representa desde 2014/15.
16 junho 2019, 18h46
Samaris
“O deste ano é o que descreve tudo. O do primeiro ano foi difícil também, mas não tão difícil como este. Passei por situações que foram uma repetição do que tinha tido na Grécia e senti que as coisas não estavam nas minhas mãos. Mesmo sem jogar, tens sempre um papel, seja no banco, no balneário, até na bancada. Mas quando não estás em campo, não podes fazer muito para mudar um resultado ou a situação do jogo. Este ano, sobretudo estes seis meses, foram muito importantes para mim e acabaram por me dar a renovação, algo que eu sempre quis.”
“Gosto da verdade, o campo sempre foi o meu espelho, a minha verdade. Senti que éramos 99 por cento campeões, pois faltava só um jogo. Foi um desabafo, uma coisa do tipo 'Parabéns Andreas, conseguiste aquilo em que estavas a pensar nos primeiros meses em que trabalhaste tanto'. Arrepiei-me todo e senti isto.”
“O comportamento dele não foi uma surpresa para mim. Houve um passado, provocou-me várias vezes, ao intervalo disse umas coisas que não posso dizer publicamente. Desrespeitou, com palavras, o Clube e é uma coisa que eu não aceito e conhecendo os meus colegas, ninguém aceita isso.”
“São palavras que não posso dizer. Toda a gente pode imaginar o que foi. Eu não gostei. Todos os jogadores que têm um passado no Benfica têm de respeitar, como em qualquer clube. Joguei no Olympiacos, no Panionios, no Panachaiki, tenho muito respeito por estas equipas e nunca vou dizer coisas más. Até podes ter um passado mau, que nem é o caso, mas eu costumo dizer 'quando comes o pãozinho num clube, tens sempre de respeitar o pãozinho'. Não foi o caso e perdi o respeito.”
“Foi um fator muito, muito importante. Desde o primeiro dia, chegou com a lógica de tirar a pressão dos jogadores, mas fazendo com que ninguém esquecesse a responsabilidade de jogar pelo Benfica. Ele conseguiu que os jogadores se sentissem confortáveis e confiantes, e isso notou-se em campo, tal como o nosso ambiente, que sempre foi bom, bem como o prazer de jogar futebol e de jogar pelo Benfica. Os números dizem isso.”
“Pela imagem que deixámos contra o FC Porto na Taça da Liga, em que não merecíamos aquele resultado, e também quando fomos jogar a Alvalade com aquela personalidade. Aí, a equipa sentiu que podia reconquistar o campeonato. Foi um momento que nos deu muita confiança e aí começou uma série de jogos vitoriosos, com uma imagem muito boa, muito agressiva, ofensivamente muito forte. Isso teve impacto não só no Benfica como nos adversários.”
“Sim, eu sei, até pelo nome do estádio. Eu sei algumas coisas da história de Portugal. Eu tirei um diploma em língua portuguesa e tive aulas de setembro a novembro. Falávamos sempre da história de Portugal, ao mesmo tempo que aprendíamos português e gramática. Sei que o primeiro Rei, D. Afonso Henriques, nasceu em Guimarães. Teve em mim o impacto que o treinador quis que tivesse.”
“Comecei a construir a minha confiança desde o jogo em Guimarães: em que entrei, na Taça de Portugal. Houve mais dois jogos até Alvalade e continuei. Depois do jogo contra o Sporting, senti que as coisas estavam a correr bem e que ia trabalhar para tentar fazer o mesmo até final da época.”
“Não sei se seria um golo certo, até porque o Ody [Odysseas] podia defender. Foi um corte importante naquele jogo que nos deu a liderança. Até por isso significa mais do que se fosse outro jogo. Houve muitos jogadores que deram muito mais do que se calhar pensavam que tinham. Acho que isso valeu o título. Muita gente superou os limites.”
“Não comentamos nada disso, não entramos nessas conversas. Como eu falho um passe, um colega falha um golo ou um corte, pode haver erros de árbitros, seja para uma equipa, seja para outra. Acho que para o bem do futebol português não é bom ficar muito agarrado a isso. Eu vi isso acontecer no meu país e não melhorou o campeonato. Gostava muito que essas conversas desaparecessem.”
“Eu quis lutar pelo meu lugar. Mesmo quando perdi espaço no Benfica, sonhei sempre com melhores dias e quis lutar por isso. Pensei que teria força e tolerância para aguentar tudo. E tive, aguentei. Continuei a trabalhar e aconteceu aquilo que eu queria.”
“O dinheiro não é tudo. Quando já tens uma vida muito boa, a prioridade não é ter mais dinheiro. Sabes que vais acabar a tua vida futebolística com algum dinheiro na conta que chega perfeitamente para viver, porque hás de querer mais quando estás num clube onde toda a gente gosta de ti? Gosto muito de viver em Portugal, de jogar no Benfica, não troco isso por nada. Mesmo que seja por mais dinheiro, não troco. Como não troquei. A minha lógica é: cresci com pouco e não preciso de muito.”
“Havia propostas de Inglaterra, mas sempre dei prioridade ao Benfica e sempre esperei pelo Benfica. Quando começámos a negociar, tudo o resto acabou.”
“Não! Nada, zero. Nem eu, nem o meu empresário. Jogar no FC Porto ou Sporting? Não, nunca! Tenho o meu passado no Benfica, onde joguei cinco anos, vivi momentos que não quero apagar da minha memória, nem quero vivê-los noutro clube em Portugal. Estou muito feliz por aquilo que passei, vivi e fiz pelo Benfica, e não trocava isso por nada. Gosto muito da minha liberdade em Portugal e quero continuar a tê-la.”
“O sangue novo sem ambiente não mexe em muita coisa. O talento de todos estes miúdos é enorme. Nós, mais velhos, tentamos criar uma almofada e uma proteção para eles poderem ficar no caminho certo e não perderem a cabeça, que é frequente. Miúdos desta idade, que começam a jogar num clube tão grande como o Benfica, a ganhar dinheiro, não têm bem a noção do que isto significa, ou fazem a situação um pouco maior do que realmente é. Nós, aquele núcleo de jogadores com mais anos, tentamos sempre proteger os miúdos e tentamos colocá-los no caminho certo. Graças a Deus, os miúdos que nós temos já têm princípios muito bons da casa e o nosso trabalho é fácil.”
“O João [Félix] tem mais para dar e mostrar. E num palco como a Liga dos Campeões. Mais um ano era bom para todos.”
“Tem muito potencial. Precisa de trabalhar e jogar. Tomando as opções certas, pode chegar também a um nível ainda mais alto.”
“Faltam-me as palavras para ele. É um jogador especial, eu tenho uma ligação especial com ele. Para mim, é o melhor jogador com quem joguei. É enorme. E como pessoa é também muito humilde, parece que não fez nada na carreira dele. É impressionante.”
“Todos os títulos domésticos e uma boa caminhada na Liga dos Campeões. Mas boa mesmo. O que é boa? Quartos de final ou mais.”
“Muito boa. Estamos várias vezes juntos no Seixal. Chego cedo, ele também, falamos de várias coisas. Anda pelo Seixal tranquilo, cumprimenta todas as pessoas... nem todos os presidentes fazem isso. Acho que a maioria mantém distância para os jogadores.”
Texto: Marco Rebelo
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024