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Dia Mundial da Vida Selvagem
A Biodiversidade e a Vida Selvagem possuem um valor intrínseco para o equilíbrio ecológico do planeta,
garantido
três serviços de ecossistemas essenciais: polinização, ciclo do azoto e controlo de pragas. São ainda
imprescindíveis para o bem-estar humano, fornecendo alimento, medicamentos, vestuário, entre outros benefícios,
como a promoção do desenvolvimento socioeconómico através do turismo.
A perda de biodiversidade tem vindo a aumentar devido à fragmentação de habitats provocados pela desflorestação,
urbanização e agricultura. O prolongamento destes fenómenos levará à extinção de inúmeras espécies, com impactos
irreversíveis em todos os níveis tróficos e funções ecológicos. Nesse sentido, foi alcançado em dezembro de
2022, um Acordo histórico
na COP15 sobre a Biodiversidade em Montreal (Canadá), onde foram
estabelecidos quatro
objetivos globais, composto por um total de 23 metas, que visam travar a perda da biodiversidade à escala global
até 2030.
O tema deste ano são as "Parcerias para a Conservação da Vida Selvagem", desde a escala
intergovernamental até à
escala local, e que se desdobra em dois subtemas:
Em 2023, precisamente no dia 3 de março, também se celebra o 50.º aniversário da CITES (Convenção sobre o
Comércio
Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção). O objetivo primordial desta
Convenção é assegurar que o comércio de animais e plantas não põe em risco a sua sobrevivência no estado
selvagem. O
tema "Parcerias para a Conservação da Vida Selvagem" proporcionará a oportunidade de destacar a ponte que a
CITES
tem sido para formar essas parcerias, dando uma contribuição significativa para a sustentabilidade, a vida
selvagem
e a conservação da biodiversidade, tanto a nível nacional como local.
A constituição de parques e reservas de vida selvagem e o restauro de ecossistemas através da
reabilitação
de paisagens degradadas podem (re)fornecer habitat para a vida selvagem. Envolver a população local em
atividades
de conservação pode ajudar a aumentar o apoio à conservação e garantir o uso a longo prazo dos recursos
naturais. Um
notável exemplo disso é a história incrível do indiano Jadav Payeng, que durante mais de 30 anos plantou uma
floresta de 550 hectares, área equivalente a 800 campos de futebol, um território maior que o Central
Park
de Nova
Iorque.
Nascido em Majuli, a maior ilha fluvial do mundo situada na região de Assam, no nordeste da Índia, Payeng
assistiu
durante a infância aos efeitos das cheias e consequente erosão do solo engolirem cerca de 70% da sua ilha
natal. O
ponto de viragem da sua vida deu-se quando tinha 16 anos, em 1979, ao deparar-se com um banco de areia arrastado
pelas cheias composto por centenas de cobras mortas.
"As cobras morreram no calor, sem nenhuma cobertura de árvore. Sentei-me e chorei sobre as suas formas sem vida.
Foi
uma carnificina. Alertei o departamento florestal e perguntei se eles poderiam cultivar árvores lá. Eles
disseram
que nada cresceria ali. Em vez disso, pediram-me para tentar cultivar bambu. Foi doloroso, mas eu fiz. Não havia
ninguém para me ajudar. Ninguém estava interessado" afirmou Payeng em entrevista à
revista
Treehugger.
Apelidado de "louco", Payeng foi o único habitante que permaneceu no local, considerado um caso perdido pelo
governo
indiano; começou a espalhar sementes de diversas espécies pelo terreno e a cavar buracos profundos para que
as
jovens mudas pudessem estender as suas raízes. Dotado de uma profunda compreensão do equilíbrio ecológico, transplantou formigas para os locais de forma a restaurar a harmonia natural do ecossistema. A área
reflorestada,
conhecida como floresta Molai, tornou-se o refúgio de uma incrível biodiversidade de flora e fauna como javalis,
veados, répteis e diversas aves, até tigres-de-bengala e rinocerontes, sendo ainda a área migratória de mais de
100
elefantes. A história de Payeng está relatada no documentário 'Forest Man' que chegou a ser premiado no
Festival
de
Cannes em 2014 e que pode ser visto aqui.
Para evitar a interferência humana na região, manteve segredo durante anos, até que um fotojornalista se
apercebeu
da presença das árvores então desconhecidas. Mesmo tendo passado a contar com o apoio dos serviços florestais,
Payeng continua a ter várias ideias sobre como salvar Majuli, defendendo que a plantação de coqueiros pode ser a
chave para controlar o solo erosivo da ilha, devido ao caule destas árvores crescer em linha reta. Além
disso, os
cocos poderiam ser vendidos sem necessidade de "destruir as árvores apenas para ter proveito económico", algo
que, para Payeng, representa hoje a maior ameaça à sua ilha.
Apesar do reconhecimento internacional, Payeng continua a residir numa pequena casa em Majuli, onde cultiva para
subsistência; anda descalço para manter a conexão com a natureza e orgulha-se do legado que deixou para o
mundo:
pequenos gestos podem fazer uma grande diferença.
O ECO Benfica convida-o a seguir o exemplo de Jadav Payeng e a celebrar a importância da Vida Selvagem,
na
primeira
data comemorativa de um mês em que são várias as datas e iniciativas de celebrar o Ambiente e a
Sustentabilidade!
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024