Entrega máxima e determinação valem triunfo no dérbi

RESUMO DO JOGO

Foi na raça, com muita entrega e determinação, alicerçada no apoio vindo das bancadas do Pavilhão n.º 2 da Luz, que o Benfica venceu o Sporting, por 3-1, no jogo 1 da final do play-off do Campeonato Nacional, realizado nesta sexta-feira, 18 de abril.

Os encarnados não arrancaram bem e estiveram a perder por 2-5. Lucas França reduziu em contra-ataque (3-5), numa fase em que o apoio dos Benfiquistas se faziam ouvir com intensidade. Aliás, essa foi uma constante durante toda a partida que contou com o Presidente Rui Costa entre os espectadores.

Em desvantagem por 3-7, Marcel Matz solicitou timeout. Os encarnados evidenciavam dificuldades na receção, mas reagiram através do serviço de Pablo Natan e a acutilância de Nivaldo Gómez junto à rede (6-8). Um pedido para recurso ao videocheck por parte dos verdes e brancos reverteu o 7-8 e a equipa leonina passou a vencer por 6-9, pois o forte serviço de Pablo Natan seguiu para fora sem que a bola tocasse num adversário.

Com 8-14 no placar, o treinador encarnado pediu mais um timeout. No regresso à quadra, Pablo Natan fez o 9-14. Com oscilações ofensivas, o Benfica não conseguiu aproximar-se suficientemente do adversário.

Apesar dessa irregularidade, com dois pontos consecutivos, Felipe Banderó ainda deu esperanças às águias (15-18), impulsionadas pelo fervor vindo das bancadas. O 17-19 foi obtido por Michal Godlewski, mas o Sporting concretizou o sideout de seguida, recolocando a diferença em três pontos.

Sem nunca desistir, o Benfica reequilibrou o dérbi e depois de um bloco de Pearson Eshenko, ficou tudo em aberto (19-20). No entanto, perante falhas dos encarnados, o Sporting voltou a recuperar e triunfou por 21-25.

O 2.º set começou com equilíbrio (4-4). "Força, SLB", gritavam os adeptos. Com um ás de Pablo Natan, o Benfica passou para a dianteira pela primeira vez (6-5), seguindo-se um novo serviço indefensável do zona 4 que deixou as águias na frente por 7-5.

Mais eficientes na receção, os encarnados melhoraram também no ataque, e o dérbi manteve-se sem margens folgadas (9-8).

Dois erros não forçados de Pablo Natan possibilitaram ao Sporting chegar ao 11-13. Porém, nada estava perdido. E, de imediato, Marcel Matz pediu timeout.

Num dérbi com algumas longas trocas de bola, o Benfica manteve-se na luta (16-17). Com as águias a servirem para igualarem o encontro a 20, o Sporting pediu timeout e acabou por conseguir o 19-21.

Muita emoção em quadra com o desfecho do parcial indefinido. Pablo Natan igualou (23-23) para gáudio dos Benfiquistas. Imparável, Nivaldo Gómez fez o 24-23! E, de seguida, o zona 4 cubano teve um remate sensacional, com o qual as águias fecharam o set (25-23), igualando o dérbi (1-1).

No começo do 3.º set, os encarnados estiveram sublimes. Agressivo no remate, Felipe Banderó anotou o 4-1, deixando a Luz ao rubro.

Ao manter o ascendente, o Benfica não deixou a liderança do placar, mas o Sporting soube aproveitar algumas falhas das águias para reduzir (12-11).

Motivados por um entusiástico público, os comandados de Marcel Matz chegaram aos 4 pontos de avanço (16-12), aproximando-se do desejado triunfo no parcial.

Com muito ainda por disputar, o técnico leonino pediu timeout e o Sporting reduziu para 16-14.

Aproveitando a intranquilidade do adversário, o Benfica teve argumentos para surpreender nas ações junto à rede. Como tal, ficou mais perto da vitória no 3.º set.

Um serviço para fora de Jan Galabov determinou que o resultado ficasse em 21-18.

Ainda assim, os visitantes avançaram para um parcial de 0-3, que empatou a contenda (21-21).

Mais uma vez, tudo em aberto. Um remate de Valencia para fora deixou as águias com setpoint (24-22), concretizado numa ação de Nivaldo Gómez! Impressionante! 25-22 e 2-1!

A necessitar de vencer um parcial para fechar o jogo 1 da final, o Benfica entrou determinado. Com confiança, e assente em bons serviços, as águias fizeram o 6-4, por Lucas França. 

O bloco triplo do Sporting não inviabilizou o 8-6, após remate de Felipe Banderó. Matheus Alejandro ampliou (9-6) e o Benfica, com muita alma, avançou para uma margem ainda mais folgada. Desta feita, num bloco, Matheus Alejandro assinou o 11-6. Por cima do dérbi, Felipe Banderó festejou de forma exuberante o 12-7.

O Benfica não deu hipóteses à receção dos rivais, que, todavia, tentaram aproximar-se e colocaram-se a dois pontos (17-15).

"Benfica, o amor da minha vida", gritavam os adeptos. 

Com 23-19, os Benfiquistas batiam palmas a compasso. Estava quase. Um erro não forçado de Valencia ditou o 25-20 e o triunfo das águias, por 3-1. Com esta vitória, o Benfica está na frente da final do play-off do Campeonato Nacional, disputado à melhor de cinco.

O jogo 2 será disputado no Pavilhão João Rocha, no sábado, 26 de abril, às 15h30 (bilhetes aqui).

DECLARAÇÕES

Marcel Matz (treinador do Benfica): "Jogo equilibrado. As duas equipas tentaram imprimir um ritmo muito forte. Oscilámos um pouco e tivemos de encontrar os momentos mais importantes para estar melhor. É só um jogo, responsabilidade dividida em cada jogo. Ganhámos o primeiro jogo, vamos tentar ganhar o segundo. Há que trabalhar, acreditar, contar com o apoio dos adeptos. São inúmeros fatores que vão sendo construídos durante o jogo. Nunca deixamos de acreditar. Todos os jogadores estão com uma intensidade muito grande. Podem estranhar o Japa ter participado pouco no jogo, mas está com desconforto muscular, coisa muito leve, e optámos por não arriscar hoje, de forma a estar pronto para o próximo, sábado que vem [26 de abril]."

Felipe Banderó (oposto do Benfica): "Foi um começo difícil. Eles vieram com um serviço agressivo, tivemos dificuldade no sideout, e na transição eles estavam impecáveis, mas conseguimos imprimir o nosso ritmo de jogo. No 2.º set, apesar dos nossos erros de serviço, conseguimos dar a volta no final com umas transições que foram muito importantes. Ter o apoio de todos os Benfiquistas em casa e jogar no ambiente em que treinamos é a melhor coisa. Eles são o sétimo jogador. A série é longa ainda."