Futebol

07 abril 2025, 02h22

FC Porto-Benfica

Festejo dos jogadores do Benfica

RESUMO DO JOGO

Uma exibição categórica e de qualidade inquestionável catapultou o Benfica para uma goleada histórica no terreno do FC Porto, neste domingo, 6 de abril, em jogo da 28.ª jornada da Liga Betclic.

Nunca o Benfica tinha vencido o FC Porto no seu recinto por 1-4, e a última vez que as águias haviam imposto 4 golos aos azuis e brancos enquanto visitantes remontava a 11 de abril de 1943 (há 82 anos) com um triunfo por 2-4.

Os factos do clássico deste domingo estão sustentados num desempenho sólido, coeso e determinado dos comandados de Bruno Lage, que desde o primeiro segundo do encontro colocaram o foco nas redes contrárias na procura dos desejados e ambicionados 3 pontos.

FC Porto-Benfica

O onze apresentado pelo treinador encarnado – Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras, Florentino, Aursnes, Kökcü, Di María, Aktürkoğlu e Pavlidis – deu mostras disso mesmo quando, aos 40 segundos, após a primeira incursão sobre o último reduto contrário, inaugurou o marcador. Pavlidis fez um primeiro cruzamento atrasado, na sequência de um lançamento lateral de Tomás Araújo, Álvaro Carreras recolheu, endossou para Aktürkoğlu, e este, sobre a esquerda, cruzou para o coração da área. Entre os centrais contrários, Pavlidis encostou de pé direito com classe (0-1). O lance foi inicialmente invalidado por alegada posição irregular de Pavlidis, mas a intervenção do VAR confirmou a legalidade do golo.

A formação da casa procurou reagir, instalar-se no meio-campo do Benfica, que, estrategicamente, controlou os espaços e puxou a objetividade para ferir o rival.

Aos 18', o Benfica colocou a bola no poste direito da baliza à guarda de Diogo Costa, num lance que acabou por ser invalidado por posição irregular de Tomás Araújo. O lance começou num livre batido por Kökcü a partir do lado esquerdo, com a bola teleguiada a ser cabeceada por Florentino para grande defesa do guardião contrário. Na recarga à parada apertada, o camisola 44 rematou forte de pé direito, e a bola esbarrou no ferro!

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Marcano cabeceou ao lado aos 24', e Pepê, aos 26', assistiu Samu, mas este, na área do Benfica, não conseguiu finalizar. Trubin, aos 30', intercetou um cruzamento perigoso de Francisco Moura, e, no minuto seguinte, o Glorioso respondeu com mais uma bola ao poste. Aktürkoğlu, lançado por Kökcü, galgou terreno pelo lado esquerdo, desembaraçou-se de Nehuen Pérez e, dentro da área, após uma diagonal para o centro, rematou em arco com a bola a beijar o poste direito da baliza portista. Mais uma grande oportunidade!

Os anfitriões tentavam, e o Benfica respondia com astúcia. Aos 39'... nova bola ao poste (direito), a 3.ª chance travada pelo mesmo ferro. Endiabrado, Aktürkoğlu, lançado pelo compatriota Kökcü, escapou pela esquerda e abriu para Pavlidis, que, perto da marca de grande penalidade, desviou o esférico para o poste... novamente!

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O cruzamento perigoso de Aursnes, para o 2.º poste, aos 41', foi mais uma ameaça... que se repetiria aos 43', e com sucesso. O canto curto de Kökcü permitiu a tentativa de remate de Florentino fora da área, mas a bola saiu na direção de Pavlidis, que, na zona de rigor, sobre a esquerda, recebeu, driblou e sentou Nehuen Pérez, finalizando com categoria de pé direito (0-2). Fez-se justiça no marcador em cima do intervalo.

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Se o 1.º tempo foi de maior pragmatismo e objetividade, a etapa complementar apresentou-se como extensão imperial de um desempenho de qualidade superlativa.

Controlando as operações, Di María, aos 47', bateu um canto direto que obrigou Diogo Costa a uma defesa a punhos em cima da linha de baliza.

O camisola 11, de regresso à titularidade, aos 53', concluiu uma excelente jogada coletiva dos encarnados, com um remate à malha lateral da baliza azul e branca, a partir do lado direito do ataque. O oponente – que na 1.ª parte, em termos estatísticos, não tinha somado qualquer oportunidade de golo nem feito um remate enquadrado com a baliza – viu Nehuen Pérez efetuar um corte providencial na pequena área perante Aktürkoğlu, evitando o terceiro golo encarnado, aos 59'.

No minuto seguinte, foi Otamendi, de cabeça, solicitado por um cruzamento de Kökcü, desde o lado direito, a obrigar Diogo Costa a defender a bola com o ombro, lance que acabou por ser sancionado com fora de jogo do capitão das águias.

FC Porto-Benfica

Já com Dahl no lugar de Tomás Araújo, o Benfica chegou novamente ao golo... um tento histórico, diga-se. Di María, aos 69', junto à linha lateral, no lado esquerdo, cruzou largo para o centro da área, onde Pavlidis, com um pequeno desvio de cabeça, bateu o guardião contrário (0-3). Pavlidis chegou ao hat-trick e tornou-se no primeiro jogador da história do Benfica a fazê-lo no terreno do FC Porto, somando ainda o feito de ter sido seu o golo mais rápido do Clube nos embates com o rival, fruto do tento apontado aos 40 segundos.

Bruno Lage lançou Schjelderup e Belotti para os lugares de Di María e Pavlidis – muito ovacionado pelos Benfiquistas, que apoiaram de forma incansável a equipa –, e o jovem internacional norueguês, aos 80', viu um remate seu, na área, sair prensado num defesa contrário e levar a bola a passar junto ao poste direito.

Aos 81', Samu aproveitou a defesa por instinto de Trubin a remate de Fábio Vieira, em posição frontal, para, na área, na recarga, finalizar e reduzir a desvantagem no marcador (1-3).

Otamendi

O Benfica, mesmo com o golo sofrido, controlou as operações, e Barreiro já estava em campo (também) com essa missão quando o resultado foi determinado por Otamendi, aos 90'+4'. Novo livre de Kökcü, agora sobre a esquerda do ataque, para o 2.º poste, onde o capitão subiu mais alto que o marcador direto e cabeceou com sucesso na pequena área (1-4).

O Glorioso fechou assim com um golo uma exibição de enorme qualidade, para gáudio dos incansáveis Benfiquistas, e com um resultado histórico, que mantém o trajeto vitorioso do coletivo na competição, na qual segue com 9 vitórias consecutivas, totalizando 68 pontos, na liderança.

O Benfica volta a jogar já na quarta-feira, 9 de abril, às 20h45, frente ao Tirsense, no Estádio Cidade de Barcelos, na 1.ª mão da meia-final da Taça de Portugal. Para o Campeonato, as águias defrontam o Arouca na 29.ª jornada, no domingo, 13 de abril, às 18h00, no Estádio da Luz.

Texto: Rui Miguel Gomes
Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica
Última atualização: 7 de abril de 2025

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