Desfecho inglório na Dinamarca

RESUMO DO JOGO

Apesar da entrega, refletida numa boa exibição na Arena Svendborg, o Benfica não conseguiu apurar-se para os quartos de final da EHF European League, após o desaire, por 34-31, nesta terça-feira, 1 de abril.

A vitória por 33-31, no Pavilhão n.º 2 da Luz, na 1.ª mão do play-off de acesso à fase seguinte da competição, deixava a porta entreaberta para a qualificação, pese a valia do adversário.

Porém, o desfecho na 2.ª mão desta ronda, na Dinamarca, inviabilizou a passagem das águias aos quartos de final.

Nos minutos iniciais, ao defender um livre de sete metros, Gustavo Capdeville motivou ainda mais os companheiros de equipa. Perante a astúcia do vice-líder da liga dinamarquesa a contra-atacar, o Benfica soube defender bem, provocando erros ofensivos ao GOG.

Aos 10', Demis Grigoras deu a melhor sequência a um passe de Miguel Sánchez, finalizando de forma espetacular para o 3-5.

Mesmo privado do capitão Bélone Moreira, por lesão, o Benfica foi eficiente nas ações na 1.ª linha, nomeadamente por Ander Izquierdo. Com o embate muito disputado e dividido, ao intervalo, registava-se uma igualdade: 15-15.

Na 2.ª parte, Stiven Valencia foi o primeiro a faturar, seguindo-se uma defesa de Gustavo Capdeville ao remate de Tobias Grondahl, uma dos pilares do GOG.

Egon Hanusz dilatou o score (15-17), mas pouco depois, em ação defensiva, Stiven Valencia foi admoestado com cartão vermelho, o que condicionou a estratégia encarnada.

Com ascendente no jogo, num pavilhão repleto, os jogadores do Benfica mostraram-se serenos. Inspirado na baliza, Gustavo Capdeville tornou a travar um livre de sete metros anotado por Tobias Grondahl.

Demis Grigoras deixou as águias com três golos de avanço (19-22), motivando um timeout imediato, por parte do treinador dos nórdicos.

A apostar em dois pivôs em simultâneo, e abdicando do guarda-redes, o GOG conseguiu igualar (24-24).

A eliminatória mantinha-se em aberto e o Benfica continuava a mostrar muita entrega em prol do objetivo.

A nove minutos do final, Fábio Silva fez o 25-27, mas a equipa da casa, acutilante, conseguiu reverter a situação.

Ao não concretizar um livre de sete metros, defendido por Peter Johannesson, Ole Rahmel desperdiçou a possibilidade de reduzir diferenças (30-28). A dois minutos do término da partida, Jota González solicitou timeout.

Na tentativa de reduzir, Ander Izquierdo viu o seu remate travado pelo guarda-redes rival, mas reclamou falta, pretensão que os árbitros não sancionaram.

Ao anotar o 34-30, Hjalte Lykke complicou a tarefa encarnada. Egon Hanusz ainda reduziu para 34-31, mas o tempo escasseava e o Benfica não conseguiu o apuramento para os quartos de final.

As águias voltam-se agora para a fase final do Campeonato Nacional. Na 2.ª jornada do Grupo A, os encarnados defrontam o FC Porto, no domingo, 6 de abril, às 15h00, no Pavilhão n.º 2 da Luz.

DECLARAÇÕES

Jota González (treinador do Benfica): "Creio que fizemos um ótimo jogo, logicamente com alguns erros, mas houve coisas muito relevantes que nos condicionaram: o cansaço dos jogadores; à hora de disputar a partida não ter um substituto para o Demis [Grigoras]; e, o mais importante, a lesão do guarda-redes Gustavo Capdeville, o que nos impediu de jogar 7 contra 6 nos minutos finais, facto que nos limitou muito. Além disso, o adversário foi muito certeiro e eficaz durante a 2.ª parte, e tudo isso fez com que não fosse possível alcançar o resultado que pretendíamos, depois de todo o esforço que fizemos. Mas estou muito orgulhoso do trabalho dos jogadores e de tudo o que tentámos fazer em campo. O jogo mudou na parte final quando eles colocaram 7 contra 6 – estavam perdidos... E aí começaram a dar a volta, e nós não fomos capazes de marcar golos de baliza a baliza."