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Futebol
Recebido com enorme entusiasmo no treino da equipa Sub-12 do Benfica, no âmbito de uma campanha da adidas, Florentino falou do seu percurso de águia ao peito e do impacto do lado emocional na trajetória de um futebolista rumo a uma carreira de sucesso.
29 março 2025, 16h30
Florentino
O médio fez a alegria de jovens aspirantes a craques da Formação a transbordar de entusiasmo por poderem estar perto de uma referência, que, por entre abraços e várias solicitações para dois dedos de conversa ou uma troca de bolas, dedicou palavras de incentivo a todo o grupo.
"Antes de mais, quero dar só uma palavra e dizer que é um orgulho estar aqui com vocês, que sabem qual é o privilégio de representar o Benfica. O que eu quero dizer é que se todos os dias derem o vosso máximo, se todos os dias derem o melhor de vocês, com certeza que estarão mais perto do sucesso", afirmou Florentino, no centro de uma roda formada por dezenas de atentos ouvintes.
No mesmo evento, o jogador do Benfica falou aos jornalistas da Sport TV e da Timeout sobre o caminho que o conduziu à equipa principal das águias e, também, sobre a importância do lado emocional na construção de uma carreira sólida e de sucesso.
"É um prazer muito grande estar aqui, sabendo que esta campanha da adidas promove o apoio do atleta. E, muito mais do que isso, é uma motivação para eles contemplar um jogador que é da equipa principal, que é o sonho deles. Traz uma certa motivação, traz a visão de que é possível, porque, tal como eles, eu também estive do outro lado. Quando tinha a idade deles, estava a jogar aqui. Creio que, agora, eles podem ter outra perspetiva e saber que muitos jogadores passaram por estes campos. E eles também poderão chegar ao nível mais alto", referiu Florentino, antes de abordar vários temas.
Que memórias é que tens desse tempo [Formação]? Há pouco estavas ali sentado na bancada, um pouco introspetivo. O que recordas dessa altura?
Há muita coisa... Acima de tudo, a alegria de representar o Benfica. Quando soube que vinha para o Benfica, fiquei muito contente, porque é o maior clube de Portugal. E ver os meninos com esta idade, acho que por vezes ainda não têm a dimensão do que é o Clube, porque ainda vivem muito no mundo deles e fazem bem, porque cada idade tem o seu processo, cada idade tem uma coisa para desfrutar e aprender. Mas dá esse flashback, dá essas recordações de lá atrás e também me faz lembrar quando era menino, e que o sonho ainda está cá dentro. No fundo, ainda sou um bocado uma criança.
Qual é a melhor memória que tens do caminho até à equipa principal [do Benfica]?
Acho que todos os dias foram muito fantásticos, porque quando vestia a camisola do Benfica era um motivo de orgulho dizer aos meus colegas da escola que jogava no Benfica e saber que podia fazer o que mais gostava, ainda por cima a representar um grande clube. As memórias são as vitórias, são os títulos e, acima de tudo, a amizade que tinha com os meus colegas. Até hoje, ainda tenho alguns colegas com quem continuo a falar, e no final é isso que fica.
Qual foi a principal mensagem que tentaste passar neste momento que tiveram para conviver um bocadinho?
Neste curto espaço de tempo, foi a alegria de nós estarmos ali a divertir-nos. Se repararam, os meninos só queriam jogar, só queriam estar comigo, estar do meu lado e não queriam mais nada. É isso que eles têm de fazer todos os dias. É aproveitarem cada minuto e saberem que, se estiverem alegres, é meio caminho andado para o sucesso.
O caminho até ao topo, até à equipa principal do Benfica, envolve não só qualidade, não só talento, mas, muitas das vezes, superação. Um atleta profissional tem de estar disposto a isso...
Sim, são muitos sacrifícios que o atleta tem que fazer, e, por vezes, as pessoas de fora não conseguem notar isso. Mas, com a caminhada, nós também vamos crescendo, porque nós não só crescemos no nível profissional, mas também crescemos no nível pessoal, a lidar com as nossas emoções, a estar preparados a todo o momento para darmos o nosso melhor contributo. E isso é que me alegra, saber que o futebol me fez um homem melhor e que hoje posso tornar a minha profissão naquilo que eu gosto.
Voltando atrás, quem foram as principais pessoas que te inspiraram neste trajeto, não só dentro, mas também fora dos relvados?
Acima de tudo, a minha motivação era a minha família, porque era com quem convivia no dia a dia. Foram eles que, desde que eu era pequeno, viram a minha caminhada. Também o meu irmão, que também teve o sonho de ser jogador de futebol, mas que, infelizmente, não conseguiu chegar aos patamares a que eu cheguei. Mais do que ser um sonho só meu, também era um sonho da minha família, e inspirei-me muito neles, porque sabia que, se conseguisse um dia chegar ao patamar mais alto, iria ser muito bom. Iria representar a minha família, iria representar as pessoas que estão ao meu lado todos os dias, e isso era a minha maior motivação, que, como disse antes, era desfrutar e fazer orgulhosos aqueles que me rodeiam.
Como é que eles celebram as tuas conquistas?
Com muita alegria, porque sabem que não foi um caminho fácil. Mas, apesar disso, conseguem ver que todo o fruto valeu a pena, todo o esforço valeu a pena, e que o processo é lindo. Foi isso que hoje vim cá demonstrar aos miúdos.
O que é que aprendeste ao longo da tua carreira sobre a importância de filtrar o que ouves até estar fora do caminho?
É um fator muito importante, porque ao longo da caminhada vamos percebendo que nem todos os comentários são para ajudar e alguns são, somente, para deitar-nos abaixo. Às vezes, as pessoas até podem não fazer por maldade, mas é muito importante saber o que ouvir e de quem ouvir. E daí, acho que, ao longo do tempo, a pessoa vai percebendo, vai ganhando maturidade, e só fortalece o nosso estado emocional.
Como é que a pressão e a negatividade podem mudar o jogo?
Pode mudar muito, porque, às vezes, nós podemos ter a qualidade muito grande, mas, se não tivermos a capacidade de suportar comentários negativos, a nossa confiança pode ir abaixo. Nós podemos mudar o nosso jogo e não jogar com leveza, não jogar com desfrute. E nós sabemos filtrar essas coisas, é um ponto muito importante, e acho que muito fulcral no futebol. Quando a pessoa começa a aprender isso, acho que se torna mais forte e mais compacta naquilo que faz.
Como é que a energia de quem está nas bancadas, ou até ao teu lado dentro de campo, te ajuda a lidar com os momentos mais negativos, com a pressão?
De certa forma, ajuda muito. Porque, quando as coisas não estão bem, e é notório, por exemplo, quando nós estamos no estádio e estamos por um momento mais negativo e sentimos o apoio da bancada, o nosso ânimo muda logo, porque sabemos que temos pessoas do nosso lado, que estão a cooperar para o mesmo objetivo e faz com que nós tenhamos mais força. Faz com que nós confiemos no processo, confiemos no projeto, naquilo que foi traçado desde o início, e, assim, com os nossos colegas do nosso lado, nós conseguimos mais facilmente conquistar os objetivos.
O que dirias aos miúdos com quem estiveste agora mesmo, sobre a importância de deixar de lado estes comentários?
Diria que estes comentários fazem parte, porque é impossível eles não existirem. Mas, quando eles têm a capacidade de filtrá-los, tudo se torna mais fácil. Saber que se devem apoiar nas coisas positivas, saber que os momentos positivos servem para nós aprendermos alguma coisa e que, acima de tudo, têm de desfrutar daquilo que eles têm, que é a melhor coisa, para mim, neste caso, que é jogar futebol. Se eles continuarem com essa perspetiva, o caminho torna-se mais leve.
O que significa para ti ser um exemplo para a próxima geração?
Significa que eles podem acreditar. Também me dá responsabilidade de saber que os mais novos olham para os mais velhos. Assim como, quando eu era mais novo, olhava para os mais velhos, hoje em dia eles também podem olhar para mim, e isso dá-me a responsabilidade de estar sempre no máximo, porque sei que há pessoas que espelham em mim, ainda mais estes miúdos que são da formação, que foi o caminho que eu também fiz. Creio que, se eu continuar da maneira como cheguei até aqui, muitas coisas boas virão, e que, se eles continuarem da maneira como eles chegaram até aqui, desfrutando do futebol, também muitas coisas boas virão sobre a vida deles, e irão crescer como homens e também profissionalmente.
Como é que a tua cidade esteve presente no teu percurso?
Eu nasci em Angola, mas cresci em Massamá e creio que Massamá, que pertence a Lisboa, foi uma cidade muito importante para mim, porque foi onde eu andei na escola, e hoje em dia ainda recebo mensagens de pessoas que andaram comigo na escola, pessoas da minha zona. Eles veem com muito orgulho aquilo que eu conquistei, porque sabem que, tal como eles, era uma pessoa que era desconhecida e que os frutos que hoje estou a viver também é algo que os orgulha. Veem isso com muita felicidade, e também eu sou muito grato por ter pessoas que, no início da minha caminhada, me ajudaram também na escola, que é uma coisa muito importante, que dá princípios. Todas essas pessoas que estiveram na minha caminhada vejo como importantes, umas mais, outras menos, mas todas foram muito importantes para ser o que eu sou hoje.
A adidas realizou este estudo, de que tiveste conhecimento, focado no Sideline Effect. De que forma é que isto mudou a tua carreira?
Mudou muito, porque, a partir do momento em que eu entendi que aquilo que vem de fora é positivo, isso muda a nossa perspetiva, e sabemos que temos sempre pessoas que acreditam em nós, ainda que haja pessoas que não acreditem, há sempre outras que acreditam. É a essas pessoas que nós temos de nos agarrar, e nós, quando nos agarramos a isso, conseguimos transformar a realidade.
Texto: Redação
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 29 de março de 2025