Liga dos Campeões: raio-X do Mónaco-Benfica

Quis o sorteio do play-off da fase a eliminar da Liga dos Campeões que Benfica e Mónaco se reencontrassem, após o embate na fase de liga da atual edição da prova. A 1.ª mão da eliminatória disputa-se às 20h00 (de Portugal Continental) desta quarta-feira, 12 de fevereiro, no Estádio Louis II.

Embora o histórico de duelos entre águias e monegascos seja curto, este é favorável aos benfiquistas: num total de três partidas, venceram duas e empataram uma, registando uma igualdade e um triunfo no Principado.

O mais recente encontro, no Mónaco, foi ganho pelos encarnados por 2-3, na 5.ª jornada da fase de liga da presente Liga dos Campeões. Já na fase de grupos da liga milionária 2014/15, o Benfica venceu em casa, por 1-0, e empatou a zeros (0-0) no reduto oponente.

Frente a frente estarão o 16.º e o 17.º classificados da fase de liga do certame, tendo ambos terminado com 13 pontos. Em virtude da melhor diferença de golos – saldo positivo de quatro tentos (16 marcados e 12 sofridos), face a um registo neutro (13 golos apontados e outros tantos concedidos) –, os benfiquistas superiorizaram-se aos monegascos.

Nas oito rondas da etapa anterior da competição, as águias obtiveram os seus pontos nas vitórias fora de portas frente a Estrela Vermelha (1-2), Mónaco (2-3) e Juventus (0-2), e no triunfo e no empate caseiros ante Atlético de Madrid (4-0) e Bolonha (0-0), respetivamente.

Por sua vez, o Mónaco bateu o Barcelona (2-1), o Estrela Vermelha (5-1) e o Aston Villa (1-0) em casa, superando ainda o Bolonha (0-1), em Itália. O coletivo do Principado empatou com o Dínamo Zagreb (2-2), na Croácia, e perdeu contra o Arsenal (3-0) e o Inter de Milão (3-0) na condição de visitante, para além do já mencionado desaire imposto pelos encarnados (2-3).

Comparando as prestações das duas formações na Liga dos Campeões à luz das estatísticas da UEFA, verifica-se superioridade do Benfica no número total de remates (105 contra 98), bem como nas tentativas enquadradas (46-36) e bloqueadas (34-28). O Mónaco efetuou mais remates para fora (34 contra 25).

Com vantagem nos ataques totais (325 contra 293), os monegascos dispuseram igualmente de mais cantos (37-33) e realizaram mais dribles (119-99).

No capítulo do passe, a equipa do Principado apresentou maior eficácia (83% contra 81,3%) e média de posse de bola (50,8% contra 44,3%). Já as águias tiveram maior acerto nos cruzamentos (33% contra 26,4%), com 33 bolas a chegarem ao seu destino, face às 28 dos rivais.

Do ponto de vista defensivo, o Mónaco é o emblema com o maior número de bolas recuperadas em toda a prova (371, face às 350 dos encarnados), mas o Benfica vence no parâmetro dos duelos, com melhor taxa de sucesso (45,7% contra 40%) e mais lances ganhos (63-44).

Nas balizas, Trubin (totalista no certame) executou 28 defesas e não sofreu golos em três desafios, superando Majecki (seis jogos cumpridos) e Kohn (dois jogos cumpridos), guarda-redes monegascos que, em conjunto, fizeram 23 defesas e mantiveram as redes invioláveis em dois compromissos.

No plano individual, Pavlidis é o melhor marcador do Glorioso, com cinco tentos, enquanto Minamino, Singo e Akliouche partilham o mesmo estatuto nos opositores, com dois tiros certeiros. Pavlidis (20) e Akliouche (17) são também os mais rematadores dos conjuntos.

Os benfiquistas Di María e Bah (e também Beste, que, entretanto, deixou o Clube) rubricaram duas assistências, número semelhante ao de Embolo e Kehrer, sendo estes os jogadores com mais passes para golo nas duas equipas.

Otamendi (390) e Kehrer (362) destacam-se como os atletas com mais passes bem-sucedidos, e Di María (11) e Akliouche (8) são os autores do maior número de cruzamentos eficazes em cada coletivo. O internacional argentino (29) é também a águia com mais dribles, e, do outro lado, Ben Seghir (26) lidera neste dado.

Na retaguarda, Otamendi é o melhor recuperador (53) e Florentino o vencedor do maior número de disputas (16) no Benfica, ao passo que Vanderson é o jogador do Mónaco com mais bolas recuperadas (53) e duelos ganhos (7). Aursnes (91,1) e Vanderson (81,6) são os atletas que percorreram mais quilómetros.