O golo 1500 do Benfica na Taça de Portugal

O GOLO 1500

Um conjunto de movimentos coletivos e uma ação individual de elevada qualidade, correspondida por uma finalização exímia, caracterizam o golo 1500 do Benfica na Taça de Portugal. O disparo de Schjelderup, aos 56', no decurso do embate com o Farense, na terça-feira, 14 de janeiro, a contar para os oitavos de final da prova, foi um dos momentos do triunfo das águias (1-3) no Estádio de São Luís, em Faro.

Decorria o minuto 56, o Benfica procurava a igualdade, quando António Silva recuperou a bola e deu início a mais um ataque dos comandados de Bruno Lage. A construir desde o setor mais recuado, o internacional português, no corredor central, procurou a largura, colocando a bola no lateral-direito Bah. Este progrediu em posse e aguardou pelo apoio lateral de Aursnes para tabelar e recolher o esférico, isto antes de novo passe para António Silva.

O camisola 4, pressionado, colocou no central do lado esquerdo, Otamendi, que, também ele apertado pela proximidade de um oponente, endossou a bola para Florentino, que recebeu perto da meia-lua da sua grande área.

O médio-defensivo recolheu, anulou a pressão contrária, e abriu para a direita, onde Bah recebeu e devolveu a António Silva, que variou o lado da incursão para Otamendi. Aí, sobre a esquerda, o capitão passou a bola para Barreiro. O médio internacional luxemburguês, sobre o corredor esquerdo, avançou, ultrapassou a oposição de dois defensores e abriu para Schjelderup – o Man of the Match para os adeptos.

Perto da quina da área, Schjelderup recebeu a bola de forma orientada, colocando-a à mercê da derivação para o centro e respetiva finalização, em força e colocada, marcando um excelente golo – o esférico ainda tocou na barra antes de embater nas redes defendidas por Ricardo Velho –, após uma jogada que envolveu 11 passes, construída em cerca de 40 segundos desde a recuperação de bola, sem a perda da mesma.