Pressão intensa esbarrou no guardião

A pressão progressivamente constante sobre o último reduto contrário conduziu o Benfica a um conjunto de oportunidades de golo no duelo com o Bolonha, que foi salvo pelas paradas do seu guarda-redes. Nesta quarta-feira, 11 de dezembro, no Estádio da Luz, na 6.ª jornada da fase de liga da Liga dos Campeões, as águias não conseguiram superar o último homem dos italianos e somaram um ponto (0-0) na corrida pelo apuramento para a próxima fase da prova.

Com o regresso de Kökcü ao onze, isto face ao encontro frente ao Vitória SC (1-0), para a 13.ª jornada da Liga Betclic, os comandados de Bruno Lage – Trubin, Bah, Tomás Araújo, Otamendi, Álvaro Carreras, Florentino, Aursnes, Kökcü, Di María, Aktürkoğlu e Pavlidis – entraram em campo pressionantes.

E os efeitos foram quase imediatos. Uma ação de pressão de Di María sobre a defensiva contrária permitiu-lhe recuperar a bola e assistir Pavlidis no corredor central. O avançado grego, ainda no segundo minuto do jogo, isolado, frente a Skorupski, picou a bola por cima, introduzindo-a na baliza dos transalpinos. Porém, ligeiramente adiantado, Pavlidis viu a ação ser-lhe anulada por fora de jogo.

O Bolonha encaixou na equipa encarnada e elevou os níveis de agressividade sobre o portador da bola. Aos 10' teve aquela que foi a sua melhor chance no encontro, quando Dallinga aproveitou algum espaço na defesa das águias para se destacar na área, esbarrando, todavia, na saída temerária de Trubin.

O jogo entrou numa fase de enorme disputa pelo espaço, pela posse de bola, com uma pressão constante das duas formações na procura da mesma. A partir dos 30 minutos, o Benfica conseguiu colocar-se paulatinamente mais perto da baliza contrária com algumas incursões.

Após o puxão a Otamendi, dentro da área, aos 42', na sequência de um pontapé de canto, o Benfica criou uma grande oportunidade para abrir o marcador, aos 43'. Álvaro Carreras escapou pelo lado esquerdo com uma iniciativa individual e, junto à linha de fundo, na área, cruzou para a zona do segundo poste, onde, Di María, de primeira, disparou e obrigou Skorupski a fazer uma excelente defesa, complementada pelo alívio de Holm.

Empolgado pelo apoio incessante da esmagadora maioria dos 60 650 espectadores presentes no Estádio da Luz, Álvaro Carreras, aos 45', surgiu lançado na área, a passe de Aursnes, mas a finalização em excelente posição apanhou um defesa contrário pelo caminho.

A pressão no final da 1.ª parte aumentou consideravelmente no decurso da etapa complementar. No entanto, a primeira finalização nesta fase pertenceu ao Bolonha, quando, aos 50', Dallinga, na área, sobre o lado direito, rematou forte para Trubin sacudir o esférico.

A combinação entre Di María e Aursnes, sobre o lado direito, aos 52', deixou Pavlidis em posição de criar problemas à formação italiana, que afastou o perigo da sua área de forma atabalhoada. Pavlidis, que, aos 54', solicitado por um cruzamento de Di María a partir da direita, no segundo poste, rematou para defesa fácil de Skorupski. Aos 59' foi Bah, na área, sobre a direita, a disparar, forte, por cima da barra.

Aos 63', o canto batido na direita do ataque das águias por Di María saiu na direção da cabeça de Otamendi, mas o capitão não conseguiu atirar a bola para a baliza contrária.

Dois minutos depois, aos 65', Pavlidis teve no pé direito uma excelente oportunidade para marcar. O cruzamento tenso de Aursnes a partir da direita levou Skorupski a sacudir a bola para a frente. O avançado internacional grego aproveitou a sobra para finalizar, mas o remate saiu na direção de uma segunda estirada do guardião polaco do Bolonha.

A Luz galvanizava a equipa e esta encostava o rival às cordas, acantonado no seu último reduto. Os remates de Kökcü, Di María e Pavlidis em cima do minuto 70 esbarraram em defensores, e o Benfica foi insistindo.

Com Beste e Amdouni em campo, nos lugares de Aktürkoğlu e Pavlidis, os encarnados revigoraram a sua capacidade de pressão, e coube ao avançado internacional suíço, aos 80', obrigar Skorupski a nova excelente intervenção. Antes, aos 79', já Di María tinha acertado em Ferguson, que deu o corpo à bola, na área, impedindo que esta fosse na direção da sua baliza. Só dava Benfica!

Bruno Lage lançou Arthur Cabral no lugar de Köckü – já com um cartão amarelo – e, aos 90', Amdouni voltou a criar perigo com um remate de longe, frontal, para nova defesa de qualidade elevada do camisola 1 dos italianos.

Pese a insistência do Benfica nos minutos finais, o resultado não sofreu qualquer alteração e as águias somaram um ponto ao seu pecúlio nesta fase de liga da Liga dos Campeões. Os encarnados vão iniciar a 7.ª jornada, frente ao Barcelona, no Estádio da Luz, a 21 de janeiro, às 20h00, com 10 pontos, na 15.ª posição.

Já neste domingo, 15 de dezembro (18h00), o Benfica volta a entrar em campo frente ao AVS, no Estádio do Clube Desportivo das Aves, em encontro da 14.ª jornada da Liga Betclic.