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Andebol Feminino
Rita Campos, pivô da equipa feminina de andebol do Benfica, descreve o sentimento no balneário e na quadra. O próximo passo é atingir um novo patamar internacional.
24 novembro 2024, 10h02
Rita Campos
Esteve quase, no início da temporada, quando, na pré-eliminatória final de acesso à fase de grupos da EHF, o Benfica foi eliminado, por escassos 2 golos de diferença, pela poderosa campeã de Espanha.
"Claro que é um sonho, para qualquer jogadora, jogar na Liga dos Campeões, e seria formidável, um dia, jogar essa competição pelo Benfica"
Rita Campos
ELIMINAÇÃO EUROPEIA
"Tivemos azar no sorteio, que nos colocou uma das melhores equipas espanholas pela frente. São uma das maiores candidatas a vencer a prova, e isso é curioso porque, na época passada, noutra competição, também fomos injustamente eliminadas pela equipa que viria a ganhar a prova. Mas, desta vez, o nível subiu bastante, e, sinceramente, acho que estivemos à altura dos pergaminhos da equipa e do Clube. Quem esperava que fôssemos passadas a ferro desenganou-se. Discutimos os dois jogos, estivemos sempre na eliminatória e provámos que estamos num patamar que nos permite sonhar, nos próximos anos. Fomos uma equipa muito competitiva, e isso foi reconhecido pelas espanholas, que talvez esperassem uma eliminatória mais desequilibrada. Se me dissessem, há quatro anos, que, passado este tempo, iríamos estar neste nível, eu não iria acreditar. Tem sido um percurso notável, desta equipa e do Benfica, no andebol feminino."
SONHO DA LIGA DOS CAMPEÕES
"Esse sonho vai existir sempre, mas é preciso assistir a um jogo da Liga dos Campeões para se perceber que o nível é outro. Equipas que participam em ligas muito mais competitivas que a nossa, em que as jogadoras são profissionais bem pagas e podem dedicar-se exclusivamente ao andebol. Claro que é um sonho, para qualquer jogadora, jogar na Liga dos Campeões, e seria formidável, um dia, jogar essa competição pelo Benfica. Mas, por agora, temos de ter os pés assentes no chão e viver a nossa realidade. Mas acredito que, no nosso plantel, existem jogadoras que, noutro contexto, teriam qualidade para jogar nas melhores equipas europeias e na Liga dos Campeões. Há muito talento na nossa equipa, e, mais uma vez, isso foi demonstrado na eliminatória contra o Super Amara Bera Bera. E o empate que conseguimos em Espanha prova-o. A equipa do Benfica já ganhou o respeito do andebol internacional e é uma equipa respeitada na Europa."
"Não conheço nenhuma equipa, na Europa, que dê melhores condições às suas jogadoras. O pavilhão, a estrutura que envolve a equipa, os adeptos. É um clube de topo europeu e mundial"
Rita Campos
CONDIÇÕES DE EXCELÊNCIA
"Ao nível das condições que o Clube nos oferece, nem há dúvidas, o Benfica é de Liga dos Campeões. Não conheço nenhuma equipa, na Europa, que dê melhores condições às suas jogadoras. O pavilhão, a estrutura que envolve a equipa, os adeptos. É um clube de topo europeu e mundial. Vemos isso pelas atletas estrangeiras que jogam no Benfica e pelos elogios que fazem ao Clube e à forma como são tratadas. Mesmo as equipas estrangeiras que nos defrontam chegam aqui e percebem que o Benfica é outro mundo. O estádio, os pavilhões, a forma como são recebidas e o calor dos nossos adeptos. A esse nível, o Benfica é um clube muito desejado, mesmo por atletas estrangeiras que gostariam de jogar aqui, no Benfica."
COMPETITIVIDADE DA LIGA
"É o que eu sinto que falta. Faltam estímulos, nas competições internas, que nos façam sofrer e evoluir. Que nos levem a um estado superior de concentração e de superação. Faltam-nos mais jogos como aqueles que tivemos com as campeãs espanholas. Há treinos que fazemos, entre nós, que são mais competitivos do que alguns dos nossos jogos. Se calhar, precisamos de menos equipas na liga portuguesa, o que originaria a maior concentração de qualidade em menos equipas e jogos mais competitivos. É isso que eu sinto que precisamos. Na época passada, estávamos numa competição europeia em que sentíamos que até aos quartos de final as coisas eram acessíveis, mas depois, nas meias-finais, as coisas apertavam mais. Neste ano, na segunda competição mais importante, a seguir à Champions, o nível já era brutal nas eliminatórias. No jogo que disputámos com as espanholas, aqui no nosso pavilhão, quebrámos um pouco, durante 7 ou 8 minutos. Foi o suficiente para elas criarem uma vantagem que nós ainda conseguimos diminuir para 2 golos. Mas foi essa vantagem que fez a diferença, porque em Espanha fizemos uma grande exibição e empatámos 32-32. Foi um grande jogo, e mostrámos qualidade, competimos com uma grande equipa, a campeã de Espanha. Foi aquele momento de alguma desconcentração na 1.ª mão, no nosso pavilhão, que deitou tudo a perder."
"Existe uma base que se tem mantido nos últimos anos, há jogadoras que saem e voltam, e a equipa não se ressente, porque somos todas amigas, conhecemo-nos muito bem, dentro e fora do campo"
Rita Campos
JOGAR À BENFICA
"Eu já jogava à Benfica antes de chegar ao Clube, porque sou benfiquista desde que me conheço e tinha o sonho de jogar no meu clube do coração. Jogar à Benfica é manter esta paixão quente, que nos envolve e que nos transcende. É jogar pelos nossos adeptos, que nos apoiam em todo o lado. É realmente incrível, em qualquer lado onde joguemos, a única certeza que temos é que estarão adeptos do Benfica nas bancadas a apoiar-nos. Jogar à Benfica é ter a noção dos valores que este clube incute nos seus atletas, a exigência de ganhar. Há três momentos diferentes na nossa relação com o Benfica. Um primeiro momento, de alegria, quando sabemos que o Clube nos quer contratar. Um segundo momento, o de adaptação, quando se chega ao Benfica. E a exigência a que temos de responder, a partir daí. É impensável não jogar para ganhar, e isso é jogar à Benfica."
O SUCESSO ESTÁ NA BASE
"Nos últimos quatro anos, o Benfica criou uma base de jogadoras que garante à equipa a consistência nos jogos e nas conquistas. Há muita qualidade individual, e a equipa, sempre que tem as jogadoras nas suas posições e a interagir entre elas, é uma bomba. A mudança de treinador não teve impacto negativo, porque houve mais adaptação do treinador às jogadoras e à forma como funciona o coletivo, e não o contrário. Existe uma base que se tem mantido nos últimos anos, há jogadoras que saem e voltam, e a equipa não se ressente, porque somos todas amigas, conhecemo-nos muito bem, dentro e fora do campo, e mesmo quem chega de novo tem a sua adaptação mais facilitada, porque vem para uma equipa que funciona e onde basta integrá-la para ser, rapidamente, mais uma. É uma das grandes vantagens deste grupo, algumas de nós vivemos juntas, e há sempre um transfer da relação de amizade que temos depois para o campo. É verdade que, quando estamos a treinar e a competir, damos o máximo, levamos algumas mazelas para casa, por vezes, depois dos treinos, mas o espírito é muito bom, e acho que as nossas vitórias começam aí."
Artigo publicado na edição de 22 de novembro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 24 de novembro de 2024