Futebol

07 novembro 2024, 01h08

Bayern Munique-Benfica

Bruno Lage

PÓS-JOGO

Na análise ao Bayern Munique-Benfica (1-0), jogo da 4.ª jornada da fase de liga da Liga dos Campeões, Bruno Lage assumiu as opções estratégicas no duelo e apontou baterias para o embate de domingo, 10 de novembro, frente ao FC Porto, para a 11.ª ronda da Liga Betclic, às 20h45, no Estádio da Luz.

Explicando os pressupostos que estiveram subjacentes à abordagem das águias, Bruno Lage reconheceu que "faltou ter mais bola" para que a equipa conseguisse ir de encontro, na plenitude, ao plano de jogo estipulado.

Bruno Lage apontou as falhas na execução do plano definido, mas enalteceu o pensamento do grupo de trabalho face ao que se segue, nas declarações proferidas, primeiro, na entrevista rápida à Sport TV, à qual se seguiu a conferência de Imprensa no Estádio Arena de Munique.

Bayern Munique-Benfica

PENSAMENTO NO PRÓXIMO JOGO

"Já falei com os jogadores, esta foi a minha estratégia, já assumi perante eles que era esta a minha ideia. Senti que nós, se pudéssemos sair das referências individuais e ter mais bola, poderia resultar. Já fechámos este jogo e já estamos a pensar no FC Porto, que é um jogo muito importante para nós. Temos quatro jogos e seis pontos, faltam quatro jogos para fazer. É isso com que temos de nos preocupar. São essas as contas neste momento. Está fechado, agora é pensar no FC Porto."

A OPÇÃO ESTRATÉGICA

"Os dados relativamente à posse de bola têm sido frequentes por parte do Bayern em casa. O Bayern era a equipa que tinha mais golos na Europa e foi ultrapassada hoje pelo Barcelona. Nós sabíamos que tínhamos de defender dois pontas de lança, gente muito forte no um contra um nos corredores, e tivemos de preparar o jogo dessa maneira. Mas a nossa estratégia visou primeiro o momento ofensivo, que, quando pudéssemos ter a bola, tivéssemos outra qualidade na posse de bola. Por isso é que trouxemos para o jogo Fredrik [Aursnes], Kökcü, Renato [Sanches] e o Aktürkoğlu para o centro do campo. Manter sempre dois homens abertos, quer o Issa [Kaboré], quer o [Álvaro] Carreras. Colocar um último homem na linha defensiva para tentar bloquear uma linha de quatro e depois ter gente na saída a três, com quatro médios, com dinâmicas para nós termos bola. Era essa a nossa intenção. Penso que era por aí que podíamos ter aproveitado, ter um pouco mais de posse de bola, ter um pouco mais de controlo do jogo, sair em transição e perceber que, quando não há hipótese de continuar, devíamos travar o jogo, vir atrás, para a equipa passar mais tempo sob o controlo e ter a posse de bola. Eventualmente, num ou noutro momento de transição, podíamos ser mais perspicazes, principalmente quando, em situação de ataque, a linha defensiva do Bayern deixa apenas um contra um e podíamos ter forçado esse tipo de situação. Assumir a responsabilidade, porque era esta a minha ideia: de trazer gente para o jogo, com um losango, e tirar um pouco as nossas referências individuais no Bayern, porque eles são muito fortes nas referências individuais e nos duelos defensivos, no um contra um, a forma como chegam primeiro e amassam. Porque essa é a palavra, amassar, especialmente os jogadores que recebem de costas. Tentámos encontrar zonas neutras para ter o jogo, mas não conseguimos. Houve respeito quando o Bayern teve a bola, mas depois faltou-nos ter maior controlo do jogo com bola. Realmente não conseguimos."

Bayern Munique-Benfica

FALTA DE POSSE DE BOLA PENALIZOU

"[Interventivo devido ao nervosismo da equipa?] Curiosamente, nem foi por aí. Estava a tentar comunicar com os jogadores, para dentro, no momento defensivo, para que mantivéssemos sempre dois jogadores na frente que não baixassem tanto e não recuassem tanto, e sermos mais fortes na pressão. Quer o Zeki [Amdouni], quer o Aktür [Aktürkoğlu]. Depois, sobre o momento ofensivo, é a equipa estar tranquila e ter o jogo. Sabíamos que, de início, o jogo ia estar muito forte, com energia muito forte e, depois, apenas não fomos capazes de ter a bola, e temos de o assumir."

SISTEMA TÁTICO E AUSÊNCIA DE FLORENTINO

"Não se trata de um sistema defensivo, porque a nossa intenção foi, quando tivéssemos bola, atacar. Não vejam o sistema de três defesas como um sistema defensivo, porque a nossa intenção foi ter o [Álvaro] Carreras e ter o Issa [Kaboré] como dois extremos e um losango no meio-campo, para termos bola. Seria mais defensivo se, para além dos três centrais, ainda colocasse o Tino [Florentino] para recuperar bola. O que quisemos foi dar conforto aos três para controlarem os dois avançados e, depois, ter médios para ter qualidade de passe e de bola. Sabíamos que, com os cinco a defender, nós íamos estar tranquilos, e precisávamos era de ter gente para ter a bola, jogar de primeira, fazer progressão com bola, e foi isso que nos faltou."

Texto: Redação
Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica
Última atualização: 7 de novembro de 2024

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