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Râguebi feminino
Maria João Costa é a Protagonista da semana. Em entrevista, a capitã da equipa do Benfica descreve o sentimento do coletivo depois da vitória na final da Supertaça.
11 outubro 2024, 10h34
Maria João Costa
A vitória categórica sobre o Sporting não foi apenas uma demonstração de força, mas também uma surda homenagem ao diletantismo que estas mulheres ofertam ao râguebi. É quase uma arte, dedicada ao Benfica em estado quase bruto de paixão clubística.
E assim se venceu a 8.ª Supertaça do Clube, se tornou o Museu Cosme Damião mais rico e se permitiu que estas amazonas do râguebi benfiquista capitaneadas por Maria João Costa – convidada do programa Protagonista, da BTV – se confirmem como uma equipa de bravas e elogiadas competidoras. À Benfica.
"Uma das forças desta equipa tem que ver com o seu ADN e com a forma como está alinhado com o ADN do Benfica. Acho que somos uma equipa muito à imagem do Clube"
Maria João Costa
VITÓRIA NA SUPERTAÇA
"Foi uma vitória importante que nos permitiu a conquista de mais um título. Há alguns anos que o Benfica não conquistava a Supertaça, e foi um momento especial essa conquista. E havia também um desejo de corrigir o resultado da final da Taça de Portugal, na época passada. É verdade que ganhámos o Campeonato, mas, com a paragem de dois meses, das competições internas, não nos apresentámos na final da Taça com o mesmo nível que apresentámos no Campeonato. Teria sido histórico para o Benfica conquistar a dobradinha, mas falhámos esse objetivo e, por isso, há alguns meses que desejávamos este jogo da Supertaça. Acho que nos correu bem, fomos muito consistentes e, sinceramente, acho que vencemos de forma natural. Mostrámos que estamos prontas para enfrentar mais uma época, na qual os objetivos serão os mesmos da anterior: ganhar tudo o que for possível ganhar."
ADN BENFICA
"É indiscutível que uma das forças desta equipa tem que ver com o seu ADN e com a forma como está alinhado com o ADN do Benfica. Acho que somos uma equipa muito à imagem do Clube. Queremos sempre ganhar e levamos esse espírito para os jogos e até para os treinos. E mesmo tendo um grupo muito heterogéneo, com diferença de idades entre as jogadoras mais experientes e as mais novas, não se nota muito esse salto de gerações. Porque o desejo de ganhar, neste grupo, é igual em todas. Evidentemente que as jogadoras mais novas têm mais irreverência, são também mais inexperientes, por vezes mais ansiosas, mas, no final do dia, o grupo é muito equilibrado e com muita qualidade. Jogamos no Benfica, e isso, para qualquer uma de nós, representa imenso, porque estamos a vestir a camisola de um clube histórico em Portugal e no mundo. É muito gratificante."
DUPLO DÉRBI
"Os dois jogos [frente ao Sporting] com que iniciámos a época foram bons para nós, porque corrigimos o que se passou na final da Taça de Portugal, quando perdemos para elas, e deu para percebermos em que ponto estamos, nesta fase inicial da temporada. Na 1.ª jornada do Campeonato, ganhámos, mas saímos com a sensação de que tínhamos cometido alguns erros que era importante corrigir. E durante a semana, antes da Supertaça, trabalhámos em cima desses erros, e creio que o nosso jogo saiu melhor e mais fluido. O nosso plantel está muito identificado com as ideias do treinador, que, apesar de ser novo, conhece a nossa união, dentro e fora do campo, e sabe como isso é importante para as nossas conquistas. Claro que há sempre coisas a melhorar, a mudar, porque os treinadores não têm todos as mesmas ideias, e, com um treinador novo, há algumas coisas que mudam. Durante a temporada, vamos melhorar, mas, para já, estamos satisfeitas com o que conseguimos. Claro que a final da Supertaça tinha um peso diferente do primeiro jogo do Campeonato, apesar de o rival ser o mesmo. Porque era uma final, uma competição que o Clube não ganhava há alguns anos, e queríamos trazer esse troféu para o nosso museu."
"Jogamos no Benfica, e isso, para qualquer uma de nós, representa imenso, porque estamos a vestir a camisola de um clube histórico em Portugal e no mundo"
PRÓXIMO ADVERSÁRIO DÁ LUTA
"Vai ser mais um teste muito duro. Será, talvez, o nosso maior adversário durante a temporada. O Sport, do Porto, talvez tenha uma equipa mais forte que o Sporting, apesar de o nosso rival de Lisboa se ter reforçado. Mas o Sport, neste ano, aparece da fusão de duas equipas diferentes, que isoladamente não tinham jogadoras suficientes para disputar o Nacional de XV e, fundindo as duas equipas, vão apresentar-se muito fortes nesta temporada. Será um teste importante, para nós, mais um, neste início de época muito duro. Mas o pensamento é sempre o mesmo, sabemos como as podemos ferir, sabemos como elas nos podem ferir, não podemos vacilar na nossa primeira linha, não podemos abrir a nossa defesa, porque elas vão aproveitar. Claro que elas devem pensar o mesmo, que somos uma equipa muito competitiva e que aproveita tudo o que nos dão. Mas o Sport tem uma equipa com várias internacionais, são irreverentes, e será um grande jogo de râguebi."
COMEÇAR TARDE
"Comecei a jogar râguebi com 22 anos, portanto, muito tarde. Tinha um amigo, na universidade, que me estava sempre a desafiar a jogar râguebi, porque ele jogava, e ainda joga, no Benfica. Um dia, decidi experimentar, e gostei muito. Apesar de, no início, me fazer muita confusão correr para a frente, mas ter de passar a bola para o lado e para trás. Mas o facto de ser um desporto de contacto e duro não me intimidou, pelo contrário, atraiu-me, porque sou muito competitiva, sou agressiva em campo. E também o sou nos treinos, porque, se queremos ser agressivas nos jogos, também temos de o ser nos treinos. Mas ser agressiva, no râguebi, é ser competitivo, é querer ganhar, é meter o corpo com firmeza, porque senão vamos magoar-nos. Apesar da dureza, o râguebi é um desporto muito leal. No râguebi não se discute as decisões dos árbitros, estamos ali para jogar, e não para apitar. Não nos atiramos para o chão, a não ser com o propósito de ganhar uma bola ou uma vantagem. Portanto, comecei pela equipa da universidade, enquanto estava a acabar o meu curso de Ciências do Desporto, e essa equipa passou a competir no Nacional. Ao fim de dois anos, recebi o convite do Benfica, o que me deixou nos píncaros, porque ia jogar para um clube que ganhava tudo e que era e é uma lenda do desporto mundial. Nunca pensei que, ao fim de dois anos a jogar râguebi, as coisas acontecessem tão depressa."
"Sinto um orgulho muito grande em ser a capitã da equipa, e espero representar bem o Clube nessas funções"
CAPITÃ DA EQUIPA
"Sou a capitã da equipa de XV desde o início desta temporada, mas na época passada já era a capitã da equipa de sevens. Também somos campeãs nessa variante, ganhámos na final ao SC Porto. Neste ano, recebi a comunicação de que seria a capitã da equipa, apesar da presença de jogadoras mais experientes do que eu e até com outro histórico na modalidade. Mas não existe uma liderança da Maria João Costa, até porque no râguebi existem vários líderes em campo, dependendo se estamos na defesa ou no ataque. Mas, num plantel com jogadoras que são verdadeiras instituições do râguebi e do Benfica, essa liderança de várias pessoas acontece da forma mais natural possível. E, depois, reforço que somos muito unidas. Temos um plantel com muitas jogadoras jovens, e essa experiência é determinante para as coisas correrem bem. Sinto um orgulho muito grande em ser a capitã da equipa, e espero representar bem o Clube nessas funções."
Artigo publicado na edição de 11 de outubro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 11 de outubro de 2024