Êxito representativo da confiança na solidez encarnada

APRESENTAÇÃO

A procura válida de 67,5 milhões de euros para uma oferta de 50 milhões de euros decorrentes do empréstimo obrigacionista 2024-2027, cujo montante inicial era de 35 milhões de euros, foi considerada um "sucesso" por Luís Mendes, vice-presidente do Clube e administrador executivo da SAD encarnada. Durante a apresentação dos resultados da operação, na tarde desta segunda-feira, 22 de abril, foi realçada ainda a procura 1,35 vezes superior à oferta.

Na Euronext Lisbon, palco do evento, foi ressaltada a satisfação pelo cumprimento do objetivo, e Luís Mendes apontou as razões para o sucesso.

"Desde logo quero destacar a confiança na liderança do Presidente Rui Costa e de toda a sua equipa de gestão e deste Conselho de Administração. Quero também destacar a confiança na solidez económica da Benfica SAD e, por fim, que considero muito importante, o trajeto imaculado que a Benfica SAD tem vindo a ter ao longo de todos estes anos. Nunca falhámos nenhum reembolso de capital, nunca falhámos nenhum pagamento de juros, e isso é muito importante", afirmou.

"Começar em 35 milhões de euros e terminar numa procura de 67,5 milhões de euros é muito significativo para nós. Obtermos aqui um rácio de 1,35 é muito, muito interessante", enfatizou.

Pela terceira vez, a Benfica SAD apostou na oferta pública de troca. "Aquilo que era importante aqui, fundamentalmente, era anteciparmos um pouco o vencimento da operação anterior e passarmos isto para um período que nos fosse mais favorável. Pretendíamos também dar a oportunidade aos nossos investidores e oferecer-lhes uma taxa mais significativa, face àquela taxa que eles tinham anteriormente", denotou.

Quanto à taxa de juro de 5,1%, Luís Mendes referiu que havia a convicção de que esta expressava a perceção que o mercado tinha do "risco Benfica" e que, com essa taxa, os interesses da SAD também foram salvaguardados.

Nessa ótica, o administrador executivo da SAD das águias salientou que se verificou o "mais baixo prémio de risco alguma vez atribuído à Benfica SAD".

Destacando o montante final e o alargamento da oferta, Luís Mendes explicou que o objetivo inicial era "fazer o revolving [renovação] da operação anterior". "Contudo, em função do que foi a evolução da procura, decidimos subir para os 50 milhões de euros e, assim, equilibrarmos o que era a nossa tesouraria", concluiu.

E, olhando já para a possibilidade de, no futuro, o financiamento ocorrer em taxas mais baixas, Luís Mendes explanou o montante dos 50 milhões: "É uma convicção nossa, um exercício de fé, mas será a tendência de as taxas de juro no futuro baixarem, e não havia necessidade de fazermos um investimento mais substancial, quando, no futuro, podemos vir a financiar-nos em taxas mais baixas."

NÍVEL DE CONFIANÇA SIGNIFICATIVO

"Estamos extremamente felizes pelos resultados alcançados, o que denota uma confiança no que é o risco Benfica. Fizemos uma operação que chegou aos 50 milhões de euros, que era o montante que entendíamos necessário para o que é o nosso equilíbrio de tesouraria. Adicionalmente, numa situação que considero equilibrada em termos económicos, o que nos permite encarar a próxima época com um nível de confiança muito significativo."

DÍVIDA CONTROLADA

"Em primeiro lugar, o nível da dívida líquida do Benfica encontra-se num montante que nós consideramos controlável. Sempre dissemos que o que seria importante para nós era manter a dívida líquida inferior aos proveitos, e isso continua a suceder. Por outro lado, relativamente ao aumento do obrigacionista, o que quisemos fazer, e com esta passagem para os 50 milhões de euros, é apenas uma gestão equilibrada da nossa tesouraria. É por aí que nós queremos ir, de modo que não temos ideia de fazer rigorosamente nada em termos de amortização de capital a outros bancos. Pretendemos manter a dívida a este nível."

PRIVILEGIAR OS PARCEIROS

"Relativamente à parceria com a Socios.com, nós privilegiamos sempre os nossos parceiros e vamos continuar com a parceria com a Socios.com. Não vemos razão para não continuar. Em relação às aquisições de jogadores, o que eu quero dizer é que nós quando fizemos esta emissão obrigacionista, não a fizemos com o objetivo de ir ao mercado. Se tivermos de ir ao mercado, vamos quando entendermos, e se surgirem oportunidades que assim o justifiquem."

SATISFAÇÃO PELO OBJETIVO ATINGIDO

"Em termos de oferta-troca, estamos extremamente satisfeitos. Em cada dois, um [investidor] optou pela troca e, portanto, conseguimos um rácio na ordem dos 50 por cento, o que é interessante desde logo. Em relação aos 50 milhões, é um montante que consideramos adequado. O número de investidores [3524] ficou abaixo. Estamos numas condições de mercado diferentes das condições do ano passado, mas estamos satisfeitos porque conseguimos, como é evidente, atingir o objetivo que pretendíamos. O objetivo foi atingido, esta emissão foi um sucesso e estamos extremamente satisfeitos."

TRANQUILIDADE NO MERCADO

"O Benfica irá ao mercado se assim o entender e se o mercado determinar que existem condições favoráveis para isso. Quanto à venda de jogadores, o que posso dizer é que qualquer clube tem de vender jogadores. Essa é uma realidade com que temos de viver e não nos podemos abstrair dela. O Benfica e qualquer outro clube português, a generalidade dos clubes estrangeiros, para fazerem resultados, têm de fazer venda de jogadores. Estar a falar do jogador A, B, C ou D… não faz sentido neste momento."

POSIÇÃO FINANCEIRA CONFORTÁVEL

"O Benfica está confortável em termos financeiros e não vai condicionar a estruturação da sua tesouraria e do seu balanço à entrada de investidores estrangeiros. Se surgirem oportunidades, o Benfica não fecha a porta, mas não temos rigorosamente nada em vista, neste momento, com a entrada de investidores estrangeiros."

PERCURSO IMACULADO REFORÇA CONFIANÇA DOS INVESTIDORES

"Ficamos extremamente satisfeitos porque significa a confiança no Benfica e a confiança na solidez do balanço do Benfica. A confiança na forma como o Benfica tem tratado os seus investidores, o retorno que lhes dá, o facto de estarmos permanentemente a pagar a tempo e horas, os juros, fazermos os reembolsos de capital também a tempo e horas. Temos um percurso imaculado no mercado de capitais, isso faz com que os investidores queiram continuar connosco. Deixa-nos extremamente satisfeitos."

CRENÇA NA IDA À CHAMPIONS

"O Benfica, ficando em 2.º lugar, a confirmar-se, porque ainda não terminou o Campeonato, logo, não sabemos, está extremamente confiante. Acredita que vai estar presente na Liga dos Campeões, quer seja de uma forma direta, quer seja através de um play-off, portanto, está extremamente confortável quanto a isso. Idas ao mercado serão circunstanciais e determinadas no momento em que tiverem de ser e em função do que são as oportunidades de mercado."

UM "OBRIGADO" A TODOS OS ENVOLVIDOS

"Destacar e agradecer aos parceiros e também ao Sindicato Bancário que nos acompanhou nesta operação. Desde logo ao Haitong Bank e à sua equipa, muito obrigado pelo trabalho de coordenação que fizeram; à VDA, que, como sempre, nos tem apoiado; ao Sindicato Bancário, que, conforme foi referido, neste ano foi composto por 12 bancos, o maior sindicato de sempre; agradecer à Mazars e à sua equipa, designadamente ao João Monarca Pires e ao Luís Gaspar; à CS'Advogados, em representação do Sindicato Bancário, e, finalmente, à CMVM, em que gostaria de destacar o Dr. Juliano Ferreira, por toda a sua exigência e apoio que nos tem dado. É sempre para nós uma oportunidade de melhoria. Muito obrigado! Por último, quero relevar o que foi o esforço de toda a equipa de gestão do Benfica. Vejo aqui o departamento financeiro em peso, e, dentro do departamento financeiro, gostaria muito de agradecer o apoio de Paulo Alves e de Cláudio Machado. Também quero agradecer ao departamento Comercial e ao departamento de Comunicação do Benfica."