Recuperação final não foi suficiente

RESUMO BTV

As equipas de basquetebol do SL Benfica e do FC Porto decidiram a atribuição da Taça de Portugal na tarde deste domingo, 17 de março, no Pavilhão Municipal José Natário. Num jogo resolvido na reta final, as águias saíram derrotadas por 78-81.

Clássico da modalidade no Pavilhão Municipal José Natário, em Viana do Castelo, onde os adeptos proporcionaram uma boa casa às equipas.

Para a partida, Norberto Alves escalou o mesmo cinco inicial do jogo da meia-final, composto por Aaron Broussard, José Silva, Makram Ben Romdhane, Toney Douglas e Terrell Carter. Já o técnico do FC Porto, Fernando Sá, apostou numa equipa completamente diferente para a final.

Bola ao ar... e posse para o FC Porto, a inaugurar o marcador (0-2) por Anthony Barber, ele que encestou pela equipa azul e branca até aos 4-9. Aaron Broussard foi o autor dos pontos do Benfica até então.

A não conseguirem contrariar a defesa dos adversários, que se apresentavam bem na ação de ressalto e mais eficazes junto do cesto, os encarnados ficaram em desvantagem por 4-13 (6'), altura em que Norberto Alves pediu desconto de tempo. A toada manteve-se e, esgotados os 10 minutos iniciais, as águias perdiam por 11-27.

No 2.º quarto, Trey Drechsel realizou um parcial de 5-0 (16-29), e, aqui, foi Fernando Sá quem se viu obrigado a parar o encontro. Com sete minutos para se jogar neste período, 13 pontos separavam as equipas (20-33), mas nada estava perdido. Era preciso acreditar, mostrar raça e ambição e ir atrás do triunfo!

Jogo intenso, com emoções à flor da pele e, como tal, muito físico, a resultar em faltas dos dois lados. Na linha de lançamento livre, o Benfica foi menos profícuo – 4/7 face aos 7/8 do FC Porto –, e isso também se refletiu no resultado. Ao intervalo, o marcador espelhava 36-49.

Com dois minutos disputados no 3.º quarto, distância de nove pontos entre os dois emblemas (42-51), e, de três, Trey Drechsel reduziu para 45-51, deixando o jogo em aberto. Melhor defensivamente e com mais eficácia nos lançamentos, o Benfica galgou terreno e encostou a 52-54.

Makram Ben Romdhane empatou (54-54) e, com um triplo, José Silva colocou o Benfica em vantagem pela primeira vez no desafio (57-54). Seguiram-se momentos de maior equilíbrio e de igualdades no placard (57-57; 60-60), que, à entrada para o último quarto, marcava 61-62.

Grande recuperação das águias, com 25 pontos concretizados face os 13 do FC Porto, a mostrarem a raça que as caracteriza!

Últimos 10 minutos frenéticos no clássico, com muita entrega e coração na quadra, mas com várias paragens, a prejudicarem o ritmo do jogo. A correr atrás do prejuízo, o Benfica encostou à distância mínima aos 8' (74-75), seguindo-se dois lançamentos livres convertidos pelo FC Porto (74-76).

Os encarnados continuaram a carregar, não se deram por vencidos, e voltaram a encostar (76-77). Reta final de nervos, de muita luta e incerteza, e a poder cair para qualquer um dos lados! Toney Douglas colocou o Glorioso em vantagem (78-77), porém, a 12 segundos e, depois, a 2 segundos de soar a buzina, os azuis e brancos beneficiaram da conversão de lances livres. No final, derrota do Benfica, por 78-81.

Virando o foco para o Campeonato Nacional, há deslocação à Arena de Ovar no sábado, 23 de março, em jogo agendado para as 15h00. A partida com a Ovarense é referente à 18.ª jornada da 1.ª fase da Liga Betclic.

DECLARAÇÕES

Norberto Alves (treinador do Benfica): "Começámos muito mal o jogo. Defensivamente, muito pouco agressivos, com dificuldades nas relações individuais, mas muitas vezes também no lado da ajuda a partir das situações de bloqueio direto. Na segunda parte mudámos isso e estivemos bem. Mas, pronto, depois o jogo perde-se por detalhes, pequenos erros. Sem tirar o mérito ao FC Porto, parabéns a quem ganhou, é sempre assim, lutaram muito. Infelizmente para nós, perdemos este título que tínhamos conquistado no ano passado, mas a equipa na segunda parte mostrou caráter. A minha cabeça está sempre levantada, quando ganho e quando perco."

José Barbosa (base do Benfica): "Entrámos muito mal, isso acaba por ditar um pouco esta final, mas, acima de tudo, gostava de enaltecer o espírito da equipa: a perder por tantos pontos, 16, salvo erro, conseguimos ir buscar o jogo e estivemos a ganhar. Na fase final o jogo é decidido por detalhes, podia ter caído para qualquer lado. É mesmo decidido por detalhes, por estratégia, por sorte, por vezes... Enaltecer acima de tudo a atitude da equipa em ter recuperado uma desvantagem tão grande."