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Futebol
10 fevereiro 2024, 14h47
Roger Schmidt
Destacando o bom momento que as águias atravessam, o treinador do Benfica manifestou a sua crença numa exibição de alto nível em Guimarães, garantindo que existe uma "ideia clara" sobre a melhor forma de os encarnados imporem o seu jogo para arrecadarem os três pontos.
Na conferência de Imprensa realizada no Benfica Campus, o comandante das águias também abordou o tema do calendário carregado. Admitindo o desafio de recuperar fisicamente a equipa, Roger Schmidt revelou, porém, que essa exigência é colmatada pela adrenalina da disputa de várias frentes, onde é fulcral "pensar jogo a jogo".
O Benfica fará o terceiro jogo numa semana. Como foi a preparação da equipa, que, em Guimarães, regressa aos desafios no Campeonato?
A preparação passa pela recuperação. Jogar na quinta-feira, em Vizela, e no domingo, com o Vitória, é um desafio. A preparação é feita da melhor maneira que podemos, com descanso mental e físico. Teremos de estar preparados para um jogo duro, contra uma das equipas de topo da Liga. Na minha opinião, estão a fazer um excelente campeonato, tal como sucede na Taça [de Portugal]. São muito perigosos em momentos de transição e em contra-ataques. Jogámos lá há muito tempo, no início da época passada, e recordo-me do ambiente no estádio, que é de topo. Olhamos para um grande jogo da Liga e daremos o nosso melhor para vencê-lo.
Qual será a verdadeira dificuldade para o Benfica, e de que forma a anulará?
Na minha opinião, para jogar contra eles, é preciso estarmos muito bem organizados taticamente. Têm muitos jogadores, em termos individuais, na frente, com qualidade. O estilo de jogo é o típico de muitas equipas em Portugal e também no futebol internacional, com uma linha de cinco e alas muito ofensivos. Têm muito bons jogadores para este tipo de futebol e, como disse, temos de olhar sempre para momentos em que possamos recuperar bolas e atacar a profundidade. Todos os jogadores se esforçam bastante nestes momentos, daí serem capazes de criar boas oportunidades e dificuldades para as outras equipas. Isso significa que temos de estar bem em termos de posse de bola e sermos organizados nos momentos em que a perdemos. Precisamos de muita pressão e de encontrar os nossos momentos no ataque, como sempre fazemos. Jogaremos contra uma boa equipa, mas atravessamos um momento muito bom e apontamos a um bom jogo da nossa parte. Sabemos que temos de jogar bom futebol, trabalhar bastante e lutar para alcançar os três pontos.
"Atravessamos um bom momento e apontamos a um bom jogo"
Roger Schmidt
Disse que o Vitória SC é uma equipa forte nas transições. Será um bom jogo para colocar Florentino no lugar de Kökcü?
Veremos. Não vou anunciar a equipa hoje [sábado], mas, como disse várias vezes, o que tentamos fazer é ganhar, tratar dos jogadores e tê-los na melhor forma. Nem todos estão na melhor condição, porque alguns são novos, outros vêm de períodos de férias, ou de lesões. Nas próximas semanas, queremos que todos estejam em condições de topo para serem opção. Para amanhã [domingo], há uma ideia clara. Na quinta-feira, com algumas mudanças, a equipa esteve bem, ganhámos, e praticámos um futebol similar [ao dos jogos anteriores]. Isso é bom, e temos de continuar assim. Tino [Florentino] é sempre, como já disse em conferências de Imprensa anteriores, um jogador importante para equipa. Não importa se começa de início, ou se é suplente. Dá sempre 100 por cento.
O calendário do Benfica, com jogos a cada três dias, deixa-o preocupado, ou prefere a equipa ligada à corrente?
O calendário é o que é. Estamos felizes por disputar muitos jogos. Jogar uma vez por semana significaria que estávamos fora das competições europeias e das taças internas. Queremos jogar muitos jogos e não nos vamos queixar disso. É muito exigente, porque o tempo de recuperação entre eles é um desafio, mas já mostrámos que nos conseguimos focar em cada partida e jogar para ganhar. É essa a nossa missão para as próximas semanas, e a melhor maneira de ter sucesso é pensar a 100% no jogo que se segue. Não faz sentido pensar nos encontros que nos restam até à pausa de março para os compromissos internacionais. O mais importante é estarmos prontos para amanhã [domingo]. Foi isso que fizemos no passado, e queremos continuar assim.
"Calendário? O mais importante é estarmos prontos para amanhã [domingo]. Foi isso que fizemos no passado, e queremos continuar assim"
Arthur Cabral tem estado muito bem e marcou nos últimos três jogos. Peço-lhe um comentário às últimas exibições dele e pergunto-lhe se, neste momento, é o avançado mais preparado para ser titular no que resta da época?
Vamos ver. Eu olho sempre para o próximo jogo. O Arthur [Cabral] está muito melhor. Ele está a marcar golos, e isso é crucial para um ponta de lança. No início da época, ele trabalhou forte, mas, em algumas ocasiões, teve alguma falta de sorte, falhou alguns golos e perdeu um pouco de confiança. Mas, agora, está num momento completamente diferente. Estou muito feliz pelos golos que ele tem marcado, porque são importantes para nós. O que observamos é que tem ganho automatismos com os companheiros que o rodeiam e que está a atacar melhor a profundidade. Acho que ainda há muito potencial de crescimento, porque ele teve de mudar completamente o seu estilo de jogo. Era um avançado mais posicional e, no nosso sistema, tem de ser mais flexível e envolver-se em combinações, além de participar na pressão. Isso é novo para ele, mas é importante, para mim, ver que ele está a dar o seu melhor para se adaptar. Estou muito feliz com ele. E agora, com o Marcos [Leonardo] e com o regresso do Casper [Tengstedt], temos mais dois avançados que já mostraram qualidade. Vamos precisar de todos eles, e não é o momento adequado para fazer balanços individuais de época.
Na entrevista de ontem [sexta-feira, 9 de fevereiro], o Presidente Rui Costa disse que nesta época tem uma equipa melhor comparativamente à última. Concorda?
Ainda não vi a entrevista do Presidente, mas conheço as suas opiniões sobre tudo. Não imagino que ele tenha dito isso de forma tão clara como você deixou implícito na sua pergunta. As equipas são diferentes. Na última época tínhamos uma excelente equipa, e, na presente temporada, também temos uma excelente equipa. Vamos ver no final da época. Na última fomos campeões, e vamos tentar neste ano revalidar o título. Toda a gente sabe que é difícil comparar equipas. Se recordarmos os jogadores que saíram no último ano e meio, temos uma equipa quase nova que tivemos de construir. Acho que sobram quatro ou cinco atletas do início da primeira época [do mandato do Presidente]. Isso é futebol. Há muitas mudanças, não faz sentido comparar equipas. No final das contas, tudo se baseia nos títulos conquistados. No ano passado fomos campeões, e vamos tentar o nosso melhor para chegar lá nesta época.
"Estamos felizes por ter um jogador como Aursnes, e nas próximas semanas veremos onde precisaremos dele, mas precisamos dele"
O Presidente Rui Costa disse ontem [sexta-feira, 9 de fevereiro] que Aursnes era o melhor lateral-direito em Portugal e que funcionava como um joker. Qual a sua opinião? Para si, é neste momento um lateral ou um médio?
Vejo-o como um jogador flexível, penso que é a melhor descrição. É importante para nós, e para mim, como treinador, ter um jogador como ele, especialmente no último mês, com alguns jogadores lesionados em que foi preciso encontrar soluções. Fredrik [Aursnes] mostrou, mais uma vez, que pode ser muito bom a substituir jogadores em posições diferentes das que costuma jogar. Apresentou um nível de topo. Trata-se de qualidade, inteligência tática e mentalidade, porque, se os jogadores não estiverem abertos para tal, não conseguirão alcançar o que alcançam em diferentes posições. Estou muito feliz com isso, e o melhor é que ele também está. Ele gosta de ter um novo desafio. Temos de encontrar a melhor posição para ele, estamos felizes por ter um jogador como ele, e nas próximas semanas veremos onde precisaremos dele, mas precisamos dele.
Até que ponto sentiu que, na entrevista, o Presidente Rui Costa deixou a porta aberta a Rafa para continuar no Benfica? Isso deixá-lo-ia feliz?
Relativamente ao Rafa, a porta está sempre aberta até ao final da época, e, se sair, a porta continuará aberta. A decisão é dele, porque está numa idade onde temos de respeitar o que ele quer. É claro que o Presidente, eu, os colegas e os fãs querem que ele fique, mas a sua decisão tem de ser respeitada.