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Natação
Miguel Nascimento foi dos primeiros nadadores a atingir os mínimos para Paris, o que conseguiu pela primeira vez na sua carreira. Nos Mundiais, em fevereiro, o atleta benfiquista vai aproveitar para apurar a preparação para os Jogos Olímpicos.
15 janeiro 2024, 11h00
Miguel Nascimento
"Os treinos com o Alberto tornaram-me um nadador melhor, porque ele dá atenção a alguns pormenores, como a explosão, a velocidade naqueles momentos iniciais da corrida, o mergulho, o comportamento na piscina, que eu não trabalhava tanto. E isso tem permitido ganhar segundos nas provas e melhorado as minhas marcas", disse Miguel Nascimento em declarações prestadas ao programa Protagonista.
Os mínimos olímpicos, atingidos em abril de 2023, tiraram um peso de cima dos ombros do nadador, que atingiu a marca numa altura em que não o previa fazer. Finalmente, tinha conseguido alcançar um objetivo que perseguia há anos. "Foi uma sensação incrível, porque era algo que queria há muito tempo. Superei a marca de qualificação olímpica, e nem queria acreditar quando me apercebi do que tinha acontecido. Senti-me mais leve, porque a qualificação olímpica era um fardo que eu carregava há anos", confessou o nadador do Benfica.
"A evolução tem sido contínua, mas o facto de já ter a marca olímpica tem-me dado a hipótese de treinar alguns aspetos onde posso continuar a melhorar"
Miguel Nascimento
OLÁ, PARIS
Com os mínimos garantidos a mais de um ano de distância dos Jogos, Miguel Nascimento tem podido preparar-se de uma forma mais orientada para a competição olímpica. Pelo facto de não precisar de batalhar pela marca mágica, Miguel Nascimento tem conseguido melhorar os seus registos e, com o atual selecionador, aperfeiçoar a sua forma de nadar.
"A evolução tem sido contínua, mas o facto de já ter a marca olímpica tem-me dado a hipótese de treinar alguns aspetos onde posso continuar a melhorar, e tenho tentado fazer isso em competição. A ida a Paris soltou-me, mas, ao mesmo tempo, exige uma preparação muito dura, porque todos os nadadores querem estar ao seu melhor nível nos Jogos Olímpicos. É onde estarão os melhores do mundo e onde eu quero estar no meu melhor momento de forma", adiantou Miguel Nascimento.
Na capital francesa, o nadador benfiquista vai enfrentar os melhores atletas mundiais, e na competição olímpica o nível será altíssimo. Para Miguel Nascimento, traçar os objetivos para Paris 2024 é relativamente fácil.
"Gostava muito de estar na final, mas é preciso perceber que o nível será muito alto, até superior ao que teremos nos Mundiais. A ideia será prova a prova e tentar ir saltando etapas até chegar à final. Vamos ter os Mundiais de Masters em fevereiro, e será uma excelente competição para perceber o nível em que estamos. Estamos a fazer um trabalho de muita exigência, com muita atenção a todos os detalhes que me podem ajudar a evoluir e a ganhar mais alguns segundos, e acredito que vou chegar aos Jogos Olímpicos numa melhor fase da minha carreira", garantiu Miguel Nascimento.
O SELECIONADOR NACIONAL
Os melhores tempos de Miguel Nascimento coincidem com a chegada de Alberto Silva ao cargo de selecionador nacional. Em poucos meses, o atleta olímpico do Benfica tornou-se o primeiro nadador português a nadar abaixo dos 22 segundos (21,90) na competição mais rápida da natação. Com isso, tornou Portugal no 18.º país europeu a ter um atleta a nadar abaixo dos 22 segundos nos 50 metros, ainda em 2022, e poucos meses depois, no ano passado, chegou o desejado mínimo olímpico nos 100 metros livres.
"Foram meses muito bons e que coincidiram com o início dos treinos com o Alberto [Silva] e a equipa técnica. Recordo sempre as palavras do Alberto, que sempre me disse que me concentrasse na prova e não na marca. Ele sabia que eu tinha esta pressão que colocava em cima de mim, e conseguiu orientar-me para aquilo que são os meus pontos fortes e os fracos. Melhorei imenso nisso, concentrei-me nas provas e consegui atingir marcas que são importantes na natação portuguesa e, naturalmente, para mim", relembrou.
Recentemente, assisti a um treino de Miguel Nascimento e Diogo Ribeiro, no Jamor, com a atual equipa técnica de Portugal. O detalhe, a preocupação dos treinadores com fatores de treino invisível, e o acompanhamento dos nadadores em piscina. Para o nadador benfiquista, é uma das formas de proximidade que permitem corrigir aspetos da corrida e do estilo do nadador.
"O Alberto acompanha-nos, a correr, de fora da pista. Aliás, espero mesmo que seja a correr, porque, se for a andar, quer dizer que estou a nadar devagar. Mas é um nível de proximidade que nos obriga sempre a dar o melhor. Eu corro os 50 metros livres, e, no treino, a distância é dividida em parciais, que é o que nos permite ir melhorando em todos os momentos da corrida. E só falta ao Alberto ir para dentro da piscina, connosco. Se calhar, um dia, lá chegará", determinou Miguel Nascimento.
"Acredito que vou chegar aos Jogos Olímpicos numa melhor fase da minha carreira"
A INVISIBILIDADE DO TREINO
Mas o treino, com a nova equipa técnica, é muito mais do que piscina. O mergulho, a explosão, a resistência ou o comportamento na água são cruciais, mas apenas refletem uma parte mais visível do treino.
"Temos um acompanhamento permanente. Relatórios diários sobre como estamos, há dias em que precisamos mais de umas coisas do que de outras, o peso, aspetos que nos podem stressar, aspetos fisiológicos. São dados que os treinadores compilam numa aplicação e que lhes dão informação vital para nos preparar para a exigência do treino e da competição. Estamos perante um treinador que tem uma experiência muito vasta, treinou atletas medalhados olímpicos, atletas campeões do mundo. Tem uma forma muito próxima de treinar, de dar atenção a alguns detalhes que nos fazem melhorar. Esta é uma modalidade em que já se discute introduzir os milésimos de segundo como contagem do tempo, porque há muito equilíbrio entre os nadadores. E o treino, a forma como se treina, é determinante para melhorar aspetos da nossa forma de nadar que, muitas vezes, são a diferença entre ganhar ou perder", confessou.
"O treino, a forma como se treina, é determinante para melhorar aspetos da nossa forma de nadar que, muitas vezes, são a diferença entre ganhar ou perder"
DESFRUTAR DOS JOGOS
A presença nos Jogos Olímpicos, pela primeira vez na sua carreira, está a gerar, em Miguel Nascimento, uma verdadeira nascente de emoções, sem objetivos muito definidos, mas com a intenção de competir e desfrutar.
"Com toda a experiência que tem, em Jogos Olímpicos, o Alberto faz-nos acreditar que é possível conseguir um bom resultado, chegar à final. Ele acredita em nós, e isso faz-nos acreditar também. Mas também sabemos que a competição é muito incerta, porque basta um dia mau para tudo cair por terra. Prefiro ir passo a passo. Para começar, quero chegar à meia-final, e para isso terei de fazer o meu melhor tempo. Depois, a sequência terá de ser meias-finais e finais. Vamos ver o que acontece. Não antecipo uma presença na final, nem tão-pouco sei como vou reagir se lá chegar. Há atletas que, quando chegam às finais, ficam mais relaxados e desfrutam de estar numa corrida onde estão os melhores do mundo, mas, até lá chegar, o stress é enorme. Outros atletas acumulam muita tensão nas finais. Eu não sei como vou reagir, se chegar lá. Vou dar o meu melhor para lá chegar, aproveitar os Mundiais, em fevereiro, para me preparar bem, perceber em que nível é que estou, e todas as corridas em que participar, até aos Jogos Olímpicos, para conseguir estar no meu melhor em Paris."
Artigo publicado na edição de 12 de janeiro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024