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Futsal Feminino
Maria Pereira, a camisola n.º 7 do Benfica, não tem dúvidas de que a vitória na Futsal Women's European Champions irá abrir portas para a afirmação de futuras jogadoras no Clube e na modalidade.
15 janeiro 2024, 11h27
Maria Pereira
Este era, de resto, um título há muito ambicionado por um grupo de trabalho que não se cansa de vencer e quer continuar a dar alegrias aos adeptos. As próximas metas são claras para a ala do Glorioso e passam por ganhar tudo: Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Taça da Liga.
Acredito que as emoções da Futsal Women's European Champions ainda estejam muito presentes. Como foram vividos os dias após este feito?
Foi como escrevi no meu Instagram, ainda não acordei de um sonho que tinha. Acho que dificilmente vou acordar tão cedo. Foi uma realização tão única, vivida até ao último minuto e que ainda não consigo descrever o momento. Só estou a vivê-lo simplesmente.
"É o orgulho de levar o nosso clube e o nosso país lá fora e dizer que também temos capacidades para ser as melhores do mundo"
Maria Pereira
Este era um título que o Benfica procurava há algum tempo. Que importância tem esta conquista para o futsal feminino do Clube?
Era o tão desejado título que nos faltava, anos após anos, lutávamos por ele. Acho que as próximas gerações vão ter um gosto enorme de estar aqui, de chegar à equipa sénior e de lutar por um título que esperemos que na altura já seja oficial. A importância passa por dar mais visibilidade, não só ao futsal feminino, mas também ao Benfica lá fora. Para nós, é importante ajudar a modalidade a crescer, para fazer-nos representar e mostrar que estamos cada vez mais próximas de estar e de continuar no topo. Acho que isso é o mais importante para nós e para o Benfica.
Este acabou por ser também um passo importante para a afirmação do futsal português a nível europeu…
Infelizmente, o nosso campeonato não é tão forte como o de Espanha ou o de Itália. Queremos que ele se torne mais forte, que seja mais competitivo, e estamos a caminhar para isso. O Benfica tem melhorado bastante nisso, tem-nos dado condições para sermos uma das melhores equipas do mundo, e isso provou-se nesta competição. Esta taça trouxe isto para o futsal português e é muito importante. As próximas equipas que queiram, ou se um dia chegarem lá a esta competição, serão mais uma equipa portuguesa. Acima de tudo há o orgulho que nós temos de levar o nosso Clube e o nosso país lá fora e dizermos que estamos presentes, que também temos capacidades para ser as melhores do mundo.
Nas imagens da festa, após a final, foi das atletas que mais aparecem a segurar a taça. Apesar de ter muitos títulos no seu currículo, este acabou por ter um sabor especial?
Este acaba por ter um sentimento especial por termos lutado e ambicionado por este título durante tanto tempo. Foram difíceis as finais que perdemos, foi complicado ver esta taça ir embora para outros clubes, sabendo que um dia a queríamos e que o foco era total para a trazer para o Benfica. Não a conseguia largar porque, é como eu disse, não acreditava que a taça estava ali... Mas desde o primeiro minuto que pisámos em Espanha que eu sabia que ela vinha connosco para Portugal.
Na decisão das grandes penalidades, marcou um dos golos do Benfica. Como foi vivido todo esse momento que terminou em alegria?
Chorei. Só conseguia chorar, mas estava confiante em que as minhas colegas fariam bem o trabalho a que tanto nos dedicámos ao longo destes meses para conseguir ganhar esta taça. Foi um misto de sentimentos, fomos do zero a 100. A Marta Costa dava-nos sensações únicas, depois, quando falhávamos, também tínhamos outras sensações, mas sempre com a confiança de que, no final, o triunfo iria cair para nós.
"O Benfica tem feito uma grande aposta e tem valorizado muito o desporto no feminino. Cada atleta que está cá sente isso"
Quais foram os fatores mais importantes para vencer esta competição, numa concentração em Espanha que durou 4 dias?
A união foi fundamental para esta equipa superar tudo o que aconteceu ao longo dos jogos. Infelizmente, tivemos a Inês Matos, que não pôde estar na final, e acho que isso só nos fez unir mais. Penso que foi a união, a segurança e a tranquilidade que tínhamos umas nas outras que nos fez chegar aonde chegámos.
E como foi sentido o apoio dos adeptos durante o torneio?
Ser benfiquista não é fácil. Terem de viajar até Espanha... Temos de agradecer muito, para além de estarem lá, são literalmente o nosso 6.º jogador. Ajudaram-nos imenso, colocaram-nos para cima quando nós achávamos, em alguns momentos, que não daria. Tenho a certeza de que este título é deles, não só dos que foram lá, como dos que nos enviaram imensas mensagens e se fizeram sentir. O Benfica já merecia, os benfiquistas já mereciam esta taça, e foi como eu disse: é para eles. É do Benfica, é nosso.
Esta foi certamente a melhor maneira de terminar 2023. Que objetivos e desejos estão guardados para este ano que agora começa?
Não houve melhor maneira de acabar 2023 do que com esta taça que tanto ambicionávamos. O objetivo continua a ser o mesmo, melhorar a cada jogo e a cada treino. Queremos ganhar a Taça da Liga, a Taça de Portugal e o Campeonato Nacional.
Qual a importância para o grupo de trabalho de conquistar o heptacampeonato?
Esta equipa vai sempre querer muito mais. Apesar de já estar habituada a ganhar, queremos sempre muito mais. Não nos contentamos com aquilo que já temos. Se podemos fazer mais, porque não? A importância é a mesma do Campeonato para a Taça da Liga e para a Taça de Portugal. São os três títulos em disputa e, por isso, são os títulos que queremos ganhar.
"O objetivo continua a ser o mesmo, melhorar a cada jogo e a cada treino. Queremos ganhar a Taça da Liga, a Taça de Portugal e o Campeonato"
Como atleta, como tem sentido o apoio do Clube em relação não só ao futsal feminino, mas ao desporto feminino no geral?
O Benfica tem feito uma grande aposta e tem valorizado muito o desporto no feminino. Cada atleta que está cá sente isso e sente um orgulho enorme em fazer parte desta grande instituição que aposta não só no futsal, mas em todas as modalidades no feminino. Em Portugal não há nenhum clube que o faça como o Benfica faz, com as condições que nos dá e com aquilo que nos permite fazer. Penso que o Benfica não vai parar por aqui, vai cada vez mais fazer melhor. Portanto, é um orgulho imenso fazer parte desta instituição, deste grupo de trabalho e deste grande clube.
Ingressou no Benfica em julho de 2016, e, de lá para cá, têm sido muitos os momentos para sorrir. Como avalia este percurso? Está a superar as expectativas?
Está. Vim para o Benfica com a esperança e com o objetivo de ganhar tudo o que ainda não tinha ganhado. Mas acho que, ano após ano, os objetivos só aumentam. É isso que o Benfica nos proporciona: aumentar as metas, porque neste clube não estamos habituadas a pouco, estamos habituadas a sempre mais, e desde que entrei aqui que tenho visto isso em tantas pessoas, no reflexo de tantas atletas, tanto do clube como das minhas colegas. O meu percurso tem sido lindo, tem sido tão… não consigo descrever, porque são tantas coisas boas que aconteceram... Claro que aconteceram algumas coisas más que também fizeram de mim a jogadora que sou hoje. Mas as boas, sem dúvida, sobressaem, e eu só quero continuar a vivenciar muitas coisas boas.
É fácil manter os níveis de motivação ao máximo quando estão tão habituadas a ganhar?
Depende. Às vezes deslumbramo-nos um bocado, mas acho que temos as capitãs e os treinadores certos para nos pôr no caminho e na linha daquilo que queremos e devemos ambicionar. Portanto, às vezes não é mau nem é bom. Só nos faz querer mais, portanto é um bocado meio/meio. Fico feliz quando quero mais, mas não me posso deslumbrar, e sei que tenho as pessoas certas para me dizerem isso.
"Temos as capitãs e os treinadores certos para nos pôr no caminho e na linha daquilo que queremos e devemos ambicionar"
Como nasceu a paixão pelo futsal, e quando decidiu que queria ter uma carreira na modalidade?
Comecei a jogar no bairro onde nasci, depois fui para o Estrelas do Feijó. A paixão pelo futsal começou aí, pensava que ia só fazer um treino e acabei por continuar lá. Graças ao Estrelas do Feijó estou onde estou hoje, e agradeço-lhes muito porque fizeram de mim a atleta e a pessoa que sou. Mas a paixão pelo futsal sobretudo nasceu nas ruas de um bairro onde só queria jogar, só queria estar com os meus amigos, e, depois, passou a ser sério quando fui para o Estrelas do Feijó e vim parar ao Benfica.
Para além do futsal, quais são as modalidades de que mais gosta de assistir?
Gosto de assistir a futebol e basquetebol. Gosto dessas modalidades em específico, mas claro que o futsal está sempre em primeiro lugar.
Que mensagem gostaria de deixar aos benfiquistas?
Quero desde já agradecer aos benfiquistas pelo apoio incansável que nos deram sempre. Quero também deixar uma mensagem de agradecimento pelo grande carinho que tiveram connosco enquanto estávamos no torneio. Sem eles, nada disto era possível, e acredito que neste ano vamos continuar a sorrir todos juntos.
Artigo publicado na edição de 12 de janeiro do jornal O Benfica
Texto: José Pedro Verças
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024