Roger Schmidt: "Mostrámos espírito de união em tudo o que fizemos"

PÓS-JOGO

Contente, num dia que considerou "perfeito" para o coletivo, Roger Schmidt fez a análise ao triunfo do Benfica, por 4-0, frente ao Vitória SC em jogo da 4.ª jornada da Liga Betclic. A partida decorreu na noite deste sábado, 2 de setembro, no Estádio da Luz.

Em conferência de Imprensa e, antes, na zona de entrevistas rápidas, à BTV, o técnico mostrou-se muito satisfeito com a prestação da equipa, que, reforçou, "podia ter marcado o quinto e o sexto golo". Tanto a nível ofensivo como defensivo, Roger Schmidt apontou que o coletivo esteve bem, numa vitória construída com golos de Di María (33'), Kökcü (45'+5'), Aursnes (46') e autogolo de Jorge Fernandes (11').

O jogo foi disputado no dia seguinte ao fecho do mercado de transferências de verão e o treinador fez um ponto de situação.

VITÓRIA COM A BALIZA IMACULADA

"Foi um bom jogo. Começámos bem, muito concentrados, com muito poder à frente e conseguimos criar bons momentos no ataque, contra uma boa equipa. Eles mostraram nos três primeiros jogos que é difícil marcar contra eles e criar oportunidades, mas conseguimos fazê-lo. Demonstrámos espírito de união em tudo o que fizemos. Tivemos bons momentos ofensivos e também no processo defensivo, não dando hipóteses para o contra-ataque. Marcámos o primeiro golo e, depois do cartão vermelho [a um jogador vimaranense], claro que foi um pouco mais fácil, mas também é um desafio manter a tensão e ir atrás dos momentos decisivos. Os jogadores fizeram-no, marcámos mais três golos, muito bons, na minha opinião, e podíamos ter marcado o quinto e o sexto. Estamos contentes, não sofremos golos e ganhámos este jogo antes da pausa para as seleções, frente a um grande adversário. Foi um dia perfeito para nós."

COMBINAÇÃO DE KÖKCÜ COM JOÃO NEVES

"Todos podem jogar juntos. O Chiquinho, o Florentino, o Orkun [Kökcü] e o João Neves são todos boas escolhas. No treino ou em jogos, jogam uns com os outros. Na minha opinião, o Orkun [Kökcü], novo no Benfica, mostrou a sua qualidade na pré-época, com confiança, e mostrou ser muito bom não só com a bola, como mostrou hoje [sábado, 2 de setembro], com bons momentos a atacar e com um fantástico golo, mas também sem bola. É um jogador confiável taticamente, bom a pressionar, e é isso que precisamos no meio-campo, de jogadores completos. É por isso que ele confirmou, uma vez mais, que está em ótima forma e muito contente na equipa. No global, não foi só um jogador, eles estiveram todos conectados e jogámos bom futebol, mas também trabalhámos arduamente. Estivemos prontos para defender contra-ataques, para fechar atrás e gostei de como jogámos. Foi importante, porque se seguem semanas muito exigentes depois da paragem para as seleções e temos de jogar a cada três, ou a cada quatro dias, a um nível de topo. Hoje foi um bom final deste primeiro período. A época a sério começa depois desta paragem."

A SAÍDA DE MIHAILO

"Por vezes o futebol é assim. Ele não jogou muito, e um jogador que não joga muito começa a pensar sair do clube para ter mais tempo de utilização. Consigo entender isso, a decisão de sair foi dele e, na minha opinião, foi uma boa decisão para ele. Espero que no Celta de Vigo jogue muito, porque é um grande jogador e uma grande pessoa, gosto muito dele. Na nossa situação, se estivermos em frente a ele e olharmos para a história da época passada, consigo entender que queira ter mais minutos. Desejo-lhe tudo de bom. Há jogadores que entram, outros saem, é normal no futebol."

OS GUARDIÕES DAS REDES ENCARNADAS

"O Odysseas esteve cinco anos no Benfica, ganhou alguns troféus, foi quase sempre o número um e fê-lo muito bem. Valorizo a última temporada em que ganhámos o Campeonato com ele, e ganhámos a Supertaça com ele. Nós procuramos sempre melhorar, criar nova energia, como eu já disse há duas ou três semanas. É o futebol. Tomámos a decisão de ter o Trubin, de ter mais um guarda-redes de topo com muito potencial. É uma situação nova, o Odysseas decidiu sair, e nós respeitamos isso. Temos o Trubin, o Samuel [Soares], o Leo [Kokubo] e o André [Gomes], quando voltar de lesão, e é uma situação entusiasmante na posição de guarda-redes, porque estão todos no início da carreira. O Trubin é diferente, já jogou ao mais alto nível, já jogou na Liga dos Campeões e na seleção nacional, tem mais experiência. Quis aproveitar esta situação para dar mais tempo de jogo ao Samuel, porque é importante que ele também mostre que é capaz de jogar num clube como o Benfica. Há sempre pressão e responsabilidade. A chegada do Trubin após a pré-época foi boa para dar ao Samuel a oportunidade, e ao Trubin a possibilidade de estar com a equipa, de se sentir confortável no Benfica e trabalhar no treino para estar preparado para jogar. Foi a nossa decisão quanto à posição de guarda-redes. Estou contente com as opções que temos."

A CHEGADA DE JUAN BERNAT

"Depois da saída do Mihailo precisávamos de mais uma opção [para defesa-esquerdo]. Temos tantos jogos, e, para mim, é uma transferência perfeita, o Juan Bernat é um jogador experiente e chegou por empréstimo, por isso, não temos de investir muito dinheiro. Temos duas opções: o Jurásek, um jogador jovem, que tem muito potencial para se desenvolver no Benfica; e o Juan Bernat, um jogador muito experiente. É a situação perfeita nesta posição."