Roger Schmidt: "O nosso foco é fazer um jogo intenso, marcar golos e ganhar"

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Roger Schmidt, treinador do Benfica, olha para o encontro frente ao Santa Clara, neste sábado, 27 de maio, às 18h00, no Estádio da Luz, referente à 34.ª jornada da Liga Bwin, com a mesma determinação que deixou as águias a uma vitória da conquista do 38.º Campeonato Nacional! Ciente das dificuldades, assegura que a equipa está "focada" e deseja que a mesma faça um "jogo intenso".

A tensão própria de um jogo em que a equipa está a um pequeno passo de vencer o Campeonato Nacional é vista como um aspeto positivo por Roger Schmidt, que garante concentração dos seus atletas para que a sua formação efetue um "bom jogo" frente ao Santa Clara.

O adversário açoriano apresenta argumentos para dificultar a missão das águias, que jogam com o intuito de vencer e de se sagrarem campeãs nacionais, algo que o técnico vê como um cenário merecido. Porém, frisou: "Não é um automatismo... temos de o conseguir. No final da temporada, a equipa que for campeã é a que merece sê-lo."

O Santa Clara sabe que jogará na 2.ª Liga na próxima temporada. Que adversário espera encontrar? Como está o espírito da equipa para o jogo decisivo?

O Santa Clara não tem nada a perder. Se virmos e analisarmos os últimos jogos deles, não jogam como uma equipa que vai ser despromovida à 2.ª Liga. Jogam bom futebol, com intensidade, têm velocidade na frente, e espero um adversário que jogue sem pressão perante um Estádio cheio. Espero um bom jogo do Santa Clara. Também sabemos da nossa situação. Foi uma longa jornada nesta temporada para estarmos nesta posição, e amanhã [sábado] é o último jogo. Sabemos que, se fizermos um bom jogo em casa e vencermos, somos campeões da Liga Portuguesa. Mostrámos durante toda a época um bom espírito e uma boa atitude, os jogadores empenharam-se e tenho a certeza que estarão completamente focados no jogo. A decisão toma-se no campo, entre o primeiro e o último apito do árbitro. Estamos preparados para isso. Queremos fazer um jogo intenso, marcar golos e ganhar. É o nosso foco, nada mais importa neste momento. Estamos preparados para amanhã [sábado].

Já falou do foco da equipa, mas, relativamente aos nervos, como se sentem os jogadores?

Há sempre pressão no futebol, e estar nervoso antes deste jogo é bom. Significa que há tensão. Já mostrámos nesta época que não importa onde jogamos. Internacionalmente, quando disputámos a Liga dos Campeões no início da época, havia tanta pressão nos jogadores, na equipa e no Clube, e mostrámos que nos conseguimos concentrar no que estamos a fazer em campo. Os jogadores mostraram muita qualidade, que são resistentes a essa pressão. Em momentos difíceis, muitas vezes jogámos o nosso melhor futebol, e é o que queremos fazer amanhã [sábado].

Admitindo que Alexander Bah volta ao onze titular, em que posição vai jogar Aursnes? Quem sai da equipa?

Continuam à espera que eu dê o onze inicial numa conferência de Imprensa, isso surpreende-me [risos]... O Alex [Bah] teve um bom impacto no jogo do passado domingo, quando entrou. Estamos satisfeitos por ele estar de volta, após a lesão que teve. O Fredrik [Aursnes] é um jogador muito importante para nós, demonstrou-o ao longo de toda a temporada. É um jogador muito flexível, posso utilizá-lo em várias posições, e em todas demonstra a sua qualidade. Tem uma personalidade fantástica e dá sempre o seu melhor, não importando a posição em que jogue. Temos diferentes opções. No passado domingo, fez um jogo fantástico na segunda parte, no papel de médio-ofensivo. Mostrou a sua qualidade, mas não só pelo golo que marcou, ele envolveu-se em muitos outros lances de ataque perigosos. Estou feliz porque quase todos os jogadores estão disponíveis. Infelizmente o Gonçalo Guedes lesionou-se. É uma pena, porque ele já tinha sofrido uma lesão e sido submetido a uma cirurgia. Ele teve muito impacto quando chegou, e ainda agora no último domingo, quando entrou em campo, teve influência. Estamos muito tristes com a sua lesão, mas é também mais uma razão para amanhã [sábado] fazermos um bom jogo e sermos campeões.

O empate em Alvalade, frente ao Sporting, foi uma lição para o Benfica, que teve 10 pontos de vantagem sobre o 2.º classificado, e agora decidirá a conquista do Campeonato na última jornada?

Na minha opinião, fizemos um jogo fantástico frente ao Sporting. Na primeira parte, o adversário foi melhor equipa, marcou dois golos, mas reagir como o fizemos na segunda parte... controlámos e dominámos o jogo, mostrámos grande confiança, futebol de ataque, fomos capazes de pressionar e manter a bola no meio-campo contrário. No final, penso que o empate foi mais do que merecido. Não foi uma lição, foi futebol. Em cada jogo temos de estar prontos e preparados, respeitar a história do jogo e a qualidade do adversário. Não é por sermos o Benfica que vencemos por si só todos os jogos. Temos de trabalhar muito por cada ponto. Tivemos 10 pontos de vantagem, mas porque vencemos quase todos os jogos. A época foi uma longa corrida, vencemos muitos pontos, e agora a situação é muito clara: temos o último jogo para vencer. Todos os jogos nos deram uma tarefa, e no último jogo [frente ao Sporting] foi preciso recuperar. Conseguimos um empate, marcámos um golo muito importante no final. Há uma grande diferença entre empatar ou perder o jogo, mas voltei a ver uma mentalidade fantástica dos meus jogadores. Foi um bom dia para nós.

Sente que os seus jogadores merecem ser campeões nacionais? Entende que o Benfica foi a melhor equipa em Portugal, já que lidera o Campeonato Nacional desde o início?

Não me compete dizer quem foi a melhor equipa, não é a minha tarefa. Se mereceremos o título? Acho que sim. Mas não é um automatismo... temos de o conseguir. No final da temporada, a equipa que for campeã é a que merece sê-lo.