Roger Schmidt: "A equipa fez um bom jogo"

PÓS-JOGO

Contente com o desfecho da partida e com a postura dos seus jogadores, o treinador Roger Schmidt fez a análise ao triunfo do Benfica frente ao Estoril (1-0), no Estádio da Luz, em jogo a contar para a 29.ª jornada da Liga Bwin. "Hoje, foi um bom dia", vincou o técnico.

Na zona de entrevistas rápidas, aos microfones da BTV, o treinador apontou que a equipa poderia ter "facilitado a própria vida ao marcar mais golos e mais cedo", mas frisou que "a vitória foi completamente merecida".

Já em conferência de Imprensa, Roger Schmidt analisou o regresso aos triunfos, falou do que ainda falta disputar no Campeonato (cinco jogos), explicou a titularidade (estreia!) de João Neves e algumas questões táticas e vincou que, até final, espera que "todos os jogos sejam testes mentais" e não só futebol.

VITÓRIA IMPORTANTE PARA A CONFIANÇA

"Jogámos bem e merecemos ganhar. Podia ter sido mais fácil se tivéssemos marcado mais cedo e mais golos. Tivemos muitas oportunidades, e claro que, não marcando o segundo golo, é preciso manter concentração, disciplina e foco. Não demos ao adversário oportunidade de marcar, e foi por isso que ganhámos 1-0. Estou muito contente com a atitude dos jogadores, fizeram um bom jogo e mostraram bom futebol. Estamos contentes por termos ganhado um jogo, finalmente. Em Milão a equipa fez um bom jogo, mas hoje [domingo] foi importante para ganharmos confiança e força para lutarmos pelo Campeonato."

PROVA SUPERADA... FALTAM CINCO

"Todos sabem da nossa ambição. Queremos ser campeões nacionais nesta época e havia seis jogos para ganhar. Hoje, foi crucial para nós. Não é só ganhar, é ganhar bem, e foi o que a equipa fez. Para sermos campeões temos de vencer os jogos. Estamos contentes e aliviados, especialmente eu, enquanto treinador, pela forma como os jogadores estiveram hoje [domingo]. Mais do que ganhar, é o estilo de jogo, a atitude... Hoje [domingo], foi um bom dia."

ADAPTAR O ESTILO DE JOGO À ARBITRAGEM

"É preciso avaliar sempre o estilo do árbitro. Ele precisa de uma linha durante o jogo, e, na minha opinião, ele tinha-a, mas eu prefiro um estilo de jogo com mais duelos com contacto. Se virmos todos os contactos e quedas de jogadores como faltas, é difícil jogar futebol intenso. Gostamos de jogar de forma intensa, e, se queremos ganhar bolas, é difícil fazê-lo sem, por vezes, tocar em jogadores. Ele tinha a sua linha, foi coerente até ao fim. Eu prefiro a parte mais física do futebol, mas é a decisão dele, temos de aceitar e ajustar o nosso estilo de ataque e defesa a estas coisas."

ESTREIA DE JOÃO NEVES A TITULAR

"Se fosse um risco, eu não o teria escolhido. Estivemos a formá-lo. O João é um jogador talentoso, já tem alguns minutos na equipa principal, sempre jogou bem, e, se vissem no treino, ele é uma excelente mistura de alegria, confiança e qualidade. Era a altura para lhe dar a oportunidade de jogar de início, porque tivemos um jogo complicado na quarta-feira [frente ao Inter]. O Tino [Florentino] e o Chiquinho têm sempre de trabalhar muito, e eu estava perfeitamente convencido desta decisão. Todos viram que ele é um jogador capaz de estar a este nível, e, neste momento decisivo da época, não tive dúvidas quanto à sua qualidade e desempenho."

PRESSÃO ATÉ FINAL

"Há pressão para todas as equipas, mas gosto da pressão. Estamos à frente [74 pontos] com quatro pontos de vantagem, a nossa situação é a melhor, mas todas as equipas sentem a pressão. É a fase decisiva da época, faltam cinco jogos, e, agora, espero que todos os jogos sejam um teste mental. Não é só futebol, é não perder a calma, a concentração e disciplina. É isso que temos de fazer, mostrando a nossa qualidade no campo."