Macios na defesa e benevolentes no ataque

RESUMO DO JOGO

O Benfica perdeu (4-5) frente à AD Fundão neste sábado, 8 de abril, em jogo da 20.ª jornada da 1.ª fase da Liga Placard de futsal.

A pressão inicial do Benfica esbarrou sempre na boa organização defensiva dos visitantes. Utilizando várias combinações com o pivô, os comandados de Mário Silva acercaram-se das redes de Juan Pinheiro, mas as finalizações nem sempre foram bem direcionadas.

Quem mostrou acerto foi Bebé, que, aos 7', com um remate forte em zona central e fora da área, bateu Léo Gugiel (0-1). Os beirões adiantaram-se no marcador quando, até então, pouco tinham feito para que tal fosse consumado.

Arthur, Diego Nunes e Rocha tentaram alvejar as redes contrárias, no entanto, a melhor situação de golo para as águias saiu do pé direito de Silvestre Ferreira, com um remate de longe, sobre a direita, à barra da baliza da AD Fundão.

Até ao descanso a toada manteve-se, com o perigo a rondar as redes de Edu Pinheiro, que manteve o nulo do Benfica (0-1).

A segunda parte começou praticamente com a igualdade do Benfica. Um remate de Gonçalo Sobral, aos 22', colocou alguma justiça no marcador (1-1), mas a eficácia contrária foi letal.

Bebé, aos 24' e 25', respondeu com dois golos (1-2 e 1-3), deixando as águias mais pressionadas.

Rocha, aos 30', reduziu (2-3) na conversão de um penálti, após Thalles ter jogado a bola com a mão. Porém, Rafa, em contra-ataque, no minuto seguinte, repôs a diferença em dois golos (2-4).

O Benfica marcou por Arthur aos 37' (3-4), numa excelente finalização de pé esquerdo, e, quando os encarnados já estavam com mais uma unidade, por expulsão de Rui Moreira, Jacaré igualou (4-4) aos 39'.

O último minuto foi de risco total das duas formações, que jogaram com o guarda-redes avançado. Acabou por ser mais feliz a formação forasteira, com Mário Freitas a decidir o encontro (4-5) a poucos segundos do final do duelo.

O Benfica permanece na 3.ª posição na 1.ª fase da Liga Placard, e na próxima ronda, a 21.ª, desloca-se ao terreno do Ferreira do Zêzere, em duelo agendado para 21 de abril, às 20h30, no Pavilhão Municipal de Ferreira do Zêzere.

DECLARAÇÕES

Mário Silva (treinador do Benfica): "A análise do jogo é muito simples. Quero começar por pedir desculpa aos Sócios e adeptos porque, independentemente da exibição ter sido mais que do suficiente para outro resultado, nós não podemos aceitar este tipo de resultados aqui. Ofensivamente não há nada a apontar a esta equipa. Produzimos muito e seguramente fizemos de 50 a 60 remates. Mas sofremos cinco golos, e o pouco tempo de treino que tivemos foi dedicado quase única e exclusivamente a esses momentos. Não posso ficar satisfeito com a ausência de reação à perda da bola, de termos estado atrás do marcador praticamente o jogo todo e de fazermos apenas uma falta na segunda parte. Os nossos níveis de intensidade e agressividade no portador da bola não foram os que nós queríamos. Também não fico satisfeito com as segundas bolas, de não acreditarmos e não sermos os primeiros a chegar. Sem querer tirar crédito e mérito ao Fundão, que jogou direto no Renatão, ficou à espera do nosso erro e teve sucesso nessa estratégia. Se tivermos de usar o nosso guarda-redes avançado é porque alguma coisa não fizemos bem até lá. O resultado não nos traz nada de novo no Campeonato. Tínhamos plena consciência que não chegamos ao segundo lugar, e que não nos tiram do terceiro lugar, pela herança que tivemos. Estamos a preparar-nos, não em função dos adversários diretos, mas, sim, para ganhar competições da mesma forma que o fizemos na Taça de Portugal, onde treinámos comportamentos perfeitos para a ganhar. É do que precisamos para vencer a Champions e o play-off do Campeonato."

Bruno Coelho (capitão do Benfica): "É difícil de falar, porque trabalhámos bem, fomos à procura, mas infelizmente não concretizámos as oportunidades que fomos criando ao longo do jogo. Pecámos um pouco na finalização e, em certos momentos, não fomos competentes o suficiente. Sofremos golos nas horas erradas, marcávamos e sofríamos logo a seguir, não fomos capazes de 'matar' esses momentos. Mesmo assim, a atitude e a entrega no jogo foram totais. Podíamos ter vencido o jogo tranquilamente. Não concretizámos, isso saiu-nos bastante caro. Quero deixar uma palavra aos nossos adeptos: após ganharmos uma Taça de Portugal, não era este o resultado que queríamos dar-lhes. Eles estiveram de corpo e alma a apoiar-nos, a acreditar em nós, e o apelo que faço é que continuem a acreditar em nós, a virem-nos apoiar, porque ainda temos muito para conquistar."