Roger Schmidt: "Acreditamos sempre em nós"

ANTEVISÃO

Confiante, Roger Schmidt, na conferência de Imprensa de antevisão do Vizela-Benfica, duelo da 22.ª jornada da Liga Bwin, que se realiza neste sábado, 25 de fevereiro, às 20h30, no Estádio Futebol Clube de Vizela, destacou a convicção da equipa no trabalho que efetua diariamente e no futebol que apresenta jogo após jogo, isto antes de um duelo "difícil" no Minho.

O treinador do Benfica deixou elogios ao rival que se segue na competição, porém, enalteceu a "preparação" que a equipa tem para as formas distintas, em termos táticos, que o Vizela poderá apresentar no jogo, nomeadamente no que concerne aos elementos da sua defensiva.

Roger Schmidt abordou ainda aspetos táticos relacionados com a utilização de Neres e Gonçalo Guedes, destacando a capacidade e o equilíbrio que Aursnes confere à equipa, quando confrontado com a preponderância do internacional norueguês no futebol encarnado.

O Vizela joga habitualmente com cinco defesas, espera um adversário mais defensivo, como aconteceu nesta época com outros adversários?

Espero um jogo difícil. O Vizela tem estado bem nesta temporada, já tivemos uma primeira impressão no encontro da 1.ª volta, no jogo em casa, em que marcámos [o golo da vitória por 2-1] nos últimos segundos. Confirmaram várias vezes, esta época, que acreditam em si, têm muita qualidade individual, velocidade, e nós procuramos soluções. Não é fácil jogar contra o Vizela especialmente na sua casa. Na semana passada jogaram com uma linha de quatro defesas, mas conseguem ter diferentes abordagens. Estamos habituados, não sabemos exatamente como os adversários vão jogar contra nós. Mudam muitas vezes a abordagem por nossa causa. Mas estamos preparados para as duas possibilidades, uma defesa de quatro ou de cinco jogadores. Esperamos um jogo duro. No último jogo frente ao Boavista a história do jogo não foi perfeita para nós, porque não marcámos e o adversário marcou na primeira oportunidade que teve. Mostrámos que acreditamos sempre em nós e que conseguimos marcar no final. Temos de estar preparados para a história do jogo e estamos confiantes que podemos ganhar.

Rafa sofreu muitas faltas no último jogo, está bem fisicamente? Sente mais pressão para ser campeão e ganhar jogos nesta fase?

Rafa está bem, sofre sempre muitas faltas, mas não há nenhum problema físico. Faltam 13 jogos para sermos campeões, no início da época eram 34. A pressão não aumentou, mas está lá. Temos de ganhar quase todos os jogos, queremos dar o Campeonato aos adeptos, trabalhamos bastante para isso. Todos os jogos são muito importantes para ganharmos pontos e vamos precisar de muitos para sermos Campeões. Estamos numa boa situação, pois temos tudo na nossa mão, somos a única equipa a depender de si. Temos de nos focar nos 90 minutos. Sabemos como é difícil ganhar jogos, especialmente fora de casa. O Vizela é uma equipa muito boa e faremos tudo para ganhar o jogo e conseguir os três pontos.

Considera que o Benfica deve jogar como na segunda parte frente ao Boavista, com Aursnes e Chiquinho no meio-campo, a abrirem espaços para Neres ou Guedes?

Para ser sincero, ainda estou a pensar. Foi uma boa ideia colocar Neres contra o Boavista, porque não tínhamos marcado na primeira parte, mas já tínhamos criado grandes oportunidades. Marcamos muitos golos nesta época, mas também temos falhas de concretização e isso é algo que queremos melhorar. Amanhã [sábado] veremos em que condição estão os jogadores e tomaremos uma decisão quanto ao onze. É apenas o onze e o nosso banco é muito importante, como se viu no último jogo, ou contra o Brugge, em que Guedes e Neres trouxeram mais energia. São opções para o onze, porque são bons jogadores e estão em muito boa forma. Nos últimos jogos coloquei Gonçalo Ramos e Rafa na frente, porque vinham de lesões e precisavam ganhar ritmo de jogo e para as semanas seguintes. Já fizeram dois jogos. Temos várias opções para o onze, precisamos de um bom onze, mas também precisamos de bons jogadores no banco.

Desde que chegou ao Benfica, Gonçalo Guedes só por uma vez jogou com Gonçalo Ramos. São jogadores compatíveis?

Sim, claro! Gonçalo Guedes já mostrou o quão importante foi o termos contratado. Já fez excelentes jogos, mesmo quando não esteve na equipa inicial. Esteve bem nos últimos dois jogos como suplente. Gonçalo Ramos esteve lesionado e Gonçalo Guedes só jogou com ele em dois jogos. Claro que podem jogar juntos. Gonçalo Guedes pode jogar em várias posições, fê-lo como avançado na ausência de Gonçalo Ramos, mas pode jogar como segundo avançado e ala. Claro que podem jogar juntos.

Aursnes está a tornar-se um jogador-chave no Benfica e os adeptos gostam dele. Já esperava isso, quando foi contratado?

Estou muito contente por contar com ele e ainda bem que se concretizou a transferência. É preciso encontrar equilíbrio na equipa e ele dá-nos equilíbrio, porque é muito completo. Se calhar é quem mais corre na equipa, se necessário, corre 13 ou 14 quilómetros por jogo, quer esteja no miolo do terreno, ou no meio-campo atacante. É um jogador muito fiável, inteligente em termos táticos, e pratica futebol de muita qualidade. Este tipo de jogadores é essencial para qualquer equipa. Estou contente e talvez um pouco surpreendido por se ter desenvolvido tão rapidamente e pela forma como consegue ajustar o seu comportamento, em função da posição. Mantém sempre o mesmo nível, independentemente da posição, o que é muito bom. Ao seu redor, também há muitos bons jogadores e todos beneficiam do estilo de jogo. Há muitos jogadores a jogarem muito bem, porque, geralmente, estamos a jogar muito bem. E em termos coletivos, há proveitos individuais e Aursnes é exemplo disso. Há entrosamento e ele é um jogador muito importante.