Luta até aos últimos minutos

RESUMO DO JOGO

O Benfica encontrou o Sporting, no Pavilhão João Rocha, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal de hóquei em patins. As águias batalharam, mas saíram derrotadas por 5-1.

Dérbi a eliminar na tarde deste domingo, 19 de fevereiro, com a passagem aos quartos de final da prova-rainha em disputa. Nos 16 avos de final as águias deixaram para trás o HA Cambra (2-6) e o Sporting superiorizou-se ao Candelária SC. A jogar no Pavilhão João Rocha, Nuno Resende sublinhou, na antevisão ao encontro, que seria "necessário ter qualidade e espírito à Benfica" para alcançar o objetivo.

No rinque, jogo ritmado, rápido, com as duas equipas a tentarem inaugurar o marcador. Do lado dos encarnados, Lucas Ordoñez (3') e Nil Roca (4') foram os primeiros a testar a atenção de Ângelo Girão. A resposta, no entanto, veio com selo de golo, aos 5'. Toni Pérez conduziu a bola, girou, atirou e marcou (1-0).

A desvantagem em nada alterou a postura do Glorioso, que saiu em força à procura da igualdade. Aos 7', após falta de Matías Platero sobre Nil Roca, o Benfica beneficiou de uma penalidade. Na conversão, Carlos Nicolía rematou para defesa do guardião sportinguista.

Os comandados por Nuno Resende tinham dificuldade em libertar-se da defesa da equipa da casa, mas colecionaram boas oportunidades, nomeadamente por Carlos Nicolía (9') e Pablo Álvarez (11').

No minuto 15, João Souto sofreu falta de Poka e o Sporting usufruiu de uma penalidade. No frente a frente com Pedro Henriques, Gonzalo Romero fez o 2-0. Volvidos dois minutos (17'), em situação de dois para três, João Souto picou a bola para novo golo (3-0).

Até ao intervalo, o Benfica tentou de tudo para encurtar a diferença no marcador, mas o 3-0 manteve-se.

A precisarem de marcar, os encarnados entraram mais pressionantes no reatamento. Em cima da meia hora de jogo (30'), Gonçalo Pinto esperou pela bola de Carlos Nicolía, recebeu-a e, com rapidez e força, atirou, reduzindo para 3-1.

Aos 35' o Sporting chegou às 10 faltas cometidas. Pablo Álvarez foi chamado a converter o livre direto, tentou a picadinha, Ângelo Girão defendeu, mas o árbitro considerou haver infração do guardião leonino. Na repetição do lance, o guarda-redes prendeu a bola com o corpo, gerando dúvidas quanto à permanência da bola na linha. Revistas as imagens, o 3-1 não se alterou.

Num jogo contra o tempo, o Benfica lançou-se ao ataque e Pablo Álvarez obrigou Ângelo Girão a duas grandes defesas (36'). A bola teimava em não entrar...

Aos 37', livre direto para o Sporting por falta de Carlos Nicolía sobre João Souto. No frente a frente, Pedro Henriques defendeu a bola de Ferran Font. Volvidos três minutos (40'), nova situação de cartão azul para o Benfica, desta vez mostrado a Diogo Rafael. Ferran Font bateu o livre direto para defesa do guardião encarnado.

O jogo estava muito pausado, mas ainda deu Benfica. A jogar com três jogadores de pista (42'), Roberto Di Benedetto, sozinho, tirou os adversários da frente e rematou para Ângelo Girão afastar. O universal ainda recuperou a posse da bola, servindo Gonçalo Pinto, que atirou ao lado. Tão perto do golo...

Porém, aos 44', Gonzalo Romero fez o 4-1. O resultado ficou fechado já a meio do último minuto de jogo, momento em que João Almeida, ele que sofreu falta de Roberto Di Benedetto, converteu o livre direto (5-1).

O Benfica lutou até final e nunca baixou os braços, mas acabou por averbar uma derrota por 5-1, terminando a caminhada na Taça de Portugal.

Virando o foco, as águias têm compromisso europeu às 21h00 de quinta-feira, 23 de fevereiro, em casa da Oliveirense. O jogo é referente à 3.ª jornada do grupo A da WSE Champions League.

DECLARAÇÕES

Nuno Resende (treinador do Benfica): "Entrámos bem, com confiança, agressividade positiva e competitiva, conseguimos impor-nos naquilo que é o nosso jogo ofensivo e defensivo, com algumas oportunidades. Não abanámos com o golo e mantivemos a nossa identidade. O Pedro [Henriques] esteve fantástico nas bolas paradas e foi-nos mantendo no jogo. Nos últimos 15 minutos da primeira parte, não fomos competitivos e, aí, perdemos o jogo. Não podemos não ser competitivos. Fomos quase ineficazes ou muito sem intensidade na ação ofensiva. Pedi aos jogadores para que, na segunda parte, voltássemos com a nossa forma de estar e capacidade. O tempo foi-se esgotando, cometemos alguns erros, faltas... Tivemos um dia menos bom, ficamos afastados da competição, estamos desiludidos, mas vamos recarregar baterias o mais rapidamente possível."