"Queremos muito ser campeãs nacionais"

Começou a dar nas vistas no Aland United, mas a paixão pelo futebol vem de "casa". Com 24 anos, Cassandra Korhonen fez quase toda a carreira na Suécia, o seu país natal, onde passou por clubes como Västeras IK, Västeras BK 30 e Uppsala, até rumar à Finlândia. Há quatro meses no Benfica (desde dezembro), disputou oito jogos e marcou três golos. Em entrevista ao jornal O Benfica, partilhou como decorre a adaptação e muito mais.

A atenção está agora no Campeonato Nacional e na revalidação do título, e o recente triunfo sobre o Torreense (5-0) – em que a avançada participou (45 minutos) – foi mais um passo na caminhada, havendo ainda cinco jogos para realizar. Nesta entrevista, Cassandra Korhonen recuou ao passado, ao sítio onde se apaixonou pelo futebol, falou de sonhos e de metas pessoais e coletivas.

Quando nasceu a sua paixão pelo futebol?

Tenho um irmão mais velho que já jogava futebol há muito tempo. Quando eu era mais pequena, o meu pai era treinador da equipa dele. Eu acabava por ir sempre para os treinos, porque a minha mãe estava a trabalhar. Por isso, acho que nasci dentro do futebol. Comecei a jogar quando era muito nova. Quando sentes que podes ser boa em algo, acaba por ser isso que queres fazer. 

Como está a ser a experiência de jogar no Benfica e viver em Portugal?

Tem sido muito bom. Gosto da equipa e da cidade de Lisboa. Sinto que é uma boa combinação. Consigo ter uma boa vida morando aqui e jogando futebol.

Está cada vez mais adaptada à forma de jogar da equipa? Como têm sido os treinos?

É claro que com a prática, nos treinos, conseguimos ir conhecendo melhor as nossas colegas. É sempre complicado entrar numa nova equipa, e tudo leva o seu tempo, mas a cada treino vai ficando mais fácil. Temos sempre coisas novas a aprender.

Como correu a sua integração no grupo de trabalho?

Fui muito bem recebida por todos, e a integração está a correr bem. A maior dificuldade foi a comunicação devido à língua, mas a maioria das jogadoras do plantel também fala inglês.

Quais as principais diferenças entre o futebol nos países nórdicos e em Portugal?

O futebol nórdico é mais direto na procura do golo, às vezes é mais rápido do que aqui. Em Portugal o futebol é mais técnico, há mais dribles. Essas são as maiores diferenças. E os jogadores dos países nórdicos são mais duros nos duelos.

Foi a segunda melhor marcadora da liga finlandesa em 2021 no Aland United. Foi um ano muito positivo?

Vinha de uma época difícil, senti que necessitava de um recomeço e escolhi jogar no Aland United. Acabou por correr melhor do que eu previa. Foi um ano realmente muito bom para mim. Essa época acabou por me abrir portas, como chegar ao Benfica, isso foi muito bom. Joguei todos os encontros e aumentei a minha confiança.

Também marcou um golo na 1.ª ronda de qualificação da UEFA Women's Champions League 2021/22. Acredito que jogar nessa prova é um dos seus objetivos para a próxima época…

Claro. Acho que todas as futebolistas querem chegar à Champions League, e esse também é o meu sonho. É a maior competição que podes jogar com o teu clube.

Como está o espírito do grupo para os jogos que faltam?

Sabemos que temos tudo nas nossas mãos, e todas as jogadoras querem vencer todas as partidas. Estamos preparadas para os jogos que faltam disputar. Queremos muito ser campeãs nacionais.

Que mensagem gostaria de deixar aos Benfiquistas?

Vamos ganhar os jogos que faltam e celebrar juntos a conquista do Campeonato.