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Futebol feminino
Katelin Talbert, reforço de inverno da equipa feminina, revelou em entrevista ao jornal O Benfica como tem sido a adaptação e os sonhos que acalenta, quando a luta pelo título nacional entra na fase decisiva...
10 abril 2022, 12h05
Katelin Talbert
Chegou às águias após passagens pelos islandeses do FH e pelos ingleses do West Ham e, volvidos três meses, Katelin Talbert confessa que está cada vez mais adaptada à equipa, sendo que em 480 minutos de jogo não sofreu qualquer golo. A integração está a ser positiva e o foco, esse, está na conquista de títulos, como explica ao jornal do Clube.
Numa extensa entrevista, a guarda-redes viajou até ao seu passado, às origens, como tudo começou, abordou as suas características e a forma como hoje encara a vida, mas, acima de tudo, olhou-se em frente, para um futuro que se deseja de sonhos concretizados e muitas vitórias. A fase decisiva da luta pelo título nacional está à porta...
Que balanço faz destes primeiros meses ao serviço do Sport Lisboa e Benfica?
Estou a gostar imenso de estar aqui. Tem sido fantástico treinar com a equipa diariamente. Sinto que estou a aprender muito e a crescer como jogadora e como pessoa. Gosto também muito de Portugal.
Não sofreu qualquer golo em cinco jogos realizados pelo Clube. Qual o segredo?
Temos uma ótima defesa e jogamos realmente bem como equipa. Temos um grande controlo da bola em todos os setores. Isso é ótimo. Eu apenas tento fazer o meu trabalho da melhor maneira que consigo, como todas as jogadoras. O facto de não ter sofrido qualquer golo é fruto do esforço de toda a equipa.
O Benfica lidera a Liga BPI só com vitórias, está bem posicionado na luta pela revalidação do título nacional. Qual é o espírito do grupo para o que falta jogar no Campeonato?
É bom. Estamos muito focadas no momento e a treinar de forma árdua. O nosso objetivo é ganhar todos os jogos que faltam disputar. Temos uma grande oportunidade de ganhar o Campeonato Nacional, e penso que o vamos conseguir.
"Estamos muito focadas no momento e a treinar de forma árdua. O nosso objetivo é ganhar todos os jogos que faltam disputar. Temos uma grande oportunidade de ganhar o Campeonato"
Katelin Talbert
A equipa reagiu muito bem após perder a final Taça da Liga. A vitória em Braga para a Liga BPI foi muito importante?
Penso que, como equipa, precisávamos muito desse resultado, depois de termos perdido a final da Taça da Liga nas grandes penalidades. Queríamos muito voltar às vitórias, e foi realmente positivo ganhar ao SC Braga. Foi superimportante. Queremos continuar a vencer e conquistar o máximo de pontos possível.
Como correu a sua integração no grupo de trabalho? Como foi recebida pelas suas colegas?
Foi muito bom. Aceitaram-me logo como uma delas. Mesmo as raparigas que não falam inglês esforçaram-se ao máximo para interagir comigo. É giro porque arranjamos outras formas de comunicar entre nós, através de linguagem gestual. Rimo-nos e fazemos coisas engraçadas. Fui bem integrada e sinto que faço parte de um grupo que é como uma família.
O apoio dos Benfiquistas impressionou-a?
Já sabia que o Benfica tem milhares de adeptos, mas, sim, todos os dias fico surpreendida com o número de fãs que o Clube tem. É fantástico. O apoio está a ser maior do que alguma vez pensei, mas já devia saber disso, porque o Benfica é um dos maiores clubes do mundo. Sentimos o apoio dos adeptos em todos os jogos.
Como têm sido os treinos?
Sinto que aprendi imenso nestes meses aqui. Trabalhamos focadas todos os dias e não vamos parar até conseguirmos o nosso objetivo. Estamos a progredir de dia para dia. Tenho aprendido imenso na forma de jogar da equipa.
"Sinto que estou a aprender muito e a crescer como jogadora e como pessoa. O facto de não ter sofrido qualquer golo é fruto do esforço de toda a equipa"
Quais as principais diferenças do futebol em Portugal para o dos outros países em que jogou?
O posicionamento em campo é muito mais trabalhado do que quando eu jogava, por exemplo, no meu país, nos Estados Unidos da América. Aqui, a defesa está também sempre inserida no jogo ofensivo, muitas vezes é o guarda-redes que faz jogar a equipa. Jogamos ofensivamente, e nos EUA a defesa e a guarda-redes estão muitas vezes apenas preocupadas com questões defensivas. Aqui, todas as jogadoras se preocupam com o ataque e em fazer com que a equipa marque golos.
Que análise faz à qualidade do futebol feminino português?
Sem dúvida que a qualidade do futebol feminino português é boa, em especial nas equipas do topo da Liga. As jogadoras que alinham no Benfica e nas outras equipas que estão na luta pelo título têm imenso valor e um talento inegável.
Que mensagem gostaria de deixar para os adeptos?
Carrega, Benfica! [pronunciado em perfeito português].
Quando nasceu a paixão pelo futebol? E logo na posição de guarda-redes?
Comecei a jogar futebol aos meus quatro anos de idade, os meus pais puseram-me a praticar a modalidade. Estou a jogar há 19 anos desde então. Aos 11 anos eu era a jogadora mais alta da minha equipa, e houve uma ocasião em que precisávamos de uma guarda-redes porque a habitual não estava presente. Acabaram por colocar-me nessa posição e disseram-me: 'És a mais alta da equipa, tens de ir para a baliza.' Joguei, e o encontro correu-me muito bem. No final do jogo disseram-me: 'A partir de agora vais começar a ir aos treinos de guarda-redes.' E comecei a treinar nessa posição aos 11-12 anos. Apesar de algumas vezes ainda jogar a avançada e a média, acabei por me dedicar à posição de guarda-redes a tempo inteiro.
"Todos os dias fico surpreendida com o número de fãs que o Clube tem. É fantástico. Sentimos o apoio dos adeptos em todos os jogos"
Como se carateriza como guarda-redes?
Diria que tento ser aquela guarda-redes que faz defesas muito difíceis a voar para a bola. A minha ação favorita é mergulhar e lançar-me no ar. Aliás, é algo pelo qual eu sou um pouco conhecida. Na escola chamavam-me de ninja, porque eu saltava como uma maluca. Tenho muita confiança, mas sem me mostrar extremamente confiante. É mais uma coisa pessoal. Sou muito positiva quando falo com a minha equipa e com a minha defesa. Tento sempre motivar as minhas colegas em qualquer altura. Essas são, para mim, as minhas maiores qualidades.
Como reage aos momentos de maior pressão durante os jogos?
Acabo por me motivar. Sinto a pressão durante os jogos, mas transformo esse stress num stress positivo. Fico com esse sentimento e fico motivada. Nos momentos de maior pressão tento ficar calma, mas sempre mantendo a confiança nas minhas capacidades como guarda-redes.
Existe alguma superstição quando entra em campo?
Acho que não [risos]. Apenas gosto de ter as minhas chuteiras mesmo apertadas. É a única coisa. Às vezes fico irritada se não tenho as chuteiras muito bem apertadas.
Que guarda-redes tem como ídolo?
Não tenho ninguém em especial neste momento, mas, quando era nova, adorava ver o Guillermo Ochoa [guarda-redes mexicano]. Ele fazia defesas impossíveis. Em lances em que era quase certo que a bola ia entrar, ele saltava tão alto que nem parecia humano.
Texto: José Pedro Verças
Fotos: Cátia Luís e João Paulo Trindade / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024