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Clube
Em entrevista publicada no jornal O Benfica, o novo diretor das Relações Internacionais do Clube aborda o regresso à Luz e fala das funções e do trabalho iniciado no dia 1 de junho.
17 junho 2021, 14h56
Simão Sabrosa de regresso ao Estádio da Luz
Na edição desta semana do jornal O Benfica, Simão Sabrosa – convidado do programa "Protagonista", da BTV – partilha as emoções vividas e sentidas no regresso ao emblema pelo qual conquistou um Campeonato (2004/05), uma Taça de Portugal (2003/04) e uma Supertaça (2005/06) e aborda o seu novo papel e as características da missão iniciada no dia 1 de junho...
"Estou muito orgulhoso por estar aqui no Benfica. Comecei no dia 1 de junho, e, de facto, foram sensações incríveis. Poder, logo no primeiro dia, olhar para o relvado de cima, quando, normalmente, estava em baixo e olhava para cima. Passados muitos anos regresso ao Benfica, numas funções totalmente diferentes daquelas que fazia no passado. Estou muito orgulhoso. Ao mesmo tempo, é um desafio muito importante representar o Benfica ao mais alto nível. Sinto-me preparado para este novo desafio e para esta nova função."
"Vou trabalhar com o Bernardo [Faria de Carvalho], nas relações internacionais. Vamos trabalhar no sentido de poder elevar ainda mais o nível do Benfica, a nível internacional. Convenções internacionais, representar o Clube internacionalmente, que é muito importante, e o Benfica está a fazer da melhor forma. Mas, sendo eu alguém que jogou no Clube durante seis anos, que jogou em Espanha, na Turquia, vou tentar criar elos para que o Benfica possa também chegar a esses países. Através de Academias, de escolas de formação, em que possamos fazer essa ligação. E depois também, algo que já estava a ser feito pelo Luisão, anteriormente através do Rui Costa, criar o 'Benfica Legends', trazer as verdadeiras figuras que ajudaram o Benfica a crescer e a chegar ao nível em que está hoje. São referências do Clube. Levá-los à formação para que os jovens tenham noção de quem são essas referências, a importância que tiveram no Clube, as dificuldades que passaram, e, ao mesmo tempo, ajudá-los também a ter um conhecimento maior do que é a grandeza do Benfica. Nós falamos de valores, todos nós sabemos o que significa, o que a palavra significa, mas é preciso que alguém os transmita. Eu próprio aprendi muito aqui no Benfica. O que é realmente o Benfica, o que representa. E é preciso passar isso para esses jovens. Acho que é muito importante ser eu a transmitir. Eu, que fui campeão e capitão deste grande clube, poder passar toda a minha vivência. Posso dizer que aprendi mais nas derrotas do que nas vitórias. Todos os jogadores que passaram durante esses seis anos, que estiveram nesses plantéis, ajudaram imenso o Clube a crescer. De facto, há aqui mais jogadores que precisam de estar mais perto do Clube, porque são referências e essas ligações têm de ser feitas."
"Será o principal. Quando nós falamos com crianças, ou até mesmo adultos, a primeira pergunta que fazem é o que eu sentia enquanto era jogador. Quais eram as situações que eu tinha de resolver enquanto capitão. Hoje em dia sabemos que, ao nível da liderança, o mais importante é saber ouvir. Quando era capitão, não estava obrigado, era natural, tinha de ouvir os meus companheiros para tentar resolver situações, e enquadrá-los da melhor maneira para chegar ao sucesso. Para saber liderar temos de saber ouvir. Pensar primeiro no grupo. Quem souber liderar estará mais perto do sucesso. Eu acabei por viver isso no Benfica, a nível internacional, com grandes jogos, o Benfica no mais alto nível. Para mim, é fácil descrever esses momentos, para poder partilhar com as pessoas o que se vive enquanto profissional de futebol."
"Nesse campo, o Clube tem trabalhado muito bem. Anteriormente esteve cá o Nuno Gomes, depois foi o Luisão, que agora está na equipa principal. O Benfica acaba também por ter essas referências, como o Rui Costa, no futebol. De facto, faz todo o sentido ter jogadores que foram importantes para o Clube, e que sintam que possam ser uma mais-valia. Sinto-me preparado para este cargo, para poder passar tudo o que eu vivi. Desde que deixei de jogar, estive a aprender, não por obrigação, mas por ser uma necessidade tremenda aprender em várias áreas. Aceitei esta oportunidade de coração."
"Acharam que eu era capaz de exercer esta função. Enquanto jogador de futebol a nossa missão é ser cada dia melhor, no campo, fisicamente e mentalmente, não temos tempo para tirar um curso ou estudar. Antes, não estudava para jogar futebol, e agora tenho de estudar para estar no futebol. Comecei em janeiro o curso UEFA B, que tem sido fantástico pela partilha com grupo de treinadores que está a tirar o curso. Se nós entrarmos para um projeto com o objetivo de aprender, nós aprendemos sempre. Entrei nesse sentido, pelo conhecimento, para estar melhor preparado, até porque todos os anos há mudanças no futebol, há termos que mudaram completamente desde o tempo em que eu jogava. Por isso acho que faz todo o sentido nós queremos aprender para depois, quando falamos de futebol, conseguirmos ter o melhor vocabulário."
"Não é nada bom estarmos parados. Estava em vários projetos, como das minhas escolas de futebol, como comentador, acima de tudo é muito importante nós aprendermos. Tirei um curso, juntamente com o Luisão, de marketing e gestão desportiva. Tal como os computadores e os telemóveis, temos de estar sempre em atualização, para acompanhar o dia a dia."
"Anteriormente não ligávamos nada aos contactos, essa é a realidade. Só há uns anos é que as pessoas começaram a perceber que os contactos são o mais importante que podemos ter. Enquanto jogadores estávamos habituados a que contactassem connosco para pedir bilhetes ou camisolas, isso fez com que fosse, desde há muitos anos, ficando com os contactos de várias pessoas, vários cargos, que são superimportantes. E agora, mal souberam que eu entrei no Benfica, contactaram-me de imediato. É muito importante, até olhando o Benfica a nível internacional, que já está preparado, e eu estou a aprender agora, juntamente com o Bernardo [Faria de Carvalho]. É muito importante ter esta facilidade de poder contactar e chegar rapidamente, para poder fazer um projeto do Benfica. A área de jogadores, de tudo o que é futebol profissional, é com o Rui Costa, todos nós sabemos, e está muito entregue. A outra área, em que seja preciso a ajuda da internacionalização do Benfica, de um projeto em que o Clube esteja a pensar, desde que eu conheça, é muito fácil chegar até lá."
"Já estamos com alguns projetos, nomeadamente nos Estados Unidos, no Médio Oriente, e até na Europa. Estamos a trabalhar para poder rapidamente, quando nos libertarmos do momento em que atualmente vivemos, viajar e tratar das coisas mais cedo. Projetos como academias, escolas ou implementação de academias nos Estados Unidos. Identificar talento também é muito importante, e isso leva a que esses acordos sejam igualmente importantes. A abertura de academias, ou de escolas de futebol internacionais, é fundamental para identificar novos talentos. Até porque quem está à frente são coordenadores do Benfica, que irão estar diariamente nesses locais para poderem identificar os jogadores mais talentosos, retê-los e depois, na altura certa, trazê-los para Portugal. É um bocadinho isto."
"Os meus filhos surpreendem-se quando me perguntam em que campo é que eu jogava e eu respondo que jogava no pelado. Hoje em dia têm uma academia com condições fantásticas, que eu tive a oportunidade de ter iniciado, em 2006, onde até fizemos lá uma pré-época, com o Fernando Santos. Dava a estabilidade de chegar a uma academia que tinha tudo, e onde existia uma envolvência que já não se via há muito tempo. Como na parte da formação, os miúdos a treinarem com alegria. De facto, é um grande êxito e mérito o Benfica ter conseguido o que conseguiu, e não ficou por aí, pois está sempre a fazer mudanças na academia, está sempre a acrescentar relvados, e a melhorar tudo o que é tecnologia. Melhorou imenso."
"Tínhamos uma grande equipa, grandes jogadores e um grande treinador, mas temos de olhar para o momento em que foi. O Benfica vinha de uma grande mudança, em que, muitas vezes, nem tínhamos campos para treinar. Nessa altura já estávamos no Estádio novo, mas passámos por um processo difícil de adaptação, em que o Clube estava a começar a despertar. Esse Campeonato era o que faltava ao Benfica para poder continuar a subir. Mas nós sentimo-nos valorizados, enquanto jogadores, grupo, pois temos a perfeita noção do quão foi difícil essa temporada. Na época passada já tínhamos conquistado a Taça de Portugal, num ano muito difícil, frente a um grande FC Porto, campeão europeu. O Benfica quando se habitua a ganhar é bem mais difícil do que quando não ganha, é o Benfica."
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 22 de março de 2024