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Futebol
Treinador do Benfica lançou o desafio com o Marítimo, da 25.ª jornada da Liga NOS.
03 abril 2021, 15h47
Jorge Jesus
No Benfica Campus, o técnico revelou o que espera dos insulares; fez uma ligação direta entre a felicidade da equipa e os últimos resultados; e explicou a aposta nos cinco jovens que diariamente trabalham com a equipa principal.
Nem sempre tem o tempo que gostaria para trabalhar com a equipa. Até que ponto é que esta pausa, relativa aos compromissos internacionais, foi benéfica? Que trabalho é necessário fazer, tendo em conta que a equipa do Marítimo ocupa uma posição complicada na classificação?
Este interregno das seleções foi igual para todos, após o jogo realizado em Braga era bom termos continuado o Campeonato. A equipa vem de bons jogos nas últimas jornadas. Tivemos alguns atletas nas seleções e acabámos por ter duas semanas onde trabalhámos com maior intensidade, melhorámos algumas ideias e penso que foi um tempo bem preenchido. Aproveitámos com qualidade o nosso treino diário e agora vamos ver e sentir na segunda-feira, no jogo com o Marítimo, tudo aquilo que tentámos passar aos jogadores para que a equipa tenha um bom desempenho.
O Marítimo é um clube histórico do nosso Campeonato. Atualmente está numa classificação que não condiz com o seu valor. Tanto é que eliminou o Sporting na Taça de Portugal e conseguiu vencer no Estádio do Dragão. Vamos encontrar um Marítimo diferente daquele que jogou, na última jornada, com o Famalicão. Não tiveram um resultado positivo e de certeza que o seu treinador irá mudar o sistema tático da equipa. Preparámo-nos para um Marítimo a jogar num 5x4x1 sem bola, ou seja, com quase todos os jogadores a defender atrás da linha da bola, e tenho quase a certeza que é isso que vai acontecer.
Relativamente a esta equipa do Marítimo… eliminou o Sporting na Taça de Portugal, venceu o FC Porto, criou dificuldades ao Benfica na primeira volta. Que Marítimo espera e se será difícil de o receber tendo em conta estes ingredientes?
Para estas equipas, quando jogam contra as equipas chamadas grandes – Benfica, Sporting, FC Porto, SC Braga… –, qualquer ponto é importante e estão tranquilas do ponto de vista emocional. O Marítimo vai estar liberto da obrigação de ter de ganhar os três pontos, vai à procura de pontuar, vai jogar num 5x4x1, com grande parte dos jogadores atrás da linha da bola. Estamos preparados para isso, a maior parte dos nossos jogos no Estádio da Luz é frente a equipas com esse sistema, não é nada que nos possa surpreender. Cada jogo tem uma história, mas preparámo-nos para um adversário que nos vai tentar surpreender numa bola parada ou no contragolpe. Temos de perceber isto e equilibrar nos momentos em que temos bola e nos momentos em que não temos.
Tem sentido a equipa mais feliz e mais confiante com o regresso à normalidade? Isso torna mais improvável que o Benfica seja irregular como já foi nesta época?
Os resultados são a prova disso. Já explicámos por que é que a equipa era irregular e por que razão agora não o é, não sofre golos, ganha, demonstra estar a subir de forma, com os jogadores a melhorarem individualmente. O jogador sente isso, sabe quando está no patamar elevado das suas competências e quando não está. Com a equipa é igual. É natural que a equipa esteja mais feliz, porque os resultados estão a justificar essa felicidade. Temos vindo a recuperar na pontuação, mas estamos longe do que queríamos. Trabalhamos com mais intensidade e tempo, e os processos são compensados nos jogos e nos resultados.
O facto de Rodrigo Pinho, goleador do Marítimo, não estar disponível facilita a vida ao Benfica de alguma forma?
É subjetivo. O Marítimo ocupa atualmente esta posição [último em igualdade pontual com Nacional e Boavista] e o Rodrigo Pinho esteve na maioria dos jogos, portanto, é subjetivo responder a esta questão. Só o treinador do Marítimo poderá responder a esta pergunta com mais certezas do que eu.
Considerando que a entrada direta na fase de grupos da Liga dos Campeões poderá ter um efeito prático da formação do plantel, como está a preparar a próxima época?
Neste momento estou preocupado com a época atual. Ainda há objetivos a conquistar. Estamos numa fase crucial do Campeonato em função do lugar que o Benfica ocupa. Temos de ir à procura de recuperar os primeiros lugares.
O Gonçalo Ramos, nos últimos dois jogos da equipa B, tem jogado numa posição mais ofensiva do meio-campo. É um pedido seu? Considera que teria mais oportunidades de disputar um lugar na equipa principal ao jogar nessa posição?
Todos os jogadores que subiram da equipa B à principal, João Ferreira, Morato, Tiago Araújo e Gonçalo Ramos, estão diretamente a trabalhar comigo e vão jogar à equipa B. Não é só o Gonçalo Ramos. Todos trabalham connosco durante a semana, e nós, em sintonia com o treinador da equipa B, o Nélson Veríssimo, "deixamos" que tenham competição. O Gonçalo Ramos chegou de jogar 27 minutos na Seleção [de Sub-21], foi diretamente para a Póvoa e jogou com o Varzim. Em relação ao posicionamento de ter dois avançados, com o Henrique Araújo – que também tem trabalhado connosco – e o Gonçalo Ramos como segundo avançado, é o treinador da equipa B que toma a decisão no jogo. Tendo em conta as características dos dois, o Gonçalo [Ramos] é mais um segundo avançado e o Henrique [Araújo] é mais posicional, mais ponta de lança de área. O Gonçalo Ramos pode ser as duas coisas. No futuro, até pode ser mais um avançado de área do que um segundo avançado.
Tomás Araújo e Henrique Araújo têm treinado mais vezes com a equipa principal. Poderão ter minutos, nesta época, na equipa principal?
O Tomás [Araújo] não tem treinado tantas vezes connosco como, por exemplo, o Morato. O Tomás tem vindo a trabalhar em situações de recurso, contudo, ele tem muita qualidade, é um miúdo, tecnicamente, muito evoluído para a posição [defesa-central]. O tempo faz com que os jogadores sejam diferenciados, tirando algumas exceções. No Flamengo coloquei um miúdo de 17 anos a jogar a titular e, hoje, já não está no Real Madrid, mas está no Borússia Dortmund. Os treinadores gostam de ter miúdos em que a idade não conta. São diferentes e há outros jogadores que têm de levar mais tempo de trabalho para os formar.
O Henrique ainda tem idade de júnior. Tem vindo a aproveitar bem a possibilidade de o Gonçalo trabalhar diretamente com a equipa principal e ele trabalhar diretamente com a equipa B. Na ausência do Gonçalo, ele é o goleador da equipa e mostra que é um jogador a ter em conta. Já dizem que ele tem um pouco o estilo do Pauleta, e há coisas que ele tem parecidas com ele.
Destes jogadores que têm trabalhado mais com a equipa, quais é que sente que têm mais potencial para se afirmarem no Benfica?
Ao escolhermos cinco jogadores para trabalharem connosco, já estamos a prepará-los para o futuro no Benfica. Claro que há uns com mais possibilidades do que outros, mas há momentos nas épocas em que aparecem oportunidades que não esperamos e temos de lançar esses mesmos jogadores. Falando dos centrais, o Benfica tem quatro centrais, dois deles internacionais, um pela Bélgica [Vertonghen], outro pela Argentina [Otamendi]. São lugares em que temos qualidade e quantidade, e depois há jogadores que podem aparecer. Todos terão a sua oportunidade. Quando fazemos a transição da equipa mais jovem para a principal é preciso saber esperar, mas sabemos que há muitos interesses.
Odysseas deu uma entrevista nesta semana a dizer que quer sair do Benfica. Como reage a estas declarações? Ainda conta com o jogador?
Claro que conto com o jogador. Os jogadores têm duas escolhas: a carreira individual e a carreira coletiva. Todos os jogadores olham para a carreira com estes dois princípios. O Odysseas deu uma opinião sobre a carreira individual e como projeta o futuro. É uma opinião dele, não foi o momento certo, porque, quando estão nas seleções, têm de falar das seleções e não dos clubes. Ficámos a saber a ideia dele.
Tendo em conta as declarações, Odysseas terá algum castigo? Explicou-lhe, na altura em que fez a mudança na baliza, o porquê da preferência por Helton Leite?
Castigo, não. Teve uma opinião. Já expliquei a forma como os jogadores pensam. Uns pensam mais coletivamente e outros pensam mais neles próprios. Todos os jogadores têm estas duas formas de pensar. Da minha parte, não tenho castigo nenhum para lhe dar. Se estivesse a jogar, tirá-lo da equipa era o castigo. Se ele tem esta opinião é por não estar a jogar. O porquê? É igual para todos. Eu não digo a nenhum jogador a razão para jogar, nem autorizo que nenhum jogador me pergunte o porquê de não jogar. São as minhas decisões. Eu é que sou o treinador.
Texto: Diogo Nascimento e Marco Rebelo
Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica
Última atualização: 22 de março de 2024