O regresso do capitão no ataque à Taça Hugo dos Santos

Em declarações à BTV, Tomás Barroso falou do longo processo de recuperação da lesão que o afastou das quadras de basquetebol nos últimos 14 meses.

No domingo passado (31 de janeiro), o capitão do SL Benfica voltou à competição e já olha para a participação da equipa na Taça Hugo dos Santos neste fim de semana, no Multiusos de Sines.

RETORNO EM GUIMARÃES

"Foi muito bom. Não existem outras palavras. Estava com muita vontade de voltar, estar dentro de campo, vestir esta camisola, estar com os meus colegas. Foram 14 meses muito longos, de avanços e recuos. Sei que ainda não foi tudo ultrapassado, isto é feito de pequenas vitórias todos os dias e sei que será vivido no dia a dia. No domingo alcancei uma pequena grande vitória, hoje no treino alcançarei outra e assim sucessivamente."

TRIUNFO IMPORTANTE EM DIA ESPECIAL

"A partir do momento em que entrei no pavilhão tudo foi esquecido. Tinha mesmo muita vontade de voltar aos jogos, de partilhar o campo com os meus colegas e isso sobrepôs-se a qualquer receio, a todos os medos, a todos os fantasmas que podiam pairar sobre mim e a verdade é que me correu tudo bem. Ainda por cima num pavilhão onde sentimos sempre grandes dificuldades."

ULTRAPASSAR BARREIRAS

"Infelizmente já tenho algum tipo de experiência em lesões destas. Foi a terceira vez que fiz uma rotura do ligamento cruzado anterior e é uma lesão traumática a nível psicológico. Para além da dor, para além do trabalho que tem de ser feito diariamente, temos de ultrapassar esta lesão mentalmente porque existem várias maneiras de nos lesionarmos. Esse foi um trabalho que foi feito com o departamento de psicologia, também com o meu fisioterapeuta e com o fisiologista para que eu tivesse confiança ao voltar ao campo e nem sequer pense no que de mal pode acontecer, mas sim no que posso fazer para ajudar a minha equipa a ganhar."

OLHOS NA MEIA-FINAL DA TAÇA HUGO DOS SANTOS

"Um contexto um pouco diferente, uma competição diferente. A Taça Hugo dos Santos é um objetivo da nossa equipa. Aliás, os minutos que acabei por fazer frente ao Vitória vêm com esse objetivo, que é de estar o mais bem preparado possível para ajudar a equipa neste fim de semana. O FC Porto [a defrontar no sábado, dia 6, às 17h30, no Multiusos de Sines] é um adversário complicado, um rival do nosso Clube, mas tenho a certeza que temos todas as condições para vencer e poder disputar a final."

COM OU SEM PÚBLICO: GANHAR!

"No nosso grupo e no nosso Clube, penso que isso [ausência de público nos pavilhões] foi ultrapassado tendo a consciência do que representamos e quem representamos. Estamos num clube onde é obrigatório fazer de tudo para ganhar, então, seja nestas circunstâncias ou noutras, temos de entrar em campo e dar sempre o máximo, mesmo num mau dia."

DESPORTO EM CONTEXTO DE PANDEMIA

"Num momento mais inicial senti alguma apatia, e não de uma forma pejorativa, era o normal. Muitas vezes parece que estamos em treino e não em jogo. Entrar com um pavilhão vazio é algo que não nos é normal e é claro que isso afeta as equipas num momento inicial da época. Agora, penso que as coisas já estão um pouco mais normalizadas, já nos habituámos muito bem ao que é a situação pandémica e jogar nestas circunstâncias."