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Futebol
O treinador voltou a reconhecer e a elogiar a capacidade de o Benfica lutar até ao fim.
07 dezembro 2020, 00h02
Jorge Jesus
Apesar da conquista dos três pontos, o treinador lamentou o desperdício de oportunidades clamorosas nos primeiros 30 minutos do desafio; elogiou os comandados por Pepa pela exibição; explicou as titularidades de Weigl e Taarabt; e deixou sugestões de melhorias no VAR e no próprio espetáculo que é o futebol dentro das quatro linhas.
"Esta é daquelas vitórias arrancadas a ferros. Mais uma vez, como em tantos jogos que já fizemos, voltámos a transformar um resultado de desvantagem para vantagem nossa. Na primeira parte podíamos ter decidido o jogo. Na primeira meia hora, a equipa teve muitas oportunidades de golo dentro da área, algumas só com o guarda-redes na frente, normalmente a equipa é mais eficaz nessas decisões. O Paços de Ferreira teve um ressalto de bola, fez um golo que, na minha opinião, tinha de ser invalidado, porque o jogador do Paços tira a visão ao Odysseas. Já vi várias vezes o lance e é uma bola que tinha de ser invalidada."
"Foi uma vitória difícil. Não só pela marcha do marcador, mas também porque o nosso opositor discutiu o jogo, criou-nos imensas dificuldades. Notou-se alguma falta de mobilidade e velocidade no Benfica, mas isso tem uma justificação… Se repararem nas equipas que jogaram hoje [domingo] e que estiveram nas competições europeias, poucas ganharam. O nosso adversário teve mérito porque nos obrigou a correr mais. Não somos uma equipa habituada a ter de jogar tanto para trás, é mais para a frente. O Paços de Ferreira começou a dividir o jogo e teve mais uma oportunidade [na primeira parte] para além do golo. Ganhámos o jogo porque acreditámos. Já não é a primeira vez. Temos crença, alma e confiança no que fazemos. Voltámos a virar um resultado, com um bom passe do Gabriel e uma boa execução do Luca [Waldschmidt]. O Gabriel falha muitos passes porque arrisca. Meti-o porque sabia que ia precisar dele. Fomos justos vencedores porque acreditámos até ao fim."
"Quando jogamos de três em três dias, no terceiro dia os jogadores estão cansados. Como é que se combate isto? Tem de ser com recuperações ativas, fisiológicas, funcionais para ajudar os jogadores. Depois, é preciso ter um plantel para ir mudando. Estive para colocar três a quatro jogadores novos, mas achei que só os dois do corredor central permitiam-me dar segurança nessa zona. No jogo, mudei porque senti que o Julian [Weigl] e o Adel [Taarabt] não estavam com andamento nem para trás nem para a frente para dar essa segurança à equipa. Fui mudando e, mais uma vez, ajudei a equipa a ter outras soluções. Também tenho essa vantagem de poder mudar e não se notar na qualidade."
"Esta equipa do Paços de Ferreira, no 4x3x3, não só tendo mais vantagens ali, seguramente que estava mais fresca. Tinha de meter de início dois jogadores que não tivessem jogado na quinta-feira [frente ao Lech Poznan], e os dois jogadores que, à partida, me davam mais confiança e mais hipóteses de o jogo não fugir do que é normal eram o Weigl e o Taarabt. O Taarabt esteve bem até aos 60 minutos, e o Weigl é aquele jogador que todos sabem, é um bom jogador com bola, mas, neste final de jogo, interessava-me ter um jogador que jogasse à frente dos avançados e pudesse cobrir esse posicionamento."
"Há muita coisa ainda para crescer. É uma época um pouco atípica para todas as equipas, jogos muito seguidos devido à pandemia, jogadores muito tempo fora das equipas… Acredito que todas as equipas vão crescer, aquelas que têm mais jogadores nas seleções… As equipas mais pequenas não têm esse problema porque estão todos juntos de semana a semana e conseguem concretizar mais facilmente as suas ideias. O Benfica tem estado dentro de um patamar que considero bom em termos ofensivos. Está uma equipa muito crente, com confiança, que até ao último segundo acredita sempre que pode ganhar. Não foi só hoje… Se fizermos uma retrospetiva, são três ou quatro jogos em que já virámos o resultado, isto é um sinal positivo. O outro sinal é que hoje sentimos que tivemos jogadores que estiveram completamente fora, o Everton, o Darwin e mesmo o próprio Rafa, sendo um jogador que acelerou o jogo algumas vezes, falhou muitos passes que normalmente não falha, fruto das decisões não serem tão eficazes porque o seu raciocínio não é tão rápido como numa situação normal. Mas tivemos outros jogadores a voltar a fazer grandes jogos, como é o caso do Gilberto, que fez três assistências de golo para a equipa. Já no último jogo deu uma boa indicação, hoje voltou a dar mais uma boa indicação e, para mim, hoje foi o melhor jogador do Benfica. As vitórias ajudam-nos a crescer e a moralizar, independentemente de serem mais difíceis ou não."
"Em relação ao Grimaldo… ele quando foi para o aquecimento já ia com sinais. Estive até à última para decidir se o punha ou não a jogar. Ele disse-nos, no aquecimento, que não estava bem e mudámos para jogar o Nuno [Tavares]."
"Também estivemos um bocado nervosos, alguns jogadores como o Nuno Tavares, que estava muito nervoso... foi complicado o jogo dele. Mas, de qualquer forma, estamos a criar uma mentalidade de lutar contra as dificuldades do jogo, e este jogo trouxe-nos grandes dificuldades e a equipa soube reagir, não perdeu a cabeça… Um ou outro jogador perdeu a cabeça taticamente a querer fazer golo de qualquer maneira e a descompensar a equipa, mas eu, do lado de fora, ia organizando, falando e acabou por ser uma vitória saborosa."
"Os árbitros são importantes na evolução do futebol em Portugal. Disse-lhe [ao árbitro Rui Costa] que não esteve mal nem tecnicamente, nem disciplinarmente. Comandou o jogo sempre bem, mas tem de ajudar o espetáculo e a qualidade do futebol português. E quando digo não é porque errou num lance ou noutro, mas é deixar o jogo rolar, proibir jogadas que não tenham nada a ver com o jogo, que não foi o que aconteceu hoje… Os guarda-redes tiram vinte minutos ao jogo, os jogadores mandam-se para o chão constantemente para que haja falta, e depois, na falta, os jogadores não deixam que o jogo saia rápido e metem-se em frente à bola, o que é proibido pela lei. Ele [o árbitro] consentiu isto constantemente, portanto é esta forma de olhar para o jogo… Têm de ter reciclagens e explicar-lhes que, para além das leis de jogo, eles têm obrigações, como os treinadores e jogadores, de serem melhores para o espetáculo."
"Começando por falar do lance de hoje com o guarda-redes [golo do Paços de Ferreira]… O que já vi pelas imagens é que o jogador do Paços [Diaby] está mesmo na direção do Odysseas e tem interferência na visão de bola, e essa é uma situação que a lei não permite. Mas isso não quer dizer que o Benfica esteja a ser prejudicado, porque a mim interessa-me muito mais valorizar o jogo e os árbitros do que estar a dar opiniões se foi penálti ou não foi. Ainda no jogo na Madeira houve uma grande penalidade [sobre Everton] e nem falei dela. Quanto ao VAR, não sei ainda se vai continuar a haver aquelas reuniões em Nyon onde ia todos os anos e onde eles ouvem muito os treinadores. Na minha opinião, o VAR tem de mudar. Eu sou a favor, mas as decisões do VAR só têm justificação analisando as três jogadas antes da situação. Quando nós fizermos isso, o VAR vai ser muito importante. Não é um jogador fazer uma falta à entrada da área, já passou um minuto, depois essa equipa faz golo e o VAR analisa a jogada anterior e diz que vai anular o golo. Para isso o VAR não interessa nada, zero. Porque se formos analisar jogadas que tocam com o dedo, que tocam com a unha… então não há futebol, é mesmo melhor acabar com o futebol e com o VAR. E mais… há uma lei no futebol que diz que pode haver contacto com o jogador. O futebol não é basquetebol, aí, sim, é que não pode haver contacto entre os jogadores que disputam a bola. No futebol pode haver contacto, é a lei do futebol e o que está aqui em causa é que o VAR não sabe o que é contacto, é já uma questão técnica. Enquanto isto estiver entregue a pessoas que pensam o futebol, mas de futebol não entendem nada, vamos andar aqui todos confusos. No dia em que começaram a dar novamente a voz aos treinadores em Nyon, de certeza que todos os treinadores vão pôr esta proposta na mesa e vai acabar o VAR que analisa dois, três minutos antes de qualquer jogada em que possa acontecer finalização."
"O que vai na minha cabeça é a vitória de hoje. Trabalhamos para ganharmos os nossos jogos. Os resultados dos nossos rivais estão dependentes da competitividade do Campeonato, como as nossas. Já estivemos em primeiro, mas nem sei em que posição estamos. Agora não olho para a classificação. No último terço do Campeonato vou olhar. Agora não. O que me importa é que a equipa ganhe todos os jogos. Jogamos a pensar no que temos de fazer e a crescer com qualidade. Não pensamos nos adversários."
Texto: Márcia Dores e Marco Rebelo
Fotos: Tânia Paulo e João Paulo Trindade / SL Benfica
Última atualização: 6 de fevereiro de 2025