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Futsal
Benfica levou a melhor sobre o Interviú, num jogo que bateu o recorde de assistência em Portugal.
25 abril 2020, 02h08
Equipa do SL Benfica, a primeira portuguesa a vencer a UEFA Futsal Cup
Tinha ficado um sabor amargo em 2004 quando o Sport Lisboa e Benfica discutiu a final da competição pela primeira vez frente ao Interviú. Decidido a duas mãos, o título acabou por cair para a equipa espanhola, apesar da enorme réplica dada pelas águias no jogo da segunda mão na Luz.
André Lima, nessa altura na pele de jogador, fez sonhar que era possível dar a volta à desvantagem de 4-1, registada em Madrid, mas o troféu foi mesmo para terras espanholas. O triunfo encarnado por 4-3 foi insuficiente, mas ficou bem assente a ideia de que era alcançável esse sonho.
25 de abril de 2010. Havia nova hipótese de fazer finalmente história na modalidade. Após eliminar os italianos do Luparense nas meias-finais (8-4), o Benfica encarava outra vez o Interviú, campeão em título, vencedor do troféu por três ocasiões e que contava com um plantel recheado de grandes nomes.
Na ocasião, o denominado Pavilhão Atlântico registou o recorde de assistência num jogo de futsal em Portugal: 9400 espectadores. A chegada da equipa ao recinto foi acompanhada por vários adeptos, como relata aos meios de comunicação do SL Benfica Davi, a grande figura dessa final histórica. Afinal foi do seu pé esquerdo que saiu o pontapé que deu a glória encarnada.
"Os adeptos estão presentes aonde o Benfica vai. Foram mais um jogador para a nossa equipa. Nas ruas, junto ao pavilhão, várias pessoas incentivaram-nos com as bandeiras do Benfica e de Portugal. Fico emocionado ao falar nisso, é algo marcante, que não vai sair da minha memória. Os adeptos do Benfica foram fundamentais, assim como várias pessoas de outros clubes que estiveram presentes nessa final", enaltece Davi desde o Brasil, agora que passam 10 anos desse momento.
Uns dias antes do jogo decisivo em Lisboa, o presidente da secção, Armindo Cordeiro, pedira, num jantar na Mealhada, para conquistarem a única taça que lhe faltava desde que apostou em levar o projeto do futsal para o Sport Lisboa e Benfica. O dia chegou e todos entraram imbuídos de um espírito de conquista, contando com um suporte tremendo vindo das bancadas.
Ben-fi-ca! Ben-fi-ca! Ben-fi-ca! Ben-fi-ca! Ben-fi-ca! As sílabas entoavam bem alto nos primeiros segundos de um duelo absolutamente memorável. A cada jogada, corte, remate ou mesmo defesa, a energia em torno da equipa era contagiante. E nem o golo dos espanhóis, apontado por Marquinho contra a corrente da partida, esmoreceu quem jogava e muito menos quem apoiava desde o apito inicial.
A justiça do empate chegava num trabalho de laboratório. Ricardinho assumiu a marcação de um livre, estudou o posicionamento dos adversários, fez um sinal através do olhar para Joel Queirós e avançou para colocar de forma perfeita no remate certeiro do camisola n.º 25. Era a primeira explosão de alegria!
A viragem no resultado chegava no decorrer da segunda parte. Após um pontapé de canto cobrado por Ricardinho, César Paulo recebeu e deu de calcanhar para Arnaldo Pereira, que, vindo de trás, rematou ao ângulo superior direito da baliza defendida por Amado. A reviravolta estava consumada, mas a história desta final não terminava aí…
O Interviú foi à procura da igualdade e aproveitou uma descompensação no lado direito da defesa. Torras apareceu sem oposição e assistiu Betão, que, de calcanhar, levou o desafio para prolongamento, uma situação injusta como disse André Lima, desta feita no papel de treinador, após a conquista. "Era justo que o jogo não tivesse ido para prolongamento, mas os campeões têm sorte e a estrela não queria abandonar o Interviú, mas nós forçámos, forçámos e a estrela abandonou os ex-campeões e voltou-se para os novos campeões", afirmou na conferência de Imprensa da altura.
O tempo extra começou e o pontapé certeiro de Davi chegou a 2m10 do final da primeira parte. O guarda-redes do Interviú repôs mal a bola em jogo, Davi antecipou-se ainda no meio-campo benfiquista, progrediu a toda a velocidade e disparou ainda bem longe para o fundo das redes de Amado. Os festejos? Davi recorda que "não deu para festejar muito".
"Ainda faltava muito tempo para acabar o jogo, havia tensão, ansiedade, estávamos a jogar diante de uma das melhores equipas do mundo…", conta, revelando que tinha observado uns vídeos do Interviú que o ajudaram a ser feliz naquele momento: "No dia anterior, procurei descansar ao máximo e pensar em todos os atletas da equipa adversária, nos seus pontos fracos e fortes. Fui muito feliz na hora da antecipação para fazer o golo."
A bola voltava a rolar… Um minuto depois César Paulo ficava muito perto de sentenciar a partida, ao ver o seu remate ir à malha lateral. Veio depois o festival de Ricardinho, que viu Amado negar-lhe o golo, seguindo-se a trave, após um chapéu fantástico ao gigante guardião espanhol. Merecia golo… A pressão benfiquista em campo era enorme e nas bancadas era ainda mais incrível.
A formação espanhola mudava a estratégia para a segunda parte do prolongamento, apostando no cinco para quatro. Mas nem assim, arriscando tudo, conseguia criar verdadeiro perigo, os jogadores do Benfica protegiam a sua baliza como ninguém, numa entrega inexcedível de todos. O Interviú só ameaçou verdadeiramente com menos de um minuto para jogar, com Bebé a defender um remate para canto.
Os últimos segundos passaram e a equipa de futsal do SL Benfica entrava mesmo para a história, ao conquistar o tão ambicionado troféu pela primeira vez. Foi também marcante para a modalidade, uma vez que foi a estreia de um clube português na lista dos vencedores da competição europeia.
Davi [o número 11, na foto] entrava também ele para um lote muito restrito de jogadores. Ganhava a segunda UEFA Futsal Cup da sua carreira – tinha vencido pelo Action 21 Charleroi em 2005 – e era eleito o Man Of The Match. "Foi muito surpreendente, foi um jogo que estava recheado de craques, tanto do nosso lado como do deles. Agradeci aos meus companheiros, eu sozinho não conseguiria ganhar esse prémio", destaca.
Depois de entrar para a história do futsal belga, Davi não tem palavras para o que viveu de águia ao peito. "A atmosfera foi espetacular. Os adeptos são demais, a mística é algo inexplicável, marcou-me muito, o meu filho viu a conquista e a importância da competição. Foi sensacional", relembra.
E sensacional foi também o que se viveu em plena tribuna, onde o Presidente do SL Benfica, Luís Filipe Vieira, congratulou os campeões europeus. "O Benfica fez uma grande aposta e não nos arrependemos da decisão que tomámos. Foi o coroar de um sonho muito grande de todos nós. Ficámos todos muito felizes", afirmou após o feito inédito.
A festa seguiu da tribuna para o recinto onde tudo aconteceu, com uma imensidão de fotógrafos a fazerem o registo que ficou para a história da secção. A própria imprensa espanhola, como foi o caso do conceituadíssimo jornal "Marca", escreveu que os encarnados foram melhores. Faz hoje 10 anos…
FINAL | UEFA FUTSAL CUP |
---|---|
Local | Pavilhão Atlântico, em Lisboa |
Data | 25 de abril de 2010 |
Árbitros | Edi Sunjic (Croácia) e Karel Henych (Rep. Checa) |
CINCO DO INTERVIÚ | Luis Amado, Torras, Schumacher, Gabriel e Betão |
Suplentes utilizados | Marquinho, Neto, Borja, Daniel, Ortiz e Juanra |
Treinador | Jesús Candelas |
Golos | Marquinho (7') e Betão (24') |
CINCO DO BENFICA | Bebé, Davi, Arnaldo, Ricardinho e Joel Queirós |
Suplentes utilizados | Pedro Costa, César Paulo e Gonçalo Alves |
Treinador | André Lima |
Golos | Joel Queirós (12'), Arnaldo (22') e Davi (43') |
Ao intervalo | 1-1 |
Fotos: SL Benfica / Arquivo
Última atualização: 21 de março de 2024