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Futebol
É uma autêntica "Fábrica de Talentos", de onde saem jogadores, homens, cidadãos e sempre sob a batuta de um trabalho de excelência, pormenorizado e apaixonado, assente no lema formar a ganhar. O sucesso dá mesmo muito trabalho...
13 abril 2020, 18h36
O Benfica Campus é uma referência mundial
Pedro Marques, diretor técnico do futebol de formação do Benfica, participou num webinar da Hudl e revelou o segredo.
Numa iniciativa que contou com a participação de elementos técnicos de clubes de todo o mundo, o diretor técnico do futebol de formação do Benfica foi um dos convidados de referência, tendo abordado várias temáticas, isto numa sessão que contou com a assistência (virtual) de cerca de 350 pessoas e que teve a duração de uma hora e meia.
Na altura, o Site Oficial do Clube fez-lhe um resumo da participação de Pedro Marques, agora, e partindo de uma matéria assinada pelo site Training Ground Guru, vamos ainda mais longe...
No texto colocado online nesta segunda-feira, dia 13 de abril, é elogiada a gestão do Clube, destacando os muitos milhões de euros ganhos com a estratégia implementada, e é ainda eleito um onze, pronto a entrar em campo e a dar cartas, composto com jogadores formados no Benfica Campus nos últimos anos.
Num 4x3x3, Ederson (Manchester City) na baliza; Nélson Semedo (Barcelona), os centrais do Benfica Rúben Dias e Ferro e João Cancelo (City) na defesa; no meio-campo Renato Sanches (Lille), Florentino (Benfica) e André Gomes (Everton); na frente ofensiva Bernardo Silva (Manchester City), João Félix (Atlético Madrid) e Gonçalo Guedes (Valência). Ei-lo!
Temas como o uso da tecnologia na prospeção e formação de jogadores, as medidas e atividades em curso no atual cenário de crise, devido à pandemia de COVID-19, não foram esquecidos na ação promovida pela Hudl, mas o foco principal da abordagem que aqui replicamos são os quatro pilares onde assenta o sucesso desta política de Formação levada a cabo no Benfica Campus. Quais são? Eis as respostas de Pedro Marques...
"O desenvolvimento de talentos começa com o scouting e o recrutamento. Todas as grandes Academias têm bons jogadores, mas esta fase é crucial se se quiser passar de bom a excelente. No scouting há uma aposta em identificar o potencial, mais do que apenas o desempenho. E também olhamos sempre para o futuro do futebol, porque, quando um jogador se junta a nós aos oito, nove anos de idade, dentro de 10 anos estará a jogar na equipa principal."
"Todos os jogadores que contratamos obedecem a um perfil, e nós criamos um plano de desenvolvimento individual para eles. Vemos a nossa academia um pouco como uma escola – uma escola de futebol e de boa gente. Estes planos de desenvolvimento individual operam em curtos ciclos de desenvolvimento, onde a equipa multidisciplinar pode avaliar o jogador e sentar-se com ele depois de ter refletido sobre os seus objetivos e necessidades."
"Tentamos maximizar o apoio disponível no Clube – nutrição, escola, social e por aí fora –, e é aí que sinto que vemos a mais-valia de ter um processo organizado e planos de desenvolvimento individual a longo prazo."
"Parece uma questão de bom senso ter estes planos – no final de contas, os jogadores aprendem e evoluem a um ritmo diferente –, mas aplicá-los no dia a dia requer compromisso da parte do nosso staff e um conhecimento real do que fazemos. Eles precisam de se focar no jogador, não tanto na equipa; serem altruístas e de se colocarem ao serviço do jogador para o ajudarem verdadeiramente na sua evolução. Temos uma app para o staff na qual conceptualizamos o programa e isto ajuda a alinhar pensamentos e cria o conhecimento coletivo necessário para pôr em marcha o que fazemos."
"O terceiro pilar da nossa academia é a competição. Qualquer jogador gosta de disputar jogos. Competir é parte do jogo, e nós temos de gerir a competição para que o jogador receba o nível adequado de estímulo nas diferentes categorias. Isto é fundamental. Vemos a competição como parte do processo de desenvolvimento. A competição e o treino surgem bem ligados para ajudar no desenvolvimento do jogador."
"O jogador não pertence à equipa A ou equipa B; e não pertence ao treinador A ou treinador B. Pertence ao Benfica. O conceito de gestão de talento é fazer chegar o jogador ao nível certo para continuar a evoluir, e isto ocupa grande parte do meu pensamento e do pensamento do staff também. A ideia-chave é usar o nível de competição como uma ferramenta de desenvolvimento. Em Portugal, os grupos etários estão estruturados com uma fase chamada transição para profissional. Isto quer dizer que a nossa Equipa B joga na 2.ª Divisão e isso é um grande estímulo para nós. É algo que não temos em Inglaterra, e para o Benfica é uma grande vantagem ter os jovens a competir nessa Liga."
"Atualmente, temos um jovem de 18 anos a jogar na Equipa B, e um Sub-17 a treinar. Os nossos melhores Sub-19 já estão a jogar na Equipa B na 2.ª Divisão, contra homens. E na última época a Federação também criou uma competição Sub-23. Antes disso, só tínhamos os Sub-19 e a Equipa B, enquanto agora temos este trampolim intermédio. É um grande estímulo para os rapazes que ainda não atingiram o nível da Equipa B. Sentimos que eles vão tirar partido das experiências de mais uma liga."
"Podemos ter o melhor scouting, a melhor formação ou todos os recursos na Academia, mas se não criarmos oportunidades para jogarem na equipa principal do Benfica, ou jogarem futebol profissional noutro lugar – se eles estiverem prontos e se forem suficientemente bons –, então a concretização de todos os investimentos e esforços não acontece. Existem grandes academias a trabalhar em todo o mundo, mas é um passo difícil chegar à equipa principal. As expectativas são altas e todos estão sob pressão para ganhar."
"Neste momento, temos a sorte de ter um treinador principal (Bruno Lage) que fez todo o percurso na Formação do Benfica (anteriormente treinou os Iniciados, os Juvenis e Benfica B). Ele assumiu a equipa principal na época passada e teve grande sucesso ao vencer o Campeonato. Isto é importante, porque ao nível da equipa principal do Benfica trata-se de conquistar títulos."
"Se olharmos para os jogadores que foram formados na academia do Benfica ao longo dos últimos anos, não é um mau onze! Essas oportunidades são criadas a partir de uma grande comunicação – a ligação da equipa principal à Formação, o feedback da Formação à equipa principal, e temos o total apoio do Presidente (Luís Filipe Vieira), que iniciou esta visão ao inaugurar o centro de treinos e ao incentivar o desenvolvimento da formação."
"É um processo a longo prazo. Começou há muito tempo, e talvez nos últimos cinco anos tenhamos visto resultados sólidos em termos de jogadores. Temos de compreender o desafio e as dificuldades de construir uma equipa sénior, mas preferimos sempre pensar que, se produzirmos aqui bons jogadores, eles vão bater à porta e entrar na equipa principal. Dizemos sempre aos miúdos: 'Prepara-te o melhor que puderes. Se fores chamado para treinar, tens de aproveitar ao máximo. Talvez apenas sejas chamado uma ou duas vezes, mas tens de aproveitar ao máximo.' É por isso que funciona sempre tão bem no Benfica – a ligação está lá."
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024