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Futebol
O chief-scout do Futebol Profissional concedeu uma entrevista onde abordou diversos temas ligados à formação, ao trabalho de prospeção de jogadores e às condições do Clube.
09 abril 2020, 18h05
Pedro Ferreira
Na sua 13.ª época desportiva ao serviço do Sport Lisboa e Benfica, Pedro Ferreira explicou no arranque desta entrevista como tudo começou. A importância de Filipe Coelho (atual treinador dos Juvenis) e ainda o "bichinho" que apareceu subitamente, quando iniciou o trabalho no Departamento de Prospeção.
"O Filipe Coelho [na foto] foi meu colega na Faculdade de Motricidade Humana [FMH] e, quando recebeu um convite para treinar no UA Povoense, ele pediu-me que fosse com ele. Foi nesse ano que senti a 'faísca'. O Filipe saiu a meio da época para o Benfica e eu continuei até ao fim. No final da temporada recebi o convite para integrar as escolas do Benfica como treinador adjunto. Depois, quando entro para o Departamento de Prospeção, ganho logo o 'bichinho' por identificar talento. É um trabalho desafiante. Não existem bolas de cristais e nós temos de tentar ser essas bolas de cristais", revelou Pedro Ferreira.
"Eu cresci no Benfica. Tudo aquilo que sou hoje, ao nível profissional, aconteceu dentro do Clube. Comecei na parte do treino, depois passei para chief-scouting do Futebol Formação, tornámo-nos a referência nacional ao nível da prospeção e depois, na época 2017/18, quando José Boto saiu do scouting do Futebol Profissional, abriu-se ali uma janela. Nessa altura colocam-me o desafio de passar para o departamento de scouting do Benfica. Há cerca de um ano, o Benfica efetuou uma reestruturação no departamento e foi-me colocado o desafio de liderar e reestruturar o scouting do Futebol Profissional."
"O rosto da reestruturação é a equipa, o global e o trabalho. Desde o Presidente ao Tiago Pinto e ao Rui Costa, percebemos que tínhamos de reestruturar o departamento. Assumimos que o futuro teria de ser diferente. O futebol mudou, as pessoas são outras, por isso criámos uma ligação, onde o Rui Costa é o elemento máximo da hierarquia. Há um alinhamento constante com os vários departamentos onde se define a estratégia, as metas e os objetivos do Clube."
"Definimos quem precisávamos de contratar para o departamento de scouting do Benfica. Temos uma equipa muito experiente. Depois criámos um modelo de pirâmide, ou seja, cada scout é responsável pelos seus mercados, em que avalia e sinaliza os melhores jogadores, juntando a isso os inúmeros atletas indicados que nos vão chegando semanalmente pela pessoa do Presidente, do Rui Costa ou do Tiago Pinto. Quando há uma escolha dos melhores jogadores de cada mercado, passamos a um modelo partilhado e, nessa altura, os scouts vão todos avaliar os jogadores uns dos outros. Depois de termos os jogadores vistos e revistos por todos, cabe-me criar uma 'equipa sombra' e avaliar. Depois o Rui Costa, por exemplo, diz que a equipa precisa de um lateral com determinadas características e eu explico e mostro os atletas que temos dentro da 'equipa sombra' para aquela posição. Depois, todos juntos, definimos quais são os possíveis 'targets' para os quais podemos avançar."
"Essa situação tem muito a ver com os anos de prática. Conseguimos fazer muitas comparações mentais de jogadores, perceber como foi a sua evolução gradual, tentamos perceber também questões biológicas e maturacionais. Mais do que habilidades, há que ter aptidões."
"O carimbo Benfica é algo que reporta qualidade. Um jogador da formação do Benfica é um atleta que vem preparado para corresponder às exigências da equipa principal, das várias equipas de Portugal e até no estrangeiro. Há muitos anos de trabalho para se chegar a este patamar, mas é uma verdade absoluta. Os jogadores que têm passado por aqui têm tido sucesso. O jogador passa, afirma-se, tem sucesso, vai para fora e acaba por levar este nome além-fronteiras."
"Quando os jogadores chegam ao Seixal percebem que não são números, mas sim indivíduos e seres humanos. Por exemplo, o Julian Weigl sabe que não é um número, sabe que é um jogador de futebol, que está dentro de uma equipa, e que só dentro da equipa é que vai conseguir funcionar. Muitos perguntam como é que se consegue desafiar alguém que está no Borússia Dortmund a vir para o Benfica, mas percebemos que havia ali uma probabilidade de sucesso. Sentimos que precisávamos de reforçar aquela posição, e o jogador tinha o nível pretendido. Logo fomos atrás dessa probabilidade. Temos vencido mais do que a concorrência, e os jogadores, quando vêm para o Benfica, sabem que estão mais perto do sucesso. Se tiverem títulos na sua carreira, isso é algo que lhes faz bem ao ego."
"Temos excelentes condições, melhores do que muitos clubes que existem na Europa, mas primeiro há que perceber que nós todos trabalhamos para o jogador. O nosso objetivo é que eles estejam em constante evolução e que vão sair daqui melhores. Eles só têm de se preocupar em jogar futebol, e sabem que sempre que precisarem de alguma coisa, seja do que for, podem contar connosco."
"O nosso trabalho é fazer com que seja, mas, pessoalmente, gosto que Portugal acompanhe o desenvolvimento do Benfica. Não queremos ser maiores do que o próprio país."
Texto: Diogo Nascimento
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 5 de fevereiro de 2025