🎥 Pedrinho: entrevista exclusiva

ENTREVISTA

Pedrinho é a mais recente contratação para o plantel principal do Benfica. Numa entrevista exclusiva à BTV, o médio atacante brasileiro falou sobre o Clube, as expectativas e os objetivos para esta nova etapa.

Quais são as primeiras impressões? Já teve a oportunidade de visitar o Benfica Campus...

Fiquei com uma primeira impressão fantástica de tudo. Gostei muito da cidade, gostei bastante do centro de treinos... é fantástico. Com certeza que vou ser muito feliz aqui, e que possamos ser todos muito felizes juntos.

É a primeira experiência fora do Brasil, fora do Corinthians onde fez toda a sua carreira. Como é que reagiu perante o interesse do Benfica?

É a primeira vez que estou a sair do Brasil, mas eu sempre referi que tinha o sonho de jogar na Europa, e o Benfica é uma grande equipa. Sempre sonhei em jogar num grande clube da Europa, e o Benfica encaixa-se perfeitamente nessa condição. Tenho de aproveitar a oportunidade e dar o meu melhor para poder ser feliz aqui.

Uma grande expectativa por aceitar este desafio?

Estava muito ansioso para que isto se concretizasse. Tal como disse, era um sonho jogar aqui, eu sabia da grandeza do Benfica e estou muito feliz por este desfecho positivo.

Havia curiosidade por experimentar um novo campeonato?

Todos os jogadores da formação brasileira sonham um dia poder sair do Brasil para poderem vivenciar novos ares, principalmente na Europa, e é por isso que enalteço sempre que era um sonho que tinha.

O que se diz do Benfica no Brasil?

Fala-se muito bem do Benfica. Diz-se que é uma equipa muito aguerrida e vencedora. É um clube que luta sempre por títulos, e na minha carreira sempre tive isso em consideração. Jogar em grandes equipas que lutam por títulos, como sucedeu no Corinthians e como acontece agora no Benfica.

Chega com rótulo de craque, de grande promessa do futebol brasileiro. Esta é uma pressão positiva?

Sim. Desde que entrei no futebol, joguei sempre com pressão. Quem me acompanha sabe o quão difícil é jogar no Corinthians, que também é uma grande equipa no Brasil. A pressão, para mim, é motivo de orgulho. Saber que as pessoas acreditam e confiam em mim é algo muito positivo. Vou poder mostrar o meu futebol, tal como sempre mostrei e agradei a todos.

Como se definiria como jogador?

Um jogador muito habilidoso. Um atleta calmo, alegre, que gosta muito de dar assistências para os colegas de equipa e que finaliza bem de fora da área. Creio que as minhas capacidades individuais sobressaem bastante. Posso jogar nas alas, no meio-campo, mas o importante é poder ajudar a equipa.

Chega para disputar um campeonato diferente. O que se diz da Liga portuguesa? Que diferenças pensa que vai encontrar relativamente ao Brasileirão?

Sabemos que na Europa a intensidade é sempre maior relativamente ao que se vive no futebol brasileiro. O Campeonato português tem uma intensidade muito alta e todas as pessoas com quem falei disseram-me para me preparar para isso. É uma competição difícil, que tem grandes equipas e tenho de estar física e mentalmente preparado para isso.

A integração é algo bastante importante. Vindo de outro país, de outro continente, poderá contar com a ajuda dos seus colegas. Já conhece algum?

A adaptação tem de acontecer o mais rápido possível para poder mostrar, o quanto antes, o porquê de estar a vir para aqui. Sei que o Benfica tem atletas brasileiros. Tem o Jardel, já ouvi falar bastante, mas ainda não tive a oportunidade de conversar com ele. Tem o Vinícius, o Morato, de quem também já ouvi falar muito bem, e espero poder ter contacto com eles para que me possam ajudar nessa adaptação.

A língua [portuguesa] é a mesma. Isso poderá ajudar...

Sim. Conversando e colaborando com as pessoas, ajuda ainda mais a conhecer o Clube, a forma de pensar das pessoas e isso acaba por ajudar e facilitar na adaptação.

Pedrinho é diminutivo. Como surgiu?

Antigamente era Vitinho, mas quando fui a São Paulo acabou por se tornar Pedrinho. Surgiu também pela minha forma de estar. As pessoas tratam-me com um carinho enorme, pela humildade que tenho e pelo meu jeito de ser, então creio que foi por causa disso que me começaram a tratar por Pedrinho.

É natural de Maceió. Começou a jogar futebol por influência de quem?

Comecei a jogar futebol com seis anos, no CSA, um clube grande de Alagoas. Estive seis anos lá, com o maior prazer. O meu pai incentivou-me bastante para eu me tornar um grande jogador de futebol. Desde cedo eu tinha esse sonho na minha cabeça. Quando pomos na cabeça e sonhamos, Deus ajuda-nos na realização.

A ajuda familiar conta muito na progressão desportiva?

Conta bastante. Quem me conhece, sabe como eu sou apegado à família, aos meus pais. Sempre me ajudaram muito. O meu pai luta imenso pelos meus sonhos, tal como a minha mãe. Essa força familiar fez com que eu pudesse suportar o tempo que eu passei longe deles para hoje poder estar aqui a realizar o sonho de jogar na Europa.

Como é que os seus familiares reagiram a este passo na sua carreira?

Ficaram muito felizes. O meu pai e a minha mãe estavam muito ansiosos para que a transferência se concretizasse, pois também tinham o sonho de eu poder jogar aqui. Ficaram muito alegres, felizes ao verem que aquele menino, que um dia sonhou ser jogador de futebol, está a dar mais um passo importante na sua carreira.

Fora do futebol, como é o Pedrinho?

Sou muito ligado à família, muito tranquilo, não gosto muito de sair de casa, prefiro divertir-me com a minha família.

Quais são os seus objetivos no Benfica?

Conquistar títulos, marcar golos, ajudar a equipa da melhor forma possível. Onde tenho estado, sempre fui um jogador vitorioso. Quando sonhamos alto conseguimos coisas grandes. Quero ganhar o maior número de títulos possível no Benfica e ajudar da melhor maneira, seja com golos ou assistências. É o que mais desejo.

Que palavras pode deixar aos adeptos nesta altura?

O Benfica é um clube de grandes adeptos, que amam o clube. Venho do Corinthians, onde a massa adepta agrega e puxa muito pela equipa, e já sei que os adeptos do Benfica são fantásticos nesse sentido, enchem o Estádio. É uma responsabilidade boa, porque todos os jogadores gostam de atuar em estádios cheios, com a ajuda dos adeptos. Fico feliz por isso. Agradeço todo o carinho, todo o apoio, e vou dar o meu máximo para ajudar o Clube e para que os adeptos possam desfrutar do meu futebol.

Texto: Diogo Nascimento

Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica