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Futebol
O treinador do Benfica fez a análise ao dérbi lisboeta da 17.ª jornada da Liga NOS.
16 janeiro 2020, 15h16
Bruno Lage
Para vencer, o treinador Bruno Lage, falando aos jornalistas no Benfica Campus, apontou à competência, referindo que há que saber pressionar sem bola e ter qualidade, intensidade e criar muitas oportunidades de golo quando o Benfica tiver o esférico na sua posse...
Numa semana de calendário bastante apertado como têm sido os trabalhos para este dérbi?
Temos treinado, temos feito as análises dos nossos jogos e dos do nosso adversário e perspetivámos o que podemos fazer.
Ferro e Gabriel vão ser opções para o jogo?
Estão convocados para o desafio.
Preparou o dérbi à espera de ver Bruno Fernandes no onze inicial do Sporting?
Preparámos o jogo em função do valor coletivo da equipa adversária e do que tem vindo a fazer nos últimos jogos. O Bruno [Fernandes] é um excelente jogador, já o elogiei várias vezes, dá um contributo individual muito grande. Independentemente de ele jogar ou não, não acredito que a dinâmica da equipa mude. É um assunto do Sporting, não é nosso. Acredito que com ele o Sporting tem – é inegável, o próprio treinador o reconhece – maior qualidade.
O treinador do Sporting disse na antevisão que esta equipa do Benfica representa talvez o maior investimento da história do Clube. Vê nesta declaração uma tentativa de atirar a pressão para o lado do Benfica?
É um facto. São declarações de alguém que esteve atento às nossas contratações, aos nossos gastos, mas eu não vejo as coisas por aí. Olho para o nosso valor enquanto equipa independentemente do valor monetário dos jogadores. Olho para o Vinícius e vejo-o com um trajeto parecido ao do Luiz Phellype. Esteve no Real SC, Rio Ave, Mónaco, Nápoles, e agora está no Benfica. O Luiz Phellype está no Sporting. Às vezes o valor monetário vale o que vale. O mercado é isso, valoriza ou não os jogadores. Vejo, isso sim, como é o contributo de cada jogador para com a equipa. Estamos a ir ao encontro daquilo que pretendíamos, que é ter um plantel curto, competitivo e equilibrado com várias soluções para cada posição. Isso é o mais importante e dá-me garantias para olhar para cada jogo com otimismo.
Teme que a questão física seja determinante no desfecho no dérbi desta sexta-feira, visto que o Benfica vem de um jogo dos quartos de final da Taça de Portugal disputado na noite de terça-feira?
Não. Veja a resposta que demos no jogo com o Rio Ave. A equipa tem dado sempre uma reposta muito forte. O mês de dezembro foi muito bom, o início de 2020 muito forte. A equipa apresenta uma dinâmica e uma intensidade de jogo nos 90 minutos que nos levam a crer que, sempre que jogamos a um nível muito alto, a facilidade de recuperar é maior.
Vai ter um cuidado especial com o controlo da profundidade, tendo em conta os últimos golos sofridos pelo Benfica?
Curiosamente nós e o Sporting, porque no primeiro golo do clássico com o FC Porto também foram visíveis esses problemas. Cada treinador tem de estar em constante avaliação e em função daquilo que vamos fazendo a cada momento em termos ofensivos e defensivos. Muitas das vezes o controlo da profundidade não é aquilo que os defesas podem fazer, mas sim aquilo que os avançados podem fazer e da maneira como o podem fazer. O Sporting é um adversário muito competente. Constrói muito bem. Possui um ponta de lança que procura levar a última linha defensiva para abrir espaços, e depois, quando carregam o jogo, têm espaços por dentro, espaços por fora e espaços entre linhas. Temos de fazer um jogo muito competente, quando não tivermos bola temos de saber pressionar para não deixar o Sporting jogar. Com bola temos de fazer o nosso jogo com qualidade, intensidade e criando muitas oportunidades de golo.
Jorge Silas, treinador do Sporting, disse que este jogo vale mais do que três pontos. Na sua perspetiva, o que vale este dérbi, ainda para mais na viragem para a segunda volta do Campeonato?
Numa perspetiva de Campeonato vale apenas três pontos e é com essa intenção que vamos disputar o jogo. Queremos vencer! No entanto, há outra dimensão visível: é o dérbi da cidade, um dos jogos mais importantes a nível nacional. O Benfica quer ganhar ao Sporting, o Sporting quer ganhar ao Benfica, seja em que competição ou escalão for. Dos Sub-9 à equipa A, fiz muitos dérbis. É sempre um jogo especial. Os adeptos querem que a sua equipa vença, e nós, treinadores, queremos que a nossa equipa tenha um bom comportamento e que os adeptos fiquem felizes pela nossa forma de jogar e, claro, pela vitória.
Há poucos dias lançou uma reflexão sobre a questão do calendário de jogos. Numa perspetiva do próprio futebol, das equipas e dos adeptos, o que pensa do facto de os dois jogos mais importantes da 17.ª jornada da Liga NOS serem a uma sexta-feira à noite?
É importante refletir sobre determinadas coisas que acontecem no nosso futebol e no porquê de acontecerem. Por vezes entramos nas funções e continuamos a fazer as coisas só porque sim, só porque acontecem. Na minha opinião, e tendo em conta a minha experiência no estrangeiro, há duas ou três situações que foram importantes. Em Inglaterra, uma vez, estava preparar o aquecimento, jogávamos às 15h00, e perto das 14h45, a meio do aquecimento, o 4.º árbitro chegou ao pé de nós com delegados da federação a informar-nos que o início do desafio tinha de ser adiado em meia hora. Aquilo, para mim, foi estranho. Tentámos perceber os motivos, e a razão foi simplesmente esta: tinha havido um acidente na autoestrada, os adeptos não haviam chegado ao estádio, então tínhamos de aguardar por eles. O jogo vive da paixão dos adeptos, e é nesse respeito e nessa reflexão que temos de pensar. É o respeito de quem viaja e depois tem de efetuar a viagem de regresso. É fundamental olhar sempre para o lado do adepto.
(...)
Em Portugal aconteceu algo muito curioso. Não quero estar a cometer nenhum erro, mas creio que somos o único país em que tem de se usar a braçadeira de treinador no banco. Na época passada, quando ainda estava de muletas por ter sido operado a um tendão de Aquiles, recebi uma multa de 500 euros por não ter a braçadeira num braço [num jogo do Benfica B]. Passado dez minutos com as muletas, atrapalhei-me com a braçadeira, tirei-a e coloquei-a no bolso. O 4.º árbitro reparou que eu não estava a usá-la e fui multado. Se questionarmos o público e os adeptos, eventualmente conhecem todos os treinadores da Primeira Liga e se calhar também conhecem os da Segunda Liga... Por que motivo tenho de estar identificado no banco? São dois ou três apontamentos em que às vezes é fundamental refletir porque é importante ter um estádio cheio com adeptos e ter um ambiente fantástico. Este jogo é mais uma oportunidade de os nossos adeptos e os do Sporting poderem desfrutar de um dérbi sem problemas e dar cada vez mais importância ao que se vive dentro do campo e ao apoio nas bancadas. O adepto que vem ao estádio também tem de ter condições para poder assistir aos jogos a uma hora decente. Este jogo e mesmo o FC Porto-Braga mereciam ser no fim de semana, e até eventualmente ficar a meio: não era à noite, era às 15h00 e vivia-se um sábado de futebol como antigamente.
Tendo em conta o contexto do Sporting, que tem as claques de costas voltadas para a Direção, espera encontrar um ambiente menos hostil?
Olhe, em Inglaterra não há claques e o ambiente é fantástico. O mais importante para os adeptos, organizados ou não, é apoiarem a sua equipa, e cada massa associativa tem de resolver os seus assuntos. O que mais espero é que não haja problemas antes, durante e depois. O melhor exemplo que podemos ter é a relação do Bruno [Fernandes] e do Pizzi. São grandes amigos, têm uma boa relação, mas, dentro de campo, se tiverem de meter o pé para ganhar a bola, metem; se tiverem de, entre dentes, chamar nomes um ao outro, chamam; e no fim do jogo cumprimentam-se, cada um vai para a sua casa, e depois ainda trocam elogios no Instagram. É assim que os adeptos devem viver o futebol, de uma forma apaixonada durante os 90 minutos e, no fim, cada um ir à sua vida e começar a olhar para o jogo seguinte.
Texto: João Sanches e Diogo Nascimento
Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024