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Voleibol
02 dezembro 2019, 18h48
Troféu da Liga dos Campeões de voleibol
Pela primeira vez na história da modalidade uma equipa portuguesa vai marcar presença na fase de grupos. Esta é uma oportunidade única, não só para os Sócios, adeptos e simpatizantes do SL Benfica, como também para todos os praticantes e amantes da modalidade poderem assistir ao vivo a conjuntos que fazem parte dos campeonatos mais competitivos da Europa. A participação encarnada vem ajudar a dar reconhecimento ao voleibol português num desporto que é cada vez mais visto pelo mundo fora.
As águias foram as últimas, a par do Vojvodina Novi Sad, a garantir o bilhete para estar entre os 20 melhores coletivos nesta prova. Depois de terem superado três rondas de qualificação, os comandados por Marcel Matz conseguiram alcançar o segundo grande objetivo da época. Após a conquista da Supertaça diante da Fonte do Bastardo, chegou a oportunidade de jogar num palco em que todos os jogadores profissionais sonham um dia poder atuar.
Com início em dezembro e término em fevereiro, esperam-se seis partidas extremamente complicadas. No primeiro embate, o Benfica defronta o vice-campeão italiano e semifinalista vencido na edição do ano passado, Perugia. Segue-se o Verva Varsóvia, estreante na prova e atual vice-campeão polaco. Por último, o encontro com o Tours VB, um histórico do voleibol europeu e o atual detentor do título em França. Na segunda volta, repetem-se os três encontros com os mesmos adversários. A poucos dias de os encarnados entrarem em ação na fase de grupos, o Site Oficial dá a conhecer os oponentes que irão passar por Portugal.
O Sport Lisboa e Benfica entra em campo já esta quarta-feira, às 19h30 (20h30 em Itália), com um adversário que dispensa apresentações na principal competição europeia de clubes.
Nas últimas três edições da Liga dos Campeões, o Perugia foi derrotado sempre pelo mesmo oponente. Em 2016/17, o VC Zenit Kazan ganhou aos italianos na final. Na época seguinte, os russos levaram a melhor nas meias-finais e a história repetiu-se em 2018/19. Não foi possível conquistarem a prova europeia, mas o desempenho foi revelador da qualidade deste conjunto transalpino.
Nas competições internas não têm faltado boas prestações. O Perugia e o Lube Civitanova chegaram à final da Serie A nos dois últimos anos. Ao passo que o adversário dos encarnados conquistou o título há dois anos, na temporada passada foi o Lube Civitanova que se sagrou campeão.
Este ano, a competitividade entre as duas equipas não é diferente. O Perugia já leva oito vitórias em nove partidas disputadas, apenas tendo perdido com o atual 5.º classificado, Milano, permitindo-lhe ocupar a terceira posição da tabela classificativa, precisamente atrás do seu rival destes últimos dois anos e do Modena, que tem mais um encontro disputado.
O vice-campeão italiano pode orgulhar-se de ter nas suas fileiras um plantel equilibrado em termos de experiência e juventude, com várias opções de muita qualidade para cada posição.
Alessandro Piccinelli, Fabio Ricci, Filippo Lanza, Roberto Russo e Massimo Vito Colaci participaram no último Campeonato da Europa, tendo inclusivamente derrotado Portugal no jogo da fase de grupos. Mais tarde, seriam eliminados nos quartos de final pela França. Enquanto Alessandro Piccinelli e Roberto Russo se estrearam na principal prova europeia de seleções, Fabio Ricci já participou em três edições e tanto Filippo Lanza, zona 4 do conjunto italiano, como Massimo Vito Colaci, líbero deste coletivo, já levam quatro Campeonatos da Europa nas pernas. Colaci já soma cinco épocas com esta camisola vestida, sendo, dos cinco, o que está há mais tempo a representar o clube. Omar Biglino, com apenas 24 anos, não foi chamado para o Europeu, no entanto, conta com várias internacionalizações nos escalões de formação.
Devido a um regulamento que obriga a que pelo menos três italianos tenham de estar sempre dentro de campo nas provas nacionais, a rotatividade entre os atletas estrangeiros no campeonato é muito elevada, no entanto esta imposição não é válida na Liga dos Campeões. Oleh Plotnytskyi, jovem ucraniano, e reforço proveniente do Vero Volley Monza, e Robert Täht, estónio, são também duas caras novas para esta época, jogando na posição de zona 4.
Estes dois vão alternando geralmente com Wilfredo Leon Venero, considerado um dos melhores jogadores do mundo na atualidade. Leon, como é conhecido, nasceu em Cuba, mas representa a seleção polaca, inclusivamente tendo sido um dos nomes que ajudaram na conquista do campeonato do mundo e a estrela da companhia em Itália. É uma estrela mundial que valerá só por si ver ao vivo.
Hoogendoorn Sjoerd, holandês, é o habitual suplente do sérvio Aleksandar Atanasijevic que vai para o seu quarto ano ao serviço do clube, no qual assume uma elevada importância. A nível de seleções, o sérvio pode orgulhar-se de ser campeão da Europa.
Marko Podrascanin, também vencedor do título europeu pela Sérvia, é uma das peças basilares dos italianos, atuando como central. A ganhar experiência diretamente com Podrascanin está o reforço Roberto Russo. Tendo sido contratado ao Ravenna e com apenas 22 anos, chegou com o objetivo de crescer no clube e ir ganhando o seu espaço.
Para fazer concorrência direta na posição de distribuidor com Luciano De Cecco, considerado um dos melhores do mundo na sua posição, chegou Tsimafei Zhukouski. O internacional croata já conquistou um campeonato italiano ao serviço do Lube Civitanova, e representou o Vibo Valentia no ano passado, sendo mais um elemento para ajudar a conseguir alcançar títulos.
A grande mudança ocorreu no corpo técnico. A cumprir a sua primeira temporada ao serviço do clube, o técnico Vital Heynen tem um currículo que fala por si, depois de ter levado a Polónia a sagrar-se campeã do mundo. Agora, em Itália, tem o intuito de conseguir conquistar as provas internas e a Liga dos Campeões.
Tal como o Sport Lisboa e Benfica, o Verva Varsóvia vai competir pela primeira vez na fase de grupos da principal prova europeia de clubes.
Nas competições internas, em 2018/19, a equipa polaca conseguiu atingir a final do play-off, tendo sido derrotada pelo Kedzierzyn-Zozle. Esta época, o conjunto polaco está no segundo posto da tabela classificativa com oito vitórias e uma derrota em nove encontros disputados. A derrota na sétima jornada perante o 4.º classificado Belchatow, por 3-1, impede que o Verva esteja invicto na competição.
Embora tivesse perdido esse desafio, já leva duas vitórias frente a dois candidatos ao título. Diante do campeão em título Kedzierzyn-Zozle, que ocupa também a primeira posição este ano, conseguiram vencer por 2-3. Com o 3.º classificado, Jasrezbski, também fora de casa, levaram a melhor com um triunfo por 0-3. Com estes resultados, o Verva está a dois pontos da liderança.
Dos 14 atletas que compõem o plantel, dez deles são de nacionalidade polaca, o que vem comprovar a qualidade de uma das provas mais exigentes da Europa. Bartosz Kwolek, zona 4, é considerado um dos desportistas com maior margem de progressão. Com apenas 22 anos, já tem um currículo invejável a nível internacional. Entre outros objetivos alcançados, em 2015 venceu o Campeonato do Mundo de Sub-19 e foi eleito o melhor desportista da competição. Em 2017, no escalão de Sub-21, foi campeão do mundo com a Polónia. Atualmente, é também convocado com grande regularidade para a seleção principal polaca.
Patryk Niemiec, camisola n.º 9, é uma aposta pessoal do treinador. Na época passada, este atleta polaco alinhava no Trefl Gfansk, onde era treinado por Andrea Anastasi. Atualmente, não é dos jogadores mais utilizados, sendo a terceira opção como central.
Jan Król, oposto titular do conjunto polaco, também é um dos novos rostos do plantel, regressando ao clube depois de o ter representado durante uma temporada em 2009/10. Na mesma posição joga Igor Oskar Grobelny, desportista nascido na Polónia, mas internacional pela Bélgica, tendo ajudado a carimbar o apuramento dos belgas para os oitavos de final neste último Europeu, onde depois perderam por 2-3 com a seleção ucraniana. Este atleta é a alternativa ao oposto Jan Król.
Andrzej Wrona e Damian Wojtaszek conferem experiência a este coletivo, a par de Piotr Nowakowski. Os dois primeiros já participaram em quatro europeus na modalidade pela Polónia, ao passo que Nowakowski já conta com cinco presenças. Nowatowski, central, é uma cara nova para este ano, proveniente do CSA Steaua Burucresti, e conta com um currículo invejável, tendo sido bicampeão do mundo em 2014 e 2018. Também Damian Wojtaszek é um voleibolista que regularmente atua na seleção polaca, jogando como líbero.
Antoine Brizard e Kévin Tillie são a prova de que não falta qualidade competitiva à seleção francesa. Enquanto o primeiro já participou em dois europeus pelos gauleses e é um distribuidor com qualidade reconhecida a nível mundial, que já cumpre o terceiro ano no Verva Varsóvia, o segundo conta com presença em quatro, sendo dos atletas com mais experiência neste coletivo, já tendo sido campeão ao serviço do rival Zaksa Kedzierzyn-Zozle.
Antoine Brizard tem a concorrência por um lugar dentro da quadra do reforço polaco Michal Kozlowski, outra das apostas para esta nova época, vindo do Trefl Gdansk.
A grande mudança no mercado de transferências foi a entrada de Andrea Anastasi para o comando técnico do Verva Varsóvia, depois de em 2018 ter estado à frente da seleção belga e de ter treinado o Trefl Gdansk durante cinco temporadas.
Após o encontro em Itália com o Perugia, os encarnados vão receber o conjunto polaco no dia 10 de dezembro, a partir das 17h15.
No último embate desta primeira volta, os encarnados vão medir forças com o atual campeão francês Tours VB, às 20h00, do dia 19 de dezembro. Em 2018/19, o Tours VB participou na fase de grupos da Liga dos Campeões, tendo registado duas vitórias e quatro derrotas.
No campeonato francês, este conjunto não está a ter o desempenho que seria de esperar. Com seis vitórias e quatro derrotas até ao momento, está aquém daquilo que evidenciou na temporada transata nas provas nacionais, ocupando a terceira posição da tabela classificativa com menos dois pontos que o segundo classificado, o Montpellier, e com menos sete do que o líder Rennes, que apenas perdeu dois encontros até ao momento, dos dez já disputados.
Com a tónica de fazer uma melhor prestação nas competições europeias e repetir o título das duas épocas anteriores, houve algumas alterações. Price Jarman é uma das novas figuras para este ano. Oriundo, do Vólei Itapetininga, no Brasil, o norte-americano acrescenta qualidade como central. Também com as mesmas funções, Mathias Loupias (ex-Stade Poitevin Poitiers) é uma aquisição que se justifica fundamentalmente pelo facto de este ser um conhecedor do campeonato francês.
Ainda para desempenhar as funções de central, Timo Tammemaa, internacional pela estónia, foi contratado para acrescentar maturidade e experiência. Tendo disputado três europeus ao serviço dos seniores, é mais uma opção para este posto.
Para a posição de distribuidor, o coletivo francês contratou o checo Matyás Démar ao BK Lvi Praha para competir com o espanhol Angel Trinidad de Haro, que desempenha as mesmas funções dentro da quadra.
O quinto reforço foi a aquisição do líbero Nicolas Rossard. Conta com participação em três Campeonatos da Europa pela França, sendo um dos voleibolistas com mais participações nesta competição. Proveniente da Polónia, do Stocnzia Szcecin, substituiu Huberto Henno, que terminou a carreira de jogador, assumindo o cargo de treinador da equipa.
A sexta cara nova alinha na posição zona 4 e chama-se Konstantin Cupkvovic. Este promete ser uma das principais valências do adversário gaulês. Oriundo do Fenerbahçe, o sérvio, já com 32 anos, regressa ao Tours VB depois de ter estado um ano na Turquia. Nesta posição, tem, entre outros, como companheiro o checo Adam Bartos, ex-Nice.
Damien Barry, Maxime Capet, Totele Romain, Antoine Girault, Tanguy Lemuer, Paul Nicole e Augustin Guérin são sete atletas integrados neste plantel com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos.
Para ajudar na adaptação dos jovens, estão alguns voleibolistas que decidiram prolongar a sua ligação com o Tours VB, como é o caso do internacional espanhol Angel Trinidad de Haro, que esteve em plano de destaque na temporada passada. Ao serviço de Espanha, já participou em três Europeus, mas já jogou também em dois campeonatos extremamente competitivos, como é o belga e o alemão.
Referência também para Hermans Egleskalns, internacional pela Letónia, que cumpre o seu terceiro ano ao serviço do clube francês e tem estado em plano de evidência na posição de oposto. Nathan Wounembaina, natural dos Camarões, está desde o mesmo período ao serviço do Tours VB e é também um dos voleibolistas à disposição do técnico Hubert Henno. Já Dmytro Teryomenko, zona 4, é internacional ucraniano e está a cumprir a sua segunda temporada.
Com grande experiência na modalidade, Hubert Henno terminou a carreira e resolveu abraçar o cargo de treinador do conjunto que representava desde 2015/16 como jogador, com o objetivo de revalidar o título nacional e tentar fazer melhor do que aquilo que foi feito na Liga dos Campeões.
Do lado benfiquista, nota para o facto de alguns jogadores conhecerem mais por dentro a realidade que vão encontrar no dia 19 de dezembro.
André Lopes, zona 4 das águias, é um conhecedor da competitividade das equipas francesas, porque jogou em terras gaulesas de 2010/11 a 2013/14. Para Nuno Pinheiro, distribuidor, o sentimento é ainda mais especial, uma vez que vai defrontar uma formação onde esteve durante três anos, tendo também passado, em França, pelo Beauvais Oise UC, Stade Potevin Poitiers e ainda pelo Paris Volley. Peter Wohlfahrtstätter também esteve em França ao serviço do Tourcoing em 2017/18.
Fotos: SL Benfica / Arquivo e redes sociais de Perugia, Verva Varsóvia e Tours VB