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Futebol
A ligação do Maestro às águias e ao país transalpino, onde fez história na Fiorentina e no AC Milan (adversários na ICC 2019), dava um livro de brilhantes memórias.
23 julho 2019, 16h54
Rui Costa
Desde o seu clube de sempre até aos 12 anos no país transalpino, há títulos e uma história de amor que vale a pena recordar, agora que os encarnados enfrentam os viola e os rossoneri na ICC 2019.
No Clube da Luz desde os oito anos (1980), Rui Manuel César Costa rapidamente deu nas vistas e até Eusébio se impressionou ao ver a forma delicada e elegante como o miúdo tratava a bola. Sempre colada ao pé, cabeça levantada… logo ali com tenra idade se percebeu que tinha um talento fora do normal para o futebol.
Cresceu e passou por todos os escalões de formação. Na hora de dar o salto para a ribalta, o Benfica deu-lhe a possibilidade de "estagiar" no Norte, no Fafe. Agarrou a oportunidade com unhas e dentes, arrumou as malas e seguiu para o clube aurinegro.
Mostrou serviço sob o olhar atento de Sven-Göran Eriksson, com seis golos em 38 jogos, e o sueco considerou que era hora de espalhar magia no exigente relvado do antigo Estádio da Luz. Em boa hora o fez. Rui Costa, já com o título de Campeão do Mundo de Sub-20 no currículo (ganho por Portugal no Estádio da Luz), estava preparado, apesar dos seus 19 anos.
A época de estreia – 1991/92 – foi pautada por 32 oportunidades. Grande parte delas foram saindo do banco de suplentes, mas o médio criativo foi bem a tempo de apontar quatro golos, somar mais de 1500 minutos e confirmar-se como uma opção válida no plantel.
Em 1992/93, perto de completar 21 anos, Rui Costa era já um nome incontornável num plantel onde brilhavam Mozer, Vítor Paneira, Schwarz, Mostovoi, Paulo Sousa, Isaías, Rui Águas, João Vieira Pinto e Futre!
Era um grupo de luxo, mas o Maestro procurou – e encontrou – o seu espaço. Registou os mesmos números (32 jogos/4 golos), mas, desta feita, a sua maioria como titular e celebrou uma Taça de Portugal.
O defeso seguinte foi de convulsão no Benfica. Rui Costa resistiu e no fim foi premiado com a conquista do título ao serviço do clube do coração. Finalizou a temporada com nove tentos em 47 partidas, chamou à atenção da Europa do futebol e acabou transferido para a Fiorentina de Itália.
Na histórica e bela cidade de Florença, Rui Costa, ou Manuel para os transalpinos, fez uma dupla temível com Batistuta e juntou títulos ao compêndio que levara de Lisboa.
Pelos viola fez sete temporadas, sempre a pautar o ritmo do meio-campo e do jogo da Fiorentina. Tudo passava por ele antes de encontrar a letal capacidade do artilheiro argentino para chegar ao golo. Jogadas desenhadas a régua e esquadro, passes de bandeja, fintas desconcertantes, cavalgadas elegantes de esférico colado ao pé. Tudo isto e muito mais hipnotizou as bancadas do Estádio Artemio Franchi, casa do conjunto italiano.
Pela Fiorentina apontou 50 golos, realizou 276 partidas oficiais, foi capitão e conquistou duas Taças de Itália e uma Supertaça. Ainda hoje, passados tantos anos, é visto pelos adeptos do clube como um herói.
Em 2001/02 viajou mais para Norte e estabeleceu-se na região da Lombardia para jogar no AC Milan. No consagrado colosso da cidade já entrou como herói e assim se manteve até ao regresso à casa de partida.
Pode não ter tido os tempos áureos da Fiorentina, mas ainda foi muito a tempo de soltar o inato talento nos rossoneri. Em 191 jogos, fez 11 golos, partilhando com Kaká – muitas vezes em simultâneo – o miolo milanês.
Aliás, o internacional brasileiro, em várias entrevistas elogiou Rui Costa e valorizou o que aprendeu com o Maestro. Dentro e fora de campo, Rui Costa era a elegância em pessoa, característica não raras vezes sublinhada por quem com ele privou de perto no futebol, seja como colega ou adversário.
Antes de regressar ao Benfica, pelo AC Milan, Rui Costa juntou ao seu palmarés uma Liga de Itália, uma Taça de Itália, uma Supertaça de Itália, uma Supertaça Europeia e uma Liga dos Campeões.
De notar que em 2008/09 o Milan e o Benfica encontraram-se no Estádio da Luz para a Champions e os adeptos transalpinos, com uma faixa, fizeram questão de recordar e imortalizar Rui Costa como um dos seus.
Depois da experiência em Itália, o Maestro regressou a casa (em 2006/07) para terminar como sempre desejou: com o Manto Sagrado vestido. Juntou duas temporadas a todas as que já fizera pelo Benfica, encerrando o ciclo no Clube, com 178 encontros e 28 golos.
Porém, mais do que os números, a relação de Rui Costa com o Benfica é amor puro e genuíno, e a despedida no jogo com o V. Setúbal, a 11 de maio de 2008, é prova disso mesmo.
Agora, na International Champions Cup, Rui Costa, administrador da SAD encarnada, vai ver o “seu” Benfica medir forças com outros dois emblemas que lhe são queridos: Fiorentina e Milan.
Texto: Marco Rebelo
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 12 de novembro de 2024