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Futebol
12 março 2019, 15h49
Benfica-Fenerbahçe
À procura da décima! Este poderia ser o título desta notícia ou o slogan de promoção do desafio da segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa. Depois do 1-0 na Croácia, os comandados por Bruno Lage querem dar a volta ao resultado e seguir em frente na Liga Europa. Até ao momento, as águias conseguiram virar um resultado negativo na primeira mão (fora de casa) em nove ocasiões. Cinco delas foram depois de 1-0, a última das quais em 2012/13, diante do Fenerbahçe, na mesma prova, e que redundou na presença em mais uma final europeia.
Taça dos Clubes Campeões Europeus – quartos de final
1.ª mão: Nuremberga-Benfica, 3-1
Campeão Europeu depois de ter batido o Barcelona por 3-2, o Benfica entrou nesta edição da Taça dos Campeões com legítimas aspirações. Porém, as coisas não arrancaram a preceito. Logo na primeira mão da 1.ª eliminatória, os alemães do Nuremberga venceram, em casa, por 3-1.
Na segunda mão, o Benfica venceu, de forma clara, por 6-0 – Eusébio (2), José Augusto (2), José Águas e Coluna – e seguiu em frente. Os comandados por Béla Guttmann terminariam a época com a 2.ª Taça dos Clubes Campeões Europeus do palmarés ao baterem, em Amesterdão, o Real Madrid, por 5-3.
Taça dos Clubes Campeões Europeus – quartos de final
1.ª mão: Feyenoord-Benfica, 1-0
Uma dezena de anos depois, nova reviravolta histórica na Europa, a primeira após uma derrota, por 1-0. O Estádio da Luz voltou a ser um inferno para quem o visitou e o Feyenoord saiu após uma copiosa derrota, por 5-0. Entrada fulgurante dos encarnados e aos 30’ já estavam na frente da eliminatória. Nené, com um hat-trick, e Jordão, com um bis, foram os marcadores de serviço. Depois do Wacker Innsbruck, CSKA Sófia e Feyenoord, ficou a faltar o Ajax para mais uma presença numa final europeia. As águias saíram de cena nas meias-finais.
Taça dos Clubes Campeões Europeus – 1.ª eliminatória
1.ª mão: Malmö-Benfica, 1-0
Na temporada seguinte, uma história semelhante. O conjunto sueco do Malmö surpreendeu o Benfica e venceu no seu estádio, por 1-0. Ficava guardada para a Luz a tarefa de dar a volta ao texto. O Benfica fizera-no antes e voltou a não desiludir. A Velha Catedral revelou-se um autêntico inferno que derreteu o gelo escandinavo e o resultado da segunda mão foi de 4-1 para as águias. Eliminatória resolvida ainda nos 45 minutos iniciais através dos remates certeiros de Jordão, Simões e Eusébio. O Pantera Negra bisaria na segunda parte; os suecos marcariam aos 89’, por Tapper.
Taça UEFA – 2.ª eliminatória
1.ª mão: Malmö-Benfica, 1-0
Oito anos depois, de novo a turma sueca no caminho do Benfica e… o mesmo destino: a eliminação. Na Suécia, o Malmö venceu por 1-0, mas na segunda mão, os encarnados deram a volta (2-0), através de duas grandes penalidades convertidas por Nené no decorrer da etapa complementar. Nesta edição da prova europeia, o trajeto encarnado terminou nas meias-finais, com o Carl Zeiss Jena a superiorizar-se ao Benfica com 2-1 no cômputo das duas mãos.
Taça dos Clubes Campeões Europeus – 2.ª eliminatória
1.ª mão: Olympiacos-Benfica, 1-0
Tal como nos anos 60, também na década de 80, o Benfica dava cartas nas competições da UEFA, com presenças em várias finais. Em 1983/84, os gregos do Olympiacos apareceram no caminho benfiquista. Em Atenas, o emblema helénico foi superior e veio para a capital portuguesa na frente da eliminatória. Porém, os gregos sofreram com o poderio da Luz e saíram com uma derrota, por 3-0. A mesma começou a ser cozinhada ainda na primeira metade, com os tentos de Filipovic e Diamantino antes da meia hora. Manniche fechou a contagem na segunda parte. Na ronda seguinte, os comandados por Eriksson não conseguiram travar um Liverpool muito forte e que se tornaria campeão europeu.
Taça dos Clubes Campeões Europeus – 1.ª eliminatória
1.ª mão: Estrela Vermelha-Benfica, 3-2
Na década de 1980, a antiga Jugoslávia já criava craques a granel e isso notava-se nos plantéis. O Estrela Vermelha era um dos casos e em 1984/85 jogavam dois nomes que mais tarde viriam a atuar em Portugal: Ivkovic e Nikolic. Ainda assim, e apesar do 3-2 em Belgrado, o Benfica, através do pé-canhão Carlos Manuel, puxou dos galões de histórico europeu, deu a volta ao texto (2-0) e seguiu em frente na prova. Na eliminatória seguinte, o Liverpool, uma vez mais, eliminou o Benfica da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Taça dos Clubes Campeões Europeus – meia-final
1.ª mão: Marselha-Benfica, 2-1
Em 1989/90, faltava um golo para o Benfica voltar a uma final europeia. Esta estava marcada para o Estádio do Prater, em Viena, e, na segunda mão da meia-final, o Estádio da Luz vestiu-se de gala, com 120 mil espectadores. O ambiente era um autêntico Inferno e os jogadores do Marselha sentiram-no. Por outro lado, os pupilos de Eriksson estavam como peixe dentro de água. Craques de um lado e de outro, mas o resultado não desbloqueava. Até que chegou o minuto 83… Valdo marcou um pontapé de canto e Vata atirou a contar.
Os franceses reclamaram mão, num golo que ficou apelidado de “A mão de Vata”. Anos mais tarde, à BTV, o angolano esclareceu que o tento foi válido, pois havia sido marcado com o ombro. Na final dessa época, o Milan de Arrigo Sacchi venceu, por 1-0. O golo de Rijkaard ficou envolto em polémica. Os jogadores do Benfica reclamam ter ouvido um apito, pararam momentaneamente e quando reagiram já era tarde.
Liga dos Campeões – oitavos de final
1.ª mão: Zenit-Benfica, 3-2
Já sob o nome de Liga dos Campeões, o Benfica mantinha intacta a força da reviravolta. Em 2011/12, nos oitavos de final, os russos do Zenit foram o adversário que calhou em sorte. Em São Petersburgo, os golos de Maxi Pereira e Cardozo davam esperanças para a segunda mão no Estádio da Luz, apesar do desaire, por 3-2. Em Lisboa, o Benfica foi para o intervalo com pé e meio nos quartos de final. O defesa-direito uruguaio voltava a marcar aos russos aos 45’+1’. Na segunda parte, Nélson Oliveira fixou o resultado final em 2-0. Na eliminatória seguinte, o Benfica bateu-se bem com o Chelsea, mas acabou eliminado.
Liga Europa – meia-final
1.ª mão: Fenerbahçe-Benfica, 1-0
23 anos depois, o Benfica voltava a uma final europeia. Todavia, antes teria de superar o Fenerbahçe. Em Istambul, as águias perderam por 1-0, mas um Estádio da Luz a rebentar pelas costuras abateu o conjunto turco. Gaitán inaugurou o marcador aos 9’, empatando a eliminatória. Dirk Kuyt empatou o jogo de grande penalidade e dificultou a tarefa do Benfica. A reviravolta estava mais longe, mas ainda era possível. Os encarnados não baixaram os braços e foram atrás do resultado. Cardozo (quem mais?) bisou no jogo, fixou o resultado em 3-1 e carimbou o passaporte benfiquista para Amesterdão.
Na cidade holandesa, os adeptos das águias criaram um ambiente inesquecível nas bancadas, a equipa correspondeu no relvado com uma grande exibição, vergando o Chelsea a uma apresentação humilde. Porém, o futebol nem sempre é justo e, nos descontos, Ivanovic bateu Artur Moraes, fez o 2-1 e deu o título aos ingleses.
A última reviravolta histórica do Clube aconteceu frente ao Fenerbahçe. O Benfica procura agora a sequela já nesta quinta-feira, dia 14 de março, com o Dínamo Zagreb.
Texto: Marco Rebelo
Fotos: Arquivo / SL Benfica